sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Compromisso com Qualidade e Auto-realização

LINHAS DO ALFA.OMEGA

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Compromisso com Qualidade
e Auto-realização

Para os humanos, como para os animais, o trabalho é condição do direito à vida (para as pessoas hábeis).

Não. O trabalho não é castigo. Esqueça. Nunca foi. É antes uma honra, uma auto-realização.

Ser útil é uma condição de ser com os outros. Não trabalhar é indigno; é parasitar; é viver do trabalho e do suor dos outros. Cada um deve viver do próprio suor. Isso dignifica a pessoa.

Com o trabalho somos parceiros de Deus na construção/criação do mundo, que é um processo contínuo, sempre inacabado.

A pessoa deve ser antenada. Buscar a melhoria contínua e renovada em tudo o que faz. Ter uma visão panorâmica do universo e da vida.

Num esforço perene, a pessoa deve buscar sempre o saber, o saber fazer, o saber conviver e o saber ser; e ainda o saber querer, o saber decidir, o saber articular e o saber compartilhar.

Consideramos que deve ser deplorada a gritaria estéril e oportunista dos que atacam tudo e todos, arvorizando-se como os arautos da justiça, da dignidade e da liberdade, na mais absurda contradição com o próprio agir.

A grande hipocrisia farisaica, que cria a gritaria profissional, das carpideiras deve ser desmascarada. Há sim, “os lobos com peles de ovelha”, cujas ações são trombeteadas aos quatro ventos, como paradigmas não sabe bem de quê?! Mas há muito mais...para quem quiser descobrir e souber separar o trigo da cizânea... Lutar pela justiça exige coerência e clarevidência.

Não é ocioso lembrar que a vivência espiritual não é pragmática, nem utilitária; não tem valor agregado contábil. A experiência do sagrado, do espiritual, da vivência do divino é o valor máximo, onde não entra a contabilidade bancária.

Praticar ações gratuitas, sem a preocupação de remuneração monetária, é essencial à pessoa humana. É nossa retribuição à gratuidade da vida, das competências e do universo que recebemos, do sol que nos aquece, do vento que nos acaricia, das flores que desabrocham à beira da estrada... e dos lírios do campo.

O “olhar bancário” da vida moderna não deve nos cegar para outros olhares.

Mas esta opção não é para o cidadão comum. O cidadão comum precisa saber articular a espiritualidade com sua inserção e compromisso na terra dos humanos.

J.P.

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