sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Mensageiro da Maratona

O MENSAGEIRO DA MARATONA
Quem tem o que dizer não pode calar-se

- Reflexão Preliminar -
J. Jorge Peralta

I
DIÁLOGO SEM FRONTEIRAS


1
Mensagem em Diálogo como o Mundo

Quando elaboramos certo trabalho é como quando plantamos árvores: Queremos que dêem boa sombra e bons frutos. Esforçamo-nos para que as pessoas tomem ciência  dos argumentos e reflexões que propomos. Mas o que propomos  não é nosso. Então compete a todos incrementar tais propostas, se forem realmente justas e  oportunas.
Certos anacronismos já foram longe demais. Fizeram estragos avassaladores...
O texto, “Abalos na Igreja, Crise na Humanidade”,  em alguns momentos, é abertamente  contundente, mas procura ser sempre muito cordato. Quer pensar junto. Expõe mas não impõe; nem claudica.
Estabelecemos, aqui, um diálogo sem fronteiras.

            Defende princípios; defende o bem da humanidade; defende uma visão espiritualista e humanista  da vida, numa posição plural; defende a fraternidade universal.  Defende a Igreja  do Evangelho, como algo de extraordinário, no mundo. Propõe a sua revitalização permanente, como é natural.
            O Evangelho não aboliu, antes,  completou, todos os tesouros de sabedoria que a  humanidade vinha  produzindo há milênios. A mensagem do Evangelho dialoga com o mundo do passado, do presente e do futuro.

2

Considera que a Mensagem do Evangelho parece que, para muitos, virou rotina. No entanto, ele deve ser lido com o mesmo deslumbramento de quem observa, pela primeira vez, o esplendor do alvorecer do sol, em manhã de Primavera.
Uma plêiade de muitos milhões de pessoas, pelos quatro cantos do mundo, estão redescobrindo a  força  da espiritualidade e a força  da Mensagem do Evangelho (de todo o  Novo Testamento) muitos à margem da Igreja.
            Propõe um diálogo franco, leal e aberto.
A Igreja é a mais forte marca da Humanidade.
Mas a Igreja não se faz com discursos mas com atuação firme, coerente e generosa. A Igreja faz-se  a cada momento no coração de sua gente.
Vivemos em tempos belicosos. Os contrastes e conflitos estão à flor da pele. Todas as grandes ideias e valores da nossa sociedade estão  na mira dos novos “comandos” ou de novas patrulhas. O que é indefensável deve ser descartado antes de desmoronar. Criticar o que é criticável é uma obrigação de quem sabe o que diz e faz.
Precisamos vencer o dogmatismo vazio de muitas autoridades. Pensar com responsabilidade e ousadia  é dever de todos. Precisamos estudar, estudar, estudar e ter a mente atenta. Denunciar ideias anacrônicas é atitude digna de gente generosa.  Negar o diálogo franco é autoritarismo anacrônico. “Crê e não perguntes” é passado. Hoje é heresia.
Querer que as pessoas aceitem passivamente tudo o que  lhe dizem é uma quimera. Não é evangélico. A pessoa é sujeito e não objeto. Diante da Mensagem, ela decide conscientemente.

3

 Consideramos que o Evangelho propõe, como essencial, um mundo de justiça, paz e dignidade. Um mundo de gente feliz. Propõe a abolição da tristeza. A Igreja do Evangelho nunca será uma Igreja de tristezas e frustrações, como alguns querem. A busca da felicidade, genericamente falando, é uma obrigação de todos. Lembrando sempre que somos peregrinos, por condição.
Criticar com lucidez é somar e multiplicar e não diminuir e dividir. O poder não exime a pessoa de errar. Criticar uma instituição, ou pessoa , não é necessariamente  desrespeitá-la. Respeitar alguém não significa  obrigar-se a uma aprovação irrestrita do que ele pensa e faz. Respeito é lealdade e verdade e não bajulação. É a verdade que constrói.

A pessoa consciente sabe o significado e o valor essencial do livre-arbítrio, na vida e no convívio das pessoas. Conhecem o conceito da alteridade como base da convivência humana.
As pessoas de boa vontade não podem ter medo de ter opinião e de expressá-la. É a verdade que liberta. Nem podemos nos ofender porque alguém nos contradiz.
Quem tem algo para dizer não pode se calar. Mas precisa ser razoável e respeitador.
O que falo aqui pode incomodar alguém. É condição natural. Não é possível agradar a gregos e a troianos. Quem a todos quer agradar, a todos desagrada, por falta de sinceridade. A pessoa  que trouxe a Mensagem mais revolucionária da história, agradou ao povo, mas desagradou a certos mandatários que foram à desforra, no Palácio de Pilatos.
É sabido que a estrada da vida tem naturais tortuosidades...


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