sábado, 7 de maio de 2005

Síntese da Proposta do Pacto

NOVOS RUMOS
PARA O NOSSO MUNDO


2ª Parte
SÍNTESE DA PROPOSTA DO PACTO


“ Sou humano e tudo o que
é humano me diz respeito”
(Terêncio)



I
DESVENDANDO PERSPECTIVAS

1
Esboço de um Código de Viver e Conviver

1. Todos os seres humanos são chamados a fazer parte do processo de conscientização das pessoas para construir um mundo melhor: a vida com mais qualidade.
Faça parte do GlobiPacto – Pacto Humanista Global.
Que ninguém se omita. Parece ser esta uma das tônicas do Pacto. Um apelo e um convite.
O Pacto desvenda as forças matriciais e motriciais que poderão dar novos rumos ao nosso mundo. Abre perspectivas da superação da decadência humana, manifesta e anunciada em todos os recantos da convivência, nesta imensa Megalópolis, que é o nosso planeta Terra.
O GlobiPacto está ancorado na Tetralogia Prática, que é uma Filosofia de Linha Integracionista e Construtivista e Existencial.

2. A revitalização e a decadência sempre coexistirão no mundo, numa luta dialética permanente. São Forças opostas. A questão é saber onde mais forças se conjugam. Não podemos nos omitir.
Precisamos investir nossos talentos, acreditando que seremos capazes  de dar Novos Rumos ao nosso mundo.
O Pacto prenuncia uma nova era da humanidade. A nova era vai sendo gestada na “dor” que esmaga o ser e a vida, em meio aos desarranjos e desconcertos sociais que se alastram. Já dão sinais de superação.
Do caos nascerá a luz, se pensarmos em perspectiva dialética.
É o que nos ensinam os altos e  baixos, da sucessão dos tempos:
Após “sete” anos de caristia, de balbúrdia, talvez venham outros “sete” anos de abundância e bem estar.
A nova era virá da reação consciente e competente de pessoas preparadas e dedicadas. Uma nova era que vai brotando e desabrochando no espírito das pessoas.
As verdadeiras revoluções  que transformam o mundo e a vida partem de dentro do espírito profundo de nossa gente. São fruto de sã consciência, muita dedicação, muita cooperação e muita competência. Nada nos é dado sem trabalho.

3. Esta obra serve como um toque da despertar. É como o toque de trombetas, na hora da batalha, ou toque de sineta, na hora de trabalhar, lançado ao nosso mundo descuidado, acomodado, consumista e principalmente às lideranças atentas e até aos alienados. Ninguém fica esquecido.
Estamos todos no mesmo barco, que é o Planeta Terra.
Somos todos responsáveis pelas mazelas que afligem o nosso mundo.
Também somos responsáveis pelos bens imateriais e culturais de que desfrutamos, e até dos que se perdem.

4. A Dinâmica e a teoria do colibri pode nos servir de estímulo e motivação.
Há um entreguismo  moral latente na sociedade, patente na expressão: “não tem jeito não”. Pois eu lhes digo: tudo tem jeito, para quem sabe o que quer, e quer o que sabe, ou ao menos sabe o que não quer, com consciência e responsabilidade, e que seja de justiça e verdade. É preciso prudência... Mas que não se confunda prudência com covardia e omissão.
Nos últimos anos houve reviravoltas no mundo e na vida das pessoas que eram consideradas impossíveis.
Toda a história do mundo nos diz respeito.

Viver é a arte de buscar o impossível em que se crê. É arte de crer e de fazer acontecer.
Grandes muralhas em pedra ou morais caíram, contra todas as expectativas.
É preciso ousar, pelo bem-comum e pela humana dignidade.
É preciso: “ver, ouvir, pensar e agir”: É preciso saber perguntar... E estar atento.


2
Grande Síntese Regeneradora

 1. Esta obra é resultado da experiência humana, de muita observação, de muita reflexão e de longas meditações, pelos caminhos e atalhos da vida.
Esta é uma reflexão sobre o sentido da vida, na dinâmica complexa do mundo moderno. O leitor atento atua, aqui, como um bandeirante do espírito, abrindo novos caminhos, nas selvas da modernidade.
Diz o magno orador, Antônio Vieira, que a voz do educador é como trombeta de guerra que toca e desperta.
O pensador e humanista de hoje tem de ser como o estatuário, que, da pedra bruta, faz emergir um “cidadão” ilustre.

2. O Pacto vem para “escancarar” portas e janelas, para deixar entrar a luz e o ar puro. Vem para dissipar a penumbra, espaço de ácaros, de lamúrias, de traição e de conspiração...
O GlobiPacto procura elaborar uma Grande Síntese das forças regeneradoras da humanidade, latentes em todas as gentes.
Baseados em princípios claros e distintos, queremos interpelar o mundo real, com suas grandezas e misérias, sem moralismos fáceis e frágeis.
O Pacto é um Movimento aberto, consistente, sem preconceitos: é o Portal da Macrópolis.
A Filosofia que dá suporte ao Pacto e à Megalópolis é a Tetralogia Prática, já citada e da qual falaremos adiante.

