sexta-feira, 6 de maio de 2005

Anexos

ANEXOS

Anexo 1

TETRALOGIA  ANALÍTICA
Uma Filosofia Humanista Interacional
(Linhas Básica )
J. Jorge Peralta

            1. A Tetralogia é uma proposta de modelo teórico para o estudo
do homem integral, em suas dimensões essenciais, articuladas de forma dinâmica. É uma Filosofia inovadora de restauração social e pessoal.
            A Tetralogia articula-se com a GLOBISSOFIA, a filosofia global que pensa o ser  pensante, em si mesmo e sua relação com os outros e com a natureza, (a alteridade), abarcando ainda o sagrado e o profano.
Assume a alteridade como componente integrante da personalidade.
Daí deduzimos as forças motriciais da mente das pessoas, nas dimensões centrípetas e centrífugas.
As forças centrípetas, articulam-se para formar a pessoa  em si mesma, como indivíduo pleno e soberano: o físico,  psíquico, o racional e o social.
As forças centrífugas, articulam-se para completar a pessoa no binômio essencial: o EU e o OUTRO. A alteridade que produz o altruísmo é o ponto de referência do próprio eu.
“O Homem é um animal social”, diz Aristóteles.
As forças centrífugas do homem envolvem questões antropológicas que abordam a interatividade.
O eu adquire a auto-consciência, em contraste com o outro, em relações mútuas espelhadas.

2. O homem tetralógico é o cidadão consciente, participante, altruísta.
Para Jung as forças centrípetas da mente são opostas às forças centrífugas.
Às forças  centrífugas são representadas pelo subconsciente coletivo. O psiquismo do indivíduo contém elementos do mundo exterior que lhe vêm pelas forças centrífugas do outro.
O homem integral é, assim, o resultado de forças motriciais centrípetas e centrífugas, que lhe dão o equilíbrio, em si mesmo e em sua relação com o mundo exterior em que se completa.
O Pensamento Tetralógico forma o homem, comprometido com o meio em que vive. O homem tetralógico nunca será uma pessoa passiva: Pensará em si e pensará no outro, na reciprocidade, na alteridade.

3. Daí o modelo tetralógico que propomos, para o conhecimento pleno da pessoa humana, sintetizadas como: psiquismo, razão, ação e interatividade.
Essas quatro forças motrizes se subdividem. Podem ser também consideradas como: sentimento, pensamento, ação e interatividade. Ou ainda: sentir, pensar, agir, interagir ou dialética, física, ética e interatividade.
A forma tripartida de analisar a pessoa humana é mais comum historicamente: dialética, física e ética.

O modelo tetralógico analítico é o que propomos, ao recuperar a alteridade, como parte integrante das forças que integram o núcleo básico da pessoa humana, enquanto indivíduo e animal social.
Com o quarto elemento, a interatividade, (a alteridade, a diversidade, a pluralidade,  a convivência, o compartilhar), como essencial ao ser do indivíduo, superamos as formas fragmentárias de consideração da pessoa humana, como indivíduo, mas sem o elo que o completa: o outro, que cria o processo de intercomunicação: As forças centrípetas, em equilíbrio, precário com as forças centrífugas.
No mesmo processo tetralógico, situamos: ciência, tecnologia, humanismo e espiritualidade, ou: sentimento, razão, ação e alteridade.
Transversalmente, a tetralogia, integra, no todo, a espiritualidade e a meditação. Propõe ainda as forças materiais e espirituais, como necessárias  a uma visão plena do ser da pessoa.
Na Tetralogia, o sagrado e o profano convivem e interagem. Não se confundem, mas articulam-se sem preconceitos, numa visão holística.  A Tetralogia quer articular as forças de um novo tempo, somando e multiplicando e não dividindo ou diminuindo, sempre compartilhando.
Daí vamos buscar na filosofia grega os conceitos de Kronós, o tempo cronológico, da quantidade, que se articula, na pessoa, com o  Kairós, o tempo psicológico da qualidade, da espiritualidade e não material.

