sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mais Mensagem Menos Ritual

XIII
MAIS MENSAGEM, MENOS RITUAL

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Este é o espírito deste ensaio, no contexto desta polêmica insidiosa que desabou sobre a sociedade, neste mês de março de 2010.
Em vez de culparmos uns e outros, precisamos repensar as ideias que adotamos, em relação à vida e à sociedade, na qual pensamos ser fermento e luz.  Que LUZ?
É preciso superar um certo ritualismo que deixa, em segundo plano, o essencial da Mensagem  do Evangelho. O que nunca poderia acontecer. É preciso reagir.
Às vezes o ritualismo e os trajes imperiais ofuscam a Mensagem. Privilegiam o espetáculo visual... Acredito que a Mensagem deve ir sempre na frente ou junto com o ritual. Ritual, ou veicula a Mensagem ou é vazio.

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Todos precisamos recompor nossos conceitos, neste mundo plural e multipolar, ao  qual a Igreja  precisa saber  se adaptar, de cabeça erguida e sem arrogância; sem pedestal e sem trajes imperiais.
O nosso mundo ressente-se de uma condição precária, em gente incapaz de pôr de pé uma estrutura argumentativa. Vence mais quem fala mais alto e não quem tem a razão.

A Igreja Cristã não é uma Igreja Medrosa, nem uma Igreja do medo. O medo supõe opressão. Também não é uma Igreja  de frustrações e tristezas. É a Igreja da Esperança, do júbilo, da solidariedade fraterna. O cristianismo é religião da verdade e da  humildade e não da humilhação. A Igreja do medo e da tristeza não é a Igreja de Cristo.

É a Igreja do perdão, mas não é a Igreja da omissão ou da cumplicidade.
Suaviter et fortiter” é a pedagogia  recomendada: “Suavemente mas com firmeza”.

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Parece que o Frei Bartolomeu dos Mártires tinha razão ao proclamar, em Roma, aos Cardeais: “A Igreja precisa de uma  Eminentíssima Reforma”.
Precisamos procurar entender por que uma pequena questão, localizada, abala, ameaça e compromete a credibilidade da mais antiga instituição da humanidade. A quem serve e porque se expande como tufão ou como uma avalanche, a campanha difamatória, daí orquestrada, pelos meios de comunicação?!
Dormientibus non sucurrit jus”. A justiça não socorre quem não se defende.

Se alguém perguntar quais as minhas credenciais, eu direi que sou um cristão, cientista da linguagem e preocupado  com o futuro da humanidade. Sou um humanista.
Elaborei o Movimento “Pacto Humanístico Global” – GlobiPacto, e por ele luto. É uma bandeira de luta, de combate.

Quem quiser pode aqui expor  os próprios comentários.
Leia. Comente. Compartilhe suas ideias, democraticamente.
Lembre-se:
Os gestores da Igreja podem errar. São Humanos.
Mas precisam sempre saber dar testemunho da Luz
 que brilha no seu coração e na Igreja.


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