3
O Homem Universal

O Pacto busca o Homem Universal, num pensamento universal, numa consciência universal e cósmica. Há idéias e pensamentos que envolvem todas as pessoas de todas as filosofias, de todas as religiões e de todas as condições sociais. Por que não podemos buscar uma religião universal, para além das igrejas particulares, como pólo de unidade, em espírito?
É preciso procurar o denominador comum de todas as religiões sérias.
As igrejas particulares, manteriam os próprios espaços em nova dimensão.
Proximamente falaremos dos Universais da Linguagem Humana.


4
Pedagogia da Participação Solidária

1. Estamos na vida, na condição de peregrinos. Nunca estamos sós. Cada um de nós tem o seu caminho, mas um só objeto de desejo a alcançar: a consciência e o bem estar.
A base de tudo são os valores que adotamos e que queremos levar à Dinâmica.
O Pacto aponta as etapas para a partida: Ver, Ouvir, Pensar, Falar e Agir. Os fatos como as ideias precisam de contextualização.

Esta é a Pedagogia do Pacto; é a pedagogia da participação e da interação.

É preciso saber prevenir as falhas de caráter, que apequenam as pessoas.
É preciso  saber promover valores que engrandecem e trazem  prosperidade, solidariedade e o bem-estar.
Com a Espada da Palavra, o Pacto vai abrindo espaços aconchegantes, em nosso espírito.

2. A base do Pacto é ética e cultural.  Não é apenas questão de dizer mas de fazer. Sugere políticas educacionais que levem aos jovens o conhecimento e a ética, para o bem-estar.
Mude-se o que deve e pode ser mudado, e energize-se o que deve ser energizado.
 O Pacto é um espaço libertário, consistente e responsável, com o pé no chão, sem pular etapas... Sem ódio e sem rancores, busca a paz dos viventes.
A Filosofia do GlobiPacto é Tetralogia Prática Integracionista.
O Pacto não interfere em questões partidárias.



5
Com Firmeza, sem Perder a Gentileza

            1. Sem vestígios de moralismo, o Pacto é um posicionamento ousado, sem outros compromissos, que não seja a construção de um mundo melhor, mais sadio e mais acolhedor, para todas as pessoas de boa vontade.
Os humanos são animais racionais, dotados de afeto e alma imortal, mas são assediados e feridos pela ganância, pela arrogância, pela mentira e tudo o mais que fragiliza seu caráter e sua credibilidade e lhe tira a Paz. O ser humano está exposto, permanentemente, a desconcertantes dilemas e paradoxos.
Onde há seres humanos atuando e pensando, sempre há razões e idéias válidas, seja nas políticas, nas religiões, entre intelectuais humanistas e entre o povo simples. Sempre temos algo a aprender de todos. Somos seres, sempre em construção...

2. Neste sentido, o GlobiPacto tem um posicionamento construtivista: o ser humano constrói e organiza novos conhecimentos, respondendo a estímulos externos, como agente ativo. Diante das influências do meio, ele não é um elemento passivo.
Temos conceitos permanentes e idéias em transformação, em evolução, que se adéquam  às circunstâncias.
A classificação de conservador/progressista talvez não passe de uma forma de agressão preconceituosa de falta de argumentação: um carimbo, vazio de significado, num mundo plural. Acreditamos que o conservador pode também ser progressista e que o progressista pode ser conservador. É questão de graduação.
Às vezes as pessoas procuram resultados idênticos por caminhos diferentes.
  À direita ou à esquerda, não podemos demonizar ninguém. Podemos criticar as pessoas por seus méritos ou deméritos...
Nosso opositor não é, necessariamente, nosso inimigo.

3. Devemos, no entanto impugnar a mentira, a falcatrua, a rapina, a desonestidade, o abuso sobre os mais fracos, a ganância, a arrogância e a ignorância, tudo o que acarreta inquietação e enfim,  todas as atitudes e maquinações anti-sociais.
            Onde quer que tais males estejam alojados, devemos desvendá-lo e desmascará-lo, com atitude construtiva.
Onde há trevas ou penumbra, é preciso levar a luz.

Apesar de as pessoas, acostumadas a tais desmandos, considerarem estas idéias incômodas, elas são os pilares de sustentação de uma sociedade minimamente justa e responsável, onde há necessidade de controle dos predadores.

4. Da liberdade responsável, da justiça, da dignidade, do respeito, da solidariedade e da dedicação, nenhuma sociedade abre mão.
Uma das leis basilares do Pacto é o dito popular; “Não faças aos outros o que não queres que façam a ti”. Outra é: “Ama o próximo como a ti mesmo”.
            Todas as leis têm o seu contraponto, exigido pelas circunstâncias. Conselho do Mestre: “Sejam astutos e prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10.16).
Precisamos ter presente  a advertência do Mestre: “Os filhos das trevas são mais hábeis que os filhos da luz” (Lc 16.8).

Somos Arautos da vida e não dos predadores. A liberdade de cada um termina onde começa o direito do outro. Liberdade só para alguns é querer retomar o fascismo... No fascismo, muitas vezes os que mais oprimem titulam-se como libertador.
Os cristãos são preparados para a misericórdia e o perdão, mas não para o castigo. No entanto, justiça não se coaduna com a impunidade. (Mt 7. 15-20).
Na legislação dos países, há o Código Civil e o Código Penal para garantir a justiça, na vida real, no reino de Kronós.

