XXVI
DECISÃO: TIRAR AS PEDRAS DO CAMINHO
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O Papa é Pontífice. Faz pontes, entre questões e entre ideias, às vezes contraditórias.
Ponte entre Países e Povos; Ponte entre o sagrado e o profano; ponte entre as religiões... Ponte que liga e não a que separa. Se não é ponte não é Papa.
O Papa deve ouvir. Ele é chefe. Mas não é a Igreja. É o Pontífice.
Se não fosse ponte de ligação, seria muralha e não ponte. O Pontífice muralha é carta fora do baralho. Não serve á missão que assumiu, de unir as pessoas: de manter a unidade.
Ut unum sint, essa é a lei: Unidade na diversidade, não unidade apenas burocrática. Não a unidade da chibata, unidade fraterna e construtiva, respeitando os dons de cada um, num mundo plural. A Igreja é una e diversa, como qualquer sociedade de humanos. A Igreja é mãe. E mãe sabe que os filhos não são todos iguais. Aliás, são todos diferentes, como os dedos de nossas mãos.
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Pensamento único não é exigência evangélica. É burocracia. Atender as exigências do Novo Mandamento é o grande paradigma que distingue os cristãos.
A Igreja precisa encontrar respostas leais para seus problemas .
Não pode se fechar como as ostras. Que abra de novo as portas e as janelas para que a luz possa entrar.
De todos os acontecimentos precisamos saber tirar lições. A hierarquia católica ficou paralisada e perplexa, com a questão inusitada da pedofilia e não viu que esta atitude reflete questões mais profundas, a serem enfocadas.
Eminências e Excelências,
a Igreja e a hierarquia, nela, precisa fazer uma eminentíssima restauração, a partir da Mensagem de Cristo, para que o essencial não seja tratado como secundário.
É preciso fazer da Cristologia, o centro de toda a Teologia Cristã.
Restauração da Igreja é, basicamente, colocar em foco a essência da Mensagem Evangélica e realçar sua dimensão de fraternidade, acolhimento, jovialidade, versatilidade e consistência. É propor uma igreja sempre firme e acabada e sempre refazendo-se, como convém a uma igreja peregrina....
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Entraves à Harmonia Eclesial
Passamos a esboçar algumas questões, dentre muitas outras, que bradam por solução urgente:
A Hierarquia poderia dar mais atenção a pessoas, como o nosso Pe. Diogo Antônio Feijó, tutor de D. Pedro II, (séc. XIX) ou ao grande e conhecido mestre Hans Küng. Pessoas leais de alta credibilidade. Dar ouvidos, à milhões de outras vozes leais, a quem os Papas tem negado ouvir, há séculos. Olhe que a voz do povo é a voz de Deus. Deixe correr as águas do rio... Considero de utilidade pública universal as questões que exponho.
Aqui alinhavamos alguns entraves que, como muitos outros, precisam da atenção das autoridades da Igreja:
1- A questão do celibato obrigatório;
2- A questão da aposentadoria obrigatória;
3- Focar a essência do Evangelho;
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