4. A Tetralogia Analítica é uma corrente filosófica que agrega, aos modelos já conhecidos, a interatividade, que se caracteriza como força centrífuga  do sujeito pensante  que vai,  em termos sistêmicos, formar o subconsciente coletivo. A Tetralogia articula-se com um humanismo multidimensional.
A Filosofia, regra geral, é  trilógica, com base na tríplice acepção do ser: o ente de razão, o ente real e o ente moral; ou ainda: dialética ou lógica, física ou natural; ética ou moral.
A estas três acepções, acrescentamos o elemento interacional que se caracteriza pelas relações de alteridade. A pessoa não se completa a não ser no outro.
Acrescenta-se o foco construtivista que é a competência da pessoa para interagir, receber e assimilar elementos do contexto em que vivem.
Segue o apelo de Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo”.
A Tetralogia sabe que o Bem e o Mal continuarão a coexistir, lado a lado, no mundo dos mortais, como duas forças antagônicas, mas não absolutas, sempre em conflito e em disputa. Sem obscurantismo, precisamos aprender a articular-nos, neste mundo cheio de  paradoxo, para podermos ocupar nosso espaço...

5. A Tetralogia Analítica procura desenvolver a consciência da pessoa, a partir de valores universais, que dão o status de Ciência  aos estudos  em que nos envolvemos. Pensa e define os elementos básicos universais, que caracterizam a pessoa humana.

Acreditamos que a Tetralogia é  uma base sólida, firme, de cunho humanístico, que pode contribuir, com  segurança, para criar a grande civilização cósmica, que vem sendo gestada, em meio ao caos atual, prenúncio de grandes e urgentes mudanças e ajustamentos, para garantir a vida e a convivência no Planeta Terra.

Acreditamos que a linha quatro da tetralogia faz parte da organização básica do universo total. Para nossa relação com ele, e nele nos orientar, usamos os quatro pontos  cardeais abarcar a totalidade do Universo  e da Rosa dos Ventos: Norte, Sul, Leste e Oeste. O quatro tem inclusa a ideia de totalidade.
Da mesma forma, dividimos a dinâmica das forças vivas da terra, em quatro estações: Primavera, Verão, Outono e Inverno.
Nesta perspectiva, a Tetralogia quer, efetivamente, ser um modelo teórico capaz de harmonizar a pessoa, como indivíduo “soberano”, e como pessoa social. Integra o universo do subconsciente coletivo, em conjuminação com as características pessoais que os distinguem dos demais.
A Tetralogia Analítica propõe-se como um modelo teórico-prático para compreender a complexidade do ser humano integral e sua relação e interação no seu mundo. “Ser é ser com alguém...”
A Tetralogia dá-nos outro modelo: o sistema  de debate de ideias, em busca de sua força  transformadora: “ver, ouvir, pensar e agir”. Este é o formato do diálogo e da pesquisa criativa.

Falamos da Tetralogia Prática, porque não estamos preocupados em aprofundar a teoria especulativa, que é outra questão. A filosofia especulativa (teórica), busca a verdade, por si mesma; a filosofia prática busca a verdade em razão da ação ou das obras.
Filosofia Prática envolve a ética geral, familiar, profissional e política, e também poética e as artes.

6.  A Filosofia de trabalho da Tetralogia levou à formatação de um movimento, o Pacto Humanista Global, ou GlobiPacto, voltado a uma ação interior e exterior transformadora, que possa contribuir para a melhoria das condições de vida dos humanos, no seu mundo, que leva à preservação e ao cultivo da natureza.
Na Linha Quatro da Tetralogia, a alteridade e a reciprocidade, é estimulada a cultura do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Socialmente estimulam-se movimentos e instituições que ponham as pessoas em contato com a natureza, com a formação do caráter e outro de caris semelhante.
O GlobiPacto parte da formatação da Macrópolis, como paradigma teórico utópico do que seria uma sociedade efetivamente Tetralógica, que é a sociedade desejada, talvez distante ainda. A Tetralogia é a força matricial da Macrópolis: leva à revitalização sócio-psico-cultural da vida nas comunidades humanas, em nível micro e macro grupal.
O humanismo multidimensional não se consolida sem as forças da natureza. A alteridade envolve o meio ambiente.

7. Elaborado o modelo tetralógico, pesquisamos outros paradigmas, em que pode ser encontrada alguma similitude de interpretação das forças que o regem.
Verificamos então que nosso modelo filosófico pode se aproximar da Filosofia de Bérgson,  do Construtivismo de Piaget e da Psicologia de Jung.
O parentesco destas  filosofias e correntes pedagógicas e psicológicas, no que as aproxima ou que as separa, será estudado em capítulos posteriores.
O Modelo elaborado pela filosofia tetralógica quer ir além das ideias de gabinete, do mundo acadêmico.
Articulando as forças centrífugas, estabelece contato e compromisso  com a alteridade, com a vida, em todas as suas dimensões. É uma Filosofia  de compromisso social, formando uma quase milícia humanista, voltada a construção  de uma sociedade mais justa e harmoniosa, de gente consciente e responsável.
Da Filosofia Tetralógica compreendemos melhor os conceitos da força matricial do Livre-Arbítrio. A Tetralogia dá, à vida das pessoas, mais amplos e mais desafiantes horizontes. Dá-nos mais elementos para superar e resolver os dilemas da vida.
[Palavras-Chave a Pesquisar]
[Tetralogia Prática; GlobiPacto; Macrópolis; GLOBISSOFIA; Forças Centrífugas e Centrípetas; Forças Motriciais e Forças Matriciais; Alteridade;  Kronós e Kairós; Valores Universais; Civilização Cósmica; Humanismo; Construtivismo; Bérgson; Jung; Piaget; Interatividade; Subconsciente Coletivo] – (Aguarde)
Texto em Construção


ANEXO 2
UM SABER VIVENCIADO
O Saber, o Refletir, o Fazer, o Interagir

1. Desde a década de 60, venho desenvolvendo ideias articuladas, em quatro pilares básicos: a ciência, a filosofia, a ética e a interatividade, ancoradas no saber, no pensar, no fazer acontecer e no compartilhar, da Tetralogia Prática.
Na perspectiva existencial, vejo a pessoa humana, em suas quatro faces: o físico, o psíquico, o racional e o interacional.
Como cientista da linguagem, como semioticista, como filósofo e como educador, sempre procurei superar o espírito acadêmico. Procuro o sentido de tudo. Vejo as coisas simples, em sua complexidade. No meu magistério, que exerci em diversas dimensões da vida social moderna, procurei mostrar como a ciência e o saber tem um real  compromisso com a transformação da sociedade, levando a todos  mais saber e bem estar. No saber Teórico, sempre quis mostrar como ele pode ser uma força motriz, para abrir novos caminhos, com mais prosperidade, para as pessoas e para a humanidade.
Mesmo nos temas mais teóricos de que trato, sempre procuro enquadrá-los em temas atuais, da vida comum.
Naturalmente procuro mostrar os paradoxos da vida real. Provoco o leitor para o debate construtivo e responsável.
Aprendi com Camões, que fala do “saber só de experiências feito”.

2. Enfim, procuro aliar o saber ao saber fazer. Procuro difundir um saber sólido e consistentes e um fazer, uma prática transformadora, responsável e eficiente. O saber que não transforma é estéril
Procuro uma prática transformadora responsável e eficiente. Mas quem decide e quem age é o leitor.
Procuro fazer,  de um texto, uma seção onde se aprende a pensar a ciência, o mundo e a vida.
Sempre acreditei que o aluno é o  sujeito e não o objeto de aprendizagem. É um espaço de saber, de vivenciar e de compartilhar. Por isso penso que um bom texto precisa ser inquietante e provocativo, prolongando seus efeitos, muito além da leitura.
Um bom texto nunca deixa o leitor indiferente.

3. Como sei que, muitas vezes, “na prática a teoria é outra” ou que na “teoria a prática é outra”, nunca podemos perder de vista o mundo em que agimos e  interagimos, por meio da Palavra ou por ações.
Foi neste rumo que foi sendo forjada a Filosofia Tetralógica Prática. Foi uma longa gestação mental. Valeu a pena tentar.
Em torno da Tetralogia, as ideias saem naturalmente harmonizadas e dinâmicas. É uma Filosofia jovem, versátil e dinâmica, na sua concepção.

TEXTOS PARADIGMÁTICOS
            A Tetralogia Prática está ancorada nos seguintes textos, que reforçam seus paradigmas:

Grandes Textos Mundiais
O Pacto Humanista Global - GLOBIPACTO elege, como parâmetros, os seguintes documentos da UNESCO/ONU:
a) As Propostas da Educação para o Século XXI – UNESCO/Paris, 1998;
b) A Declaração Universal dos Direitos Humanos; (Proclamada em Paris Assembléia Geral da ONU – 10/12/1948);
c) Declaração de Princípios sobre a Tolerância (16/11/1995);
d) Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (Proclamado em 16/12/1966 – Assembléia Geral da ONU);
e) Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, adotada em 02/11/2002;


José Jorge Peralta

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