6
Ler, Meditar, Falar, Vivenciar

1. O GlobiPacto é um texto para ler, meditar e aplicar, a partir da mente,  do coração e da alma das pessoas, com o suporte da razão.
Precisamos ter marcados, em nossa agenda, os grandes valores humanísticos que devemos saber utilizar todos os dias. Valores como atos mais que teorias.
Precisamos saber claramente o que é essencial e o que é circunstancial.
Seguindo idéias e ideais de reconhecido valor mundial, como patrimônio imaterial de toda humanidade, a Dinâmica do Pacto está na atitude e no compromisso pessoal, da pessoa consigo mesma e com os outros, nas dimensões da Tetralogia Prática.

2. Começado na pessoa, o Pacto vai logo se irradiar para o outro e para os outros. Sua realização plena é sempre comunitária. O Pacto age como fermento.
            Estas idéias, bebidas em boas fontes, estão à disposição de todos. Mate sua sede e siga melhor o seu caminho...
 Poderia se chamar o movimento:  Pacto Social.


II
VIDA, VALORES, CONCEITOS

1
Uma Cidadania Cósmica

1. Ao denominá-lo Pacto Humanista Global - GlobiIPacto, o texto remete a uma cidadania cósmica mundial: remete à procura do homem universal.
O GlobiPacto é o compromisso das pessoas que não renunciaram ao dever de pensar e que, por isso, não compactuam com a mediocridade.
Se é Pacto, é para valer.
O Pacto é de leitura agradável: traz paz ao espírito e mais brilho aos olhos dos humanos.
Tem um conteúdo atraente e motivante.
É um texto que abre caminho e traz Nova Luz a quem começa a se desiludir de tudo, a quem acha que não vale a pena tentar... O Pacto garante que vale a pena.

2. O Pacto é um texto estimulante: quer trazer esperança, coragem, motivação e perseverança. Dá vontade de “arregaçar” as mangas e ir ajudar... ir à luta, por um mundo mais justo, mais próspero e mais igualitário.
Trabalhamos com mais dedicação, quando sabemos que não estamos sozinhos; que muitos, por toda a parte, nos acompanham, trabalhando no mesmo sentido.
Afetivamente sabemos que colaborar não é olharem uns para outros, mas olharmos  na mesma direção.

3. Neste espírito, tendo em vista  ajudar as pessoas a aprender a Arte de Viver e Conviver, o texto assume, às vezes,  atitude de Conselheiro ou de Consultor, em projetos de vida.
Bem dizia o poeta:
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer”.(Vandré)
            Para o Pacto funcionar,  é preciso cada um estar mais convicto de que
      tudo o que é humano lhe diz respeito”.  (Terêncio)
e que:
                 Tudo vale a Pena
                   Se a alma não é pequena” (Fernando Pessoa)
O Pacto é um  monumento à vida que cada um vai construindo. Utopia, sim, mas Utopia só é superada pelos sonhadores. Só estes a fazem realidade.

2
A Macrópolis

1. A partir da idéia de Vieira, que descreve o Mundo como uma Praça ou Feira Universal, foi, aos poucos, sendo desenvolvida a idéia da Macrópolis, que considera o mundo como uma imensa cidade global, que vive, plena, em cada povoado em que convivem seres humanos. Todos compartilham com todos suas descobertas e suas alegrias e tristezas.
Diríamos com Fernando Pessoa:
Quanto é melhor quando há bruma;
 esperar por D. Sebastião
quer venha ou não”.
A tecnologia da comunicação aproximou todas as pessoas. É preciso saber tirar proveito dessa nova realidade e não só deplorar eventuais efeitos negativos.

2. Viver na Macrópolis é saber viver plenamente, onde quer que você esteja, e quaisquer que sejam as condições de seu viver.
Passamos a ter dupla cidadania: a cidadania civil, do nosso país e a cidadania cósmica, de nosso engajamento espiritual e da consciência, com registro em outra dimensão que o papel não comporta: a Macrópolis.
No mundo de muita trapaça em que vivemos, precisamos saber ver e olhar com lucidez e com certa ironia, diante do cinismo e falta de compostura de alguns.

3. Ainda não sabemos se esta proposta do séc. XXI tem algo a ver com “utopia”, de Tomás Morus, com a “Cidade do Sol”, de Campanella, ou com a “Nova Atlântida”, de Francis Bacon, ou com o Império, de Vieira. É este um modelo sempre em processo, seguindo a dinâmica do nosso mundo.
Certamente  tem muito a ver com o 5º Império de Vieira e com a celebrada Festa do Divino, hoje capitaneada pelos Açoreanos por todo o mundo, mas praticada por todo o Brasil, mesmo em cidades sem presença de açoreanos, dando continuidade a uma belíssima tradição multissecular, arraigada na mente do povo.

3
Caminhos

Este não é ainda um projeto e nem um programa. São idéias organizadas, apontando caminhos. Idéias que vão fermentando, no plano da auto-consciência.
O GlobiPacto acredita que as idéias podem se transformar em projetos e programas que poderão mudar a vida das pessoas e trazer mais justiça e bem-estar a todos, num mundo melhor, por todos compartilhado.
           Este é mais um sonho mas não uma ilusão.
Bem hajam os leitores e o “Grupo Kairós” que assumiu o Pacto, e todos os que fazem parte... Ou vierem a fazer. Que juntos ou individualmente se arrojem a quebrar barreiras consideradas inoportunas, em nosso mundo.
O Pacto deixa as pessoas mais livres, e mais conscientes de si mesmas, por um mundo melhor para todos.   


III
TRANSFORMAR PARA PRESERVAR

1
Pólo de Estudo e Propostas
           
Este é um texto-roteiro, uma espécie de programa de ações, com um direcionamento teórico.
É um Pólo de Estudos, Debates e Pesquisas. Aqui não damos soluções; apenas apontamos caminhos numa realidade de alta complexidade.
Queremos formular e difundir propostas transformadoras, eventualmente ousadas.
A idéia é transformar para preservar condições de uma vida melhor.
De antemão sabemos que  os grandes problemas da humanidade não estão  no campo das idéias; são questões políticas e econômicas que acendem as guerras. Mas tais questões políticas são camufladas com máscaras de idéias. Na base há sempre uma certa arrogância, ambição e até ignorância e ganância.

2
Posicionamento Conceitual do Pacto

Enfocamos as questões da perspectiva conceitual.
A linguagem tem um suporte significante, visível, que leva ao significado, aos conceitos, às idéias.
O Pacto aborda os fatos a partir de valores conceituais que se manifestam na Dinâmica.
Não deixa de mostrar os efeitos perversos ou auspiciosos de certas atitudes.
No entanto, não cabe ao Pacto julgar pessoas ou administrações. Cabe-lhe apontar caminhos e até descaminhos.
Consideramos que o governo, que age em nome do povo e para o povo, não pode ser considerado uma "caixa preta" inexpugnável.
Quem elegeu tem todo o direito de saber e apreciar. Por isso precisa ser esclarecido.
O Pacto ajuda a articular conceitos, na linha da liberdade e da justiça. Quem julga, age e reage são as pessoas.
Esta é a norma do Pacto.
O Pacto não assume a Dinâmica política.

3
A vitalidade na Macrópolis

1. O que é, afinal de contas, a Macrópolis?
A Macrópolis é a alma da Megalópolis.
Segue a Filosofia Tetralógica Dinâmica numa perspectiva integracionista e construtivista e existencial.
A Megalópolis é o Planeta Terra, visto como um mega espaço, em que convivem todos os terráqueos. Aí todos estão em mútua relação de interdependência e cada um tem autonomia e a soberania que lhe é própria.

2. O que marca a Macrópolis é a consciência da solidariedade, entre todos os viventes, que os fazem responsáveis pelo bem-estar de todos. A Macrópolis é o princípio unificante e aglutinante das consciências, em benefício da prosperidade e do bem comum.
Sem essa consciência, a Macrópolis não existe. Existe antes um mundo fragmentário. Cada um fechado em si mesmo, sem solidariedade, pensando apenas em ter e consumir, seguindo a ideologia neoliberal, à qual a Macrópolis se opõe.
Para ser cidadão da Macrópolis, ou Macropolitano, a pessoa precisa ser cidadão do seu torrão natal, e cidadão consciente do mundo em que vive.

3. A Megalópolis é a Praça Universal, o fruto do desenvolvimento. A Macrópolis é obra da sabedoria e da consciência: é a união espiritual, solidária e fraternal das pessoas.
A Macrópolis leva à mútua consciência e à co-responsabilidade pela auto-sustentabilidade do Planeta e à busca do saber, com sabedoria.
A Macrópolis pugna pela unidade, na diversidade. Quer a unidade com a diferença. Respeitar os valores  e os méritos de cada um. Unidade não unicidade.
O GLOBIPACTO é o Portal da Macrópolis.
A Macrópolis não é um lugar; é um estado de consciência, um estado de espírito do Universo e da posição da pessoa no mundo. É um não-lugar, um nontopos. Está dentro das pessoas e age individual e socialmente, na metrópole e na megalópolis.
A Megalópolis está para o tempo cronológico sequencial, diacrônico, como a Macrópolis está para o tempo cairológico, psicológico, sincrônico.


4
Você faz a diferença?

Cada pessoa precisa saber o que quer da vida e o que pode fazer pelo seu mundo e pelos seus.
Ao tomar decisões e ao optar é importante perguntar-se: Por que opto? Para quê? Com quem? Que resultados espero? Em que minha atitude e minhas decisões podem melhorar, de fato, a vida do meu país? E a minha?
Estou sendo leal a meus princípios? Estou sendo solidário, a quem? Estou sendo verdadeiro e justo? Estou me sentindo livre? Ou estou vendendo o meu passe?!
Cada um é chamado a fazer a sua parte, pelo bem de seu país e dos seus.
Olhe-se no espelho e exorte-se: Você pode fazer a diferença, nesta luta renhida por um mundo melhor para todos.

A Força Matricial do Pacto Parte III

NOVOS RUMOS
PARA O NOSSO MUNDO

3ª Parte
A Força Matricial do Pacto
Dê-me uma alavanca e um ponto
de apoio e eu moverei o mundo."

Arquimedes


IV

DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA CIDADÃ
O Sentido de um Projeto Ousado

1
Ousadias de Sócrates e Arquimedes

1.      Recomenda Sócrates:
Conhece-te a ti mesmo  e dominarás o universo”.
            Assumindo esta bandeira de Sócrates, propomos o PACTO HUMANISTA GLOBAL - GLOBIPACTO, como um movimento sócio-cultural e cívico.
Arquimedes desafia:
Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo”.
Sócrates e Arquimedes dão-nos a chave desta plataforma: o indivíduo, consciente movendo seu mundo. Mas por quê? Será apenas uma demonstração de força e habilidade?

2. O GLOBIPACTO é a articulação de uma visão de mundo transformadora, que cria a Macrópolis,  ancorado na Filosofia Tetralógica Prática.
 Queremos criar condições para que as pessoas se conheçam de fato e saibam desenvolver seus talentos e prevenir suas deficiências.
Uma das linhas pilares é o processo de Meditação.
A pessoa precisa de alguma auto-realização pessoal, profissional e sócio-cultural. Acreditamos  que a pessoa que se transforma, reenergizando-se, transforma o mundo.
A busca da consciência e de suas dimensões é a lei máxima deste PACTO HUMANISTA GLOBAL - GLOBIPACTO. Todas as religiões e todas as ideologias aqui se encontram, no denominador comum: a busca da consciência do bem.

 3. Para mudar o mundo, temos de começar mudando algo, em nós mesmos, mudando as idéias e derrubando barreiras inúteis e, às vezes, perversas. O Pacto estriba-se na sabedoria humanística das grandes filosofias, das grandes religiões, na perspectiva do Evangelho que nos trás os grandes parâmetros da sabedoria. Estriba-se na sabedoria universal, mais do que no saber. Estriba-se na Tetralogia Dinâmica.
Para acertar o passo com uma vida mais atraente, mais sadia e mais harmoniosa, precisamos adequar o nosso “quadro de referências”.


2
Consciência de Si e do Outro

1. Toda a mudança começa na pessoa que adquire consciência de si mesmo. A mesma consciência que o leva ao outro. A relação de alteridade, o eu e o outro, leva à superação do egoísmo, abrindo à pessoa grandes perspectivas vitais. A pessoa consciente é aquela que diz e pensa, com o filósofo latino:

Sou homem e nada do que é humano  me é estranho” (Terêncio).
A interação humana envolve: o eu, o tu, o ele e o nós todos; ou o eu e
os outros
Pensamos na pessoa multidimensional, com suas múltiplas inteligências: pensamos na pessoa integral, com as suas competências, suas deficiências e seus ideais. Convidamos você a se superar sempre.

Diz o Mestre Paulo:
Tudo posso, naquele que me dá a força” (Fil 4.13).
Diz o Mestre Máximo: “Vinde a mim os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (MT. 11,28)

2. Está aí o ponto de apoio e a alavanca. O Pacto é isso.Tente mover o mundo. Faça a sua parte. Esclarecemos que este é um texto provocativo. Outros mais virão. Mas nunca pretenderemos fechar a questão.

Ninguém fará os seus caminhos, a não ser você mesmo. Outros poderão ajudar, mostrando opções. Isto é o que faz a vida  uma deslumbrante aventura. 
O que você faz é mérito seu, é resultado de seus esforços, que dá sentido ao seu viver. No entanto, ninguém faz nada sozinho. Nossos  conhecimentos e habilidades são a resultante da dedicação de muitas gerações de estudiosos dedicados. A vida e o saber são  possibilitados  pelo trabalho de muita gente... Neste espaço, ninguém tira os méritos de quem quer que seja.

3
Novos e Perenes Desafios

1.      Nosso mundo parece “Mercado Persa”: tem de tudo, de ótimo,
bom, ruim e péssimo...
Olhe em seu redor. O seu mundo está doente.

Que contradição lastimável: de um lado, tanto progresso material...de outro  lado,  anêmico, nas forças do espírito. O Mundo precisa de sua ajuda. Prepare-se para ajudar. Faça uma corrente pra frente.
Ajude a sociedade a acertar o passo e o compasso e a encontrar seu rumo. Ajude-o a se orientar, a se orientar pelo sol e pelas estrelas. A olhar para o alto, sabendo bem onde pisa.

Uma certa dose de humildade pode ser o remédio para os excessos  de arrogância e ganância que por toda a parte vicejam.

2. Estude mais. Pense em si e pense nos outros. Não alimente seu arsenal de saberes, apenas com conhecimentos técnicos. Busque outros valores..., além destes. Busque  a ciência  e busque  alguma espiritualidade. Lembre-se que a pessoa humana tem quatro dimensões básicas: o físico, a mente, a ação e a interação.
Na perspectiva Tetralógica: A pessoa é a resultante da harmonia das suas quatro dimensões: biológica, psicológica,  espiritual e interacional.
São estes os quatro pilares de sustentação da pessoa humana. Precisamos saber desenvolver, equilibrada e harmoniosamente os quatro pilares, com suas subdivisões...

3. Faça a sua parte.
Ajude os outros para que muitos façam a sua parte.
Ajude o mundo a despertar da letargia em que o lançaram. Não deixe que ele entre em colapso.
Faça parte desta cruzada.
 Diante de tanta tecnologia, e tanto consumismo, o mundo parece estar narcotizado. Muitos jovens preferem ficar estáticos, diante de uma maquininha, que o deslumbra, a passear em um bosque, respirar o ar apuro, curtir a natureza e observar passarinhos e animais. Isto faz-lhe muita falta.
É preciso assumir, por própria opção, outras atividades mais interessantes e altruístas, social e pessoalmente. Precisamos saber o que a vida  e o mundo esperam de nós.

4. Num mundo que prega a tolerância, pratica-se a mais descalabrada intolerância, movida pela ignorância e ganância, com nomes mais palatáveis, para disfarce.
 Atônitas e impotentes  (?) as pessoas apenas observam, perplexas...Até quando?! É preciso saber e querer reagir aos desafios.
 Há falhas calamitosas da educação, não só na parte de conhecimentos, mas principalmente na formação do caráter das pessoas.

            É estranha a maldade de alguns que, em vez de se congratularem, não conseguem digerir  e suportar o sucesso dos outros,  quer seja na educação, no esporte, na empresa ou na vida de modo geral...

O GlobiPacto mostra que há luz, no fim do túnel...

O seu Pacto, bem fundamentado e estimulante, pode agir e se orientar como o sol. O Pacto é uma grande síntese de idéias força.
O GlobiPacto está sempre voltado para o melhor, por isso um dos seus símbolos  é o girassol, ao lado da rosa dos ventos, ou fazendo parte desta.

4
Questões Vitais a Agendar

A atualidade tem um rol sério de problemas que afligem e desafiam as pessoas de todas as categorias e de todos os estratos sociais, em seu cotidiano:
- problemas da educação das novas gerações, que precisa ser séria, sólida e consistente e abranger as múltiplas dimensões da vida.

- problemas de infra-estrutura urbana, nas grandes e médias cidades e também nas pequenas.

- Problemas de exclusão social, de muitas dimensões, em todas as sociedades;

- problemas de fome, de miséria, de falta de moradia;

- problemas de falta de terra para cultivar e de escassez de postos de trabalho;

- problemas de droga e de violência social, de atos anti-sociais;

- os abusos e violências sexuais com as crianças, jovens e adultos; 

- problemas de tráfego de pessoas: crianças e adultos;

- problemas de corrupção e esbulho do patrimônio público e particular;

- as grande mentiras que correm o mundo como verdades, travestidas para simular o bem;

- problemas de usura dos pseudo-donos de idéias falidas; a demagogia totalitária dos políticos e dos fazedores das opiniões da moda; o desprezo pelas raízes fundadoras da nação; o pavor e a deturpação da história;

- problemas de ética na política e nas organizações sociais e empresariais; problemas de desagregação das relações pessoais e familiares;

- problemas de degradação da natureza, com a poluição da terra, das águas e do ar,  do subsolo e da atmosfera;

-  problemas de saúde pública; e a forma que se “negocia”  a vida nos hospitais.

- e muito mais...

São desafios que precisamos enfrentar. Todos dependem das idéias, do quadro de referências, da visão de mundo das pessoas, da formação humana e do caráter e muito mais.

5
Tempo de Despertar

            1. A Tetralogia Prática propõe-nos um modelo  de consciência e de atitudes que possam levar  à consciência e bem-estar das pessoas e da sociedade. A tetralogia  envolve a ideia de totalidade. Seu símbolo é  a rosa dos ventos, que encerra  a ideia  de abranger  os quatro cantos de nosso mundo físico e interior.
É uma filosofia que vê o mundo plural, pugnando pela harmonia na diversidade. Vê  a vida, no paradigma do universo: sempre dinâmico, sempre diverso, sempre orgânico, sempre inquieto, sempre em mutação cíclica.
Pugna pelo humanismo integral e multidimensional.
           
2. Faça algo por seu mundo. Vale a pena. Não podemos legar, às próximas gerações, um mundo tão sucateado tão injusto e, tão maltratado. Foi muito melhor e mais saudável o mundo que nos legaram nossos pais.
            Nós também somos vítimas dos predadores da natureza e dos grandes valores do pensamento humano; somos vítimas dos que vendem as coisas mais sagradas da civilização por trinta moedas... Sim, “Judas” ainda age, sem ser incomodado...
            É tempo de despertar. Vença a alienação que se propaga, como epidemia. Chame seus amigos. Deixe essas idéias seminais germinarem.

3. Juntos faremos uma imensa seara para alimentar os famintos de alimentos do corpo e do espírito. Então voltaremos a plantar jardins em nossas casas, e em ruas e praças, e até nas fábricas e igrejas. Plantaremos árvores por toda a parte. Colocaremos  flores nos vasos de nossa sala. Cuidaremos do nosso jardim.
Não haja friamente e impassível como o soldado de chumbo. Emocione-se com a natureza, com as boas ações, com a beleza interior, com a grandeza do coração humano e dos atos nobres...
Sonhe, sonhe com o coração e com a razão; sonhe com um mundo mais justo, mais saudável, mais seguro; com mais flores e com mais generosidade entre as pessoas.

4. Sonhe e faça um projeto de vida audacioso. Os seus sonhos moldarão seu mundo...
Quem não sabe sonhar não sabe ousar; não sabe viver, não sabe amar, não sabe conviver.
Leia boa poesia, boa literatura. Deixe de se robotizar...
 Com tudo o que sabemos hoje, e com tantos recursos disponíveis, você pode ajudar a melhorar este nosso mundo, tão rico e fantástico. Não deixe mais arruiná-lo.
 Preserve o seu mundo mais saudável, apesar das mazelas tão notórias...
Abra os olhos para a realidade complexa. O dinheiro não é tudo. Aliás, em certas horas, não vale nada. Procure aquele algo mais essencial...
Preserve os grandes valores que ornam as pessoas, e dos quais, muitos, desiludidos, já vão se despojando, como adereços inúteis.
Assuma este Pacto como um compromisso pessoal.
Faça o seu Pacto com a vida. Faça parte.

6
O Espírito que Vivifica

1. Temos a alavanca e temos o ponto de apoio. Está na hora de começar
a mover o nosso “mundo”. A alavanca e o ponto de apoio, sem a sabedoria do homem, não serve para nada. Seja o Arquimedes desta alegoria...

            As palavras podem ajudar, mas quem vivifica é o espírito.

Queremos que as idéias propostas no PACTO HUMANISTA GLOBAL - GLOBIPACTO, entrem na vida e no trabalho das pessoas. Não são idéias de quem as escreveu: São idéias universais que a vida nos ensina e que movem o mundo.

Que o Pacto entre na alma da poesia e da prosa; nas ciências humanas e sociais;  que dê mais vida às descobertas técnicas e científicas;
Que o Pacto  dê uma nova alma, à vida e ao mundo,  pela mão  de pessoas conscientes.


2. A meta do GlobiPacto é buscar idéias onde quer que estejam, no Oriente como no Ocidente. Preocupa-se com o homem consciente. Religião ou Política é opção de cada um. Todos precisam participar e cooperar.
Vamos viver melhor e legar um mundo ainda melhor às futuras gerações. 
Mãos à obra.
Queremos legar à posteridade o orgulho de ser e de existir; o orgulho de viver e conviver; o orgulho de trabalhar, ainda que seja como servente de pedreiro ou varrendo o chão.
A dignidade humana não está  no trabalho que faz, mas no modo e na qualidade que põe em tudo o que faz.
Precisamos aprender a ter orgulho da vida e do viver. O que engrandece não é o que se faz, mas como se faz.
Queremos nos orgulhar do que somos, que precisa ser muito mais importante  do que o que possamos ter ou não ter.
Queremos aprender a viver, a conviver, a compartilhar e a dar valor à vida, em todas as suas manifestações, no nascer de água límpida num rochedo, numa minúscula flor que desabrocha, como no nascer e no pôr-do-sol nas grandes  multidões e nas grandes florestas tropicais.



V
FORÇAS MATRICIAIS DE UM NOVO AMANHECER

1
Educação Centrada em Valores

           1. O PACTO HUMANISTA GLOBAL - GLOBIPACTO, caracteriza-se como um Movimento Sócio-Cultural, solidário, de  cooperação interpessoal e inter-grupal. Pacto é compromisso. Esse é o sentido dinâmico da proposta.
O GlobiPacto, em termos filosóficos, está vinculado à Tetralogia Dinâmica.
            O Pacto está aqui apenas esboçado. Será sempre  apenas um esboço de princípios e de intenções – O Pacto é sempre pessoal, com perspectivas sócio-culturais e interacionais.
Aqui mostramos direcionamentos, opções, vetores.  Cada um faça o seu projeto de vida, o seu Pacto.

2. Aqui pugnamos por uma vida e uma educação centrada em valores, baseada em princípios. Sempre foi assim.
Mas hoje os valores se dispersaram. Vai sendo implantado o “vale tudo”. Então os “valores” se diluem e se perdem. As consequências trágicas já estão à vista. Haverá sempre forças antagônicas em confronto.
 A partir dos posicionamentos que expomos a seguir, temos os elementos básicos, para articular os Princípios e Diretrizes que orientam o movimento, em múltiplas dimensões.
Este quer possibilitar a cooperação das pessoas dispostas a compartilhar e resgatar valores culturais transformadores.

3. Trabalhamos com conceitos oriundos de diferentes visões de mundo, e de diferentes filosofias de vida, e de religião do Ocidente e do Oriente.
Onde quer que estejam definidos esses valores, são patrimônio imaterial da humanidade. Este é o nosso sentido Global, pois somos cidadãos do mundo.
 O Movimento PACTO HUMANISTA GLOBAL - GLOBIPACTO é Plural em suas concepções e em sua atuação. Seu núcleo básico é a auto-consciência das pessoas.

4. O GlobiPacto é  um movimento inquieto. Desinstala os acomodados. Quer que todos assumam  compromisso  com a construção de um mundo , com mais solidariedade, onde sejam,  compartilhados os valores, princípios e esforços: “um por todos e todos por um”.
Este é o sentido dos quatro pilares básicos da Tetralogia Dinâmica.
É um movimento de índole sócio-cultural e cívica, supra-partidário e supranacional. Estabelece parâmetros de convivência  transformadora, que abala uma certa inércia, que a muitos imobiliza, numa assepsia improdutiva e imobilizante.
O personagem principal do Pacto é a pessoa com responsabilidade social. A pessoa que vai aprendendo a viver, a conviver e a compartilhar.


2
O Foco do Pacto

            1. Quando um pensador produz um texto ou desenvolve algumas idéias referentes às pessoas no mundo, deve atender implicitamente a alguns  quesitos prévios. Queremos saber a quem interessa; a quem serve; que benefícios pode trazer. 
E ainda: como fazer para atingir o público alvo; como divulgar o novo produto; qual o universo em que se insere.
Finalmente qual o foco específico das idéias que expõe.

            2. Sumariamente, diremos que o foco do Pacto é a pessoa humana, a consciência de suas potencialidades e limitações e sua interação com o outro, com os outros e com o mundo: a individualidade e a alteridade, como elementos  constitutivos de uma pessoa harmoniosa.
            Queremos fazer a pessoa consciente de que
- é importante o progresso científico e tecnológico;
- é preciso estudar para saber conviver na era do conhecimento;
- é preciso estimular o desenvolvimento das pessoas e dos povos;
- é preciso cultivar e preservar o meio ambiente, em todas as dimensões;
- é preciso construir um mundo de prosperidade e de bens materiais, para garantir a vida biológica;
- é preciso ser solidário  e compartilhar saberes e habilidades;
- é preciso saber construir a harmonia na vida real e na convivência;
- é preciso avaliar os resultados de nossas decisões e de nossas ações.

3. No entanto é fundamental procurar, ao mesmo tempo, desenvolver a prosperidade intelectual e moral que é a única forma  de todo o progresso servir  e não destruir a natureza e a humanidade.  É a perspectiva da qualidade Kairós.
 É fundamental educar a sociedade, com princípios de solidariedade, honradez, honestidade, dignidade, respeito e cooperação mútua. Enfim, as pessoas precisam aprender a conviver e a buscar a auto-realização humana, em tudo o que fazem. Precisam aprender a dar valor à vida. Precisam dar mais importância ao ser do que às aparências. Dar destaque  à qualidade e fruição de tudo o que vivemos.

Este é o foco do Pacto. É esta a perspectiva e as veredas pelas quais o texto conduz o leitor, nesta Praça Universal em que vivemos.
Na Filosofia Tetralógica temos a teoria.
No GlobiPacto temos a Dinâmica, a dinâmica, num dos possíveis paradigmas de levar à Dinâmica  aqueles princípios.

3
A Inversão de Valores Assusta?

1. Um dos grandes males do nosso tempo é a omissão e a
pusilanimidade de muitos.
Ante a ousadia  e a agressividade dos oportunistas sem caráter, as
pessoas tendem a se  recolher, observando de longe, para não sujarem as mãos.

Por isso os plantadores de cizânia trabalham tranquilos, contaminando as melhores searas. Quase ninguém reage. Ninguém quer se comprometer “com essa coisa”. Nem para se defender. Ninguém quer sujar as mãos reagindo, com pessoas especialistas em fazer a vítima culpada.
Reina a ideologia dos 4 (quatro) macaquinhos: não vejo, não ouço, não falo e não faço.

2. Então muita gente se esconde, envergonhada da selvageria que vai se implantando impune.
 Rui Barbosa produziu um texto célebre, num discurso do Senado do Brasil, em 1914, de quem emprestamos o seguinte tópico:
  “De tanto ver triunfar as  nulidades;
de tanto ver prosperar a desonra;
de tanto ver crescer a injustiça;
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus;
o homem chega a desanimar da virtude;
a rir-se da honra;
a ter vergonha de ser honesto”.
Entretanto, todos devemos saber que, para o bem ou para o mal, todos somos responsáveis pelo mundo em que vivemos.

3. Lastimar-se pelos desconcertos do mundo não resolve.

Diz o ditado oriental:
É melhor acender uma vela
do que maldizer a escuridão.”
É exemplar a alegoria do colibri, tentando apagar o fogo da floresta  em chamas, com as pequenas gotas de água que levava no bico.
Ao ouvir a chacota dos grandes animais responde: Eu estou tentando fazer a minha parte. E vocês?!
Envergonhados, todos os demais animais, que fugiam em debandada, voltaram e, unidos e solidários, com a água do rio, apagaram o fogo e preservaram a mata onde habitavam. Juntos garantiram a vida, o seu espaço é vital.

4
Compromisso com a Dinâmica da Vida Real

1. Este Movimento (GlobiPacto) procura criar um ambiente propício à descoberta de novos caminhos e de novos talentos. Pugna por um “saber de experiências feito”. Desvenda novas possibilidades da Solidariedade humana.
Consideramos a educação como base de tudo, para o bem ou para o mal.
Queremos uma educação que possibilite a realização plena da pessoa, com o cultivo de suas potencialidades e de seus talentos.
Uma educação que conduza a pessoa a saber promover as mudanças adequadas, em sua vida e na sociedade em que vive. Uma educação que forme pessoas de caráter, competentes e responsáveis.
           
2. Aqui esboçamos os parâmetros específicos do Movimento.
O Pacto é um espaço para reflexão, com o compromisso pessoal de transformação da sociedade e a vida das pessoas. Não é um texto apenas teórico.
Convida o leitor a se perguntar: o que eu posso fazer para ajudar a sociedade a superar as crises em que está envolvida? Quando, como, onde e com quem irei tomar alguma atitude transformadora, ainda que seja discreta?
Para mudarmos o mundo, precisamos por fazer mudanças em nós.

            A repercussão da ação de cada um é de dimensões cósmicas: Quando alguém se eleva, eleva o mundo; quando alguém tropeça, o mundo se abala.
Lembre-se: o seu mundo começa na porta de sua casa.
Talvez seria melhor dizer: O seu mundo começa dentro de sua casa; dentro de você.
Lembre-se do antigo adágio popular:
se todos cuidassem de sua testeira, a cidade  toda seria um jardim


VI
ESBOÇO DE PRINCÍPIOS E DIRETRIZES


1
O Ponto de Mutação

1. Tudo leva a crer que o nosso mundo está chegando a um ponto de mutação radical, articulada pelo despertar das forças matriciais que sustentam a Vida no Globo. Sente-se no ar uma certa tensão que parece apontar uma virada de rumo, nas forças dialéticas que regem os ciclos da vida, a que chamamos: tese, antítese e síntese.

Sente-se que estamos na hora da Tetralogia