segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

UM NATAL NA ALDEIA

PRESÉPIO VIVO [1]
(Conto Natalino)

1.
Num recanto de uma praça pública,
numa cidade do interior, num bairro da periferia,
a comunidade preparou, para a comemoração do Natal,
com um presépio vivo. Já entardecia o dia.
Para anunciar o início da celebração, alguém tocou um sininho.
Lá estava a grande gruta de “pedra”, com árvores reais ao fundo.
Lá estava a vaca e o jumento, comendo capim em uma grande manjedoura.
Lá estava Maria, José e o Menino, envolto em panos.
Lá estavam os anjos (um coral infantil) contando com suas vozes maviosas:
“Glória a Deus e paz aos homens de boa vontade”.

A música era meiga, majestosa e envolvente.
Lá estava o anjo com sua corneta celeste, para anunciar o grande acontecimento:
um menino nasceu: o verbo de Deus se fez homem.
Bem no alto, em cima do presépio, brilhava uma grande estrela dourada:
a estrela do Natal.
Nas árvores, cantava a passarada que também observava atenta...
As pessoas aproximavam-se sorridentes, alegres e reverentes,
com visível entusiasmo... Sentindo-se em casa.

2.
A praça estava toda enfeitada:
os troncos das árvores recobertos de luzes cintilantes.
Lá chegaram os pastores muito alegres, vestidos à caráter,
com as suas ovelhas e com suas flautas.
As crianças traziam seus cordeirinhos ao colo.
Os cães de guarda os acompanhavam.

No meio da celebração vieram muitas mulheres da vizinhança,
trazendo presentes para Maria, para José e para o Menino,
oferecendo seus serviços. Vieram em pequeno cortejo, em trajes tradicionais...
Trouxeram pão, frutas, ovos, mel e leite.
Com as mulheres da vizinhança e com os pastores
vieram crianças, meninos e meninas,
com flores para oferecerem ao Menino que “ali nasceu”.


3.
Toda aquela gente estava por ali, em volta do presépio,
cantando, conversando e rindo tranquilos e felizes...
Afinal, perceberam que algo muito grande acontecia ali em encenação.
Eles eram testemunhas.
Até a noite tinha mais estrelas e a lua tinha mais brilho..
Pelas campinas a vegetação brilhava.
Era inverno e o vento soprava frio...

Aquele dia marcava o surgimento da nova era da humanidade.
Mais tarde, o tempo seria contado assim:
antes de Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d.C.).

4.
As crianças brincavam e corriam.
De repente começou a ventar e formou-se um grande rodamoinho,
inquietando o pessoal.
Chegou então um grupo
animado de rapazes e moças,
tocando violão e cantarolando.
Todos vieram homenagear o menino que nasceu.
Trouxeram, como presentes, frutas da época:
jabuticaba, mamão, pitangas e muito mais. Trouxeram até uma fruta de jatobá.
Para todas as mulheres e crianças que estavam por perto,
Os jovens oferecem frutas e flores silvestres.
Até um garoto meio folgazão, vestido à caráter
nesse dia soube manter o respeito que o evento merece.

5.
Após a cerimônia da cantoria jovem e
De compartilhar as flores e arranjos verdes
Numa grande confraternização .
Para encerrar a celebração,
chegou um homem
de barbas brancas, com
uma Bíblia na mão.
em cima do caixote proclamou:
o Natal é a mias bela festa da humanidade.
O Menino da gruta de Belém nos deu uma grande lição:
que todos amem a vida e seus irmãos.
Vamos compartilhar nossa vida e nossas alegrias;
Vamos compartilhar o nosso saber e o nosso pão.

FELIZ NATAL
PRÓSPERO ANO NOVO

São os votos de J. Peralta e Família

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[1] Texto de J.Peralta

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