domingo, 14 de junho de 2009

Macrópolis: Disparada

Prepare o seu coração
Pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
E posso não lhe agradar

Aprendi a dizer não
Ver a morte sem chorar
A morte, o destino e tudo
Estava fora de lugar
Eu vivo pra consertar

Na boiada já fui boi
Mas um dia me montei
Não por um motivo meu
Ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse
Porém por Necessidade
Do dono de uma boiada
Cujo vaqueiro morreu

Boiadeiro muito tempo
Laço Firme, Braço Forte
Muito gado, muita gente
Pela vida segurei
Seguia como num sonho
Que boiadeiro era um rei

Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E os sonhos que fui sonhando
As visões se clareando
As visões se clareando
Até que um dia acordei

Então não pude seguir
Tenente Valente, lugar
De dono de gado e gente
Porque gado a gente marca
Tange, fere, engorda e mata,
Mas com gente é diferente

Se você não concordar
Não posso me desculpar
Não canto pra enganar
Vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado
E vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi
Boiadeiro já fui rei
Não por mim, nem por ninguém
Que junto comigo houvesse
Que Quisesse ou que pudesse
Por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu
Querer mais longe que eu

Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei
Agora sou cavaleiro
Laço Firme, Braço Forte
Num reino que não tem rei

Na boiada já fui boi
Boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém
Que junto comigo houvesse
Que Quisesse ou que pudesse
Por qualquer coisa de seu,
Por qualquer coisa de seu
Querer mais longe que eu
(Composição: Geraldo Vandré e Theo de Barros / Interpretação: Jair Rodrigues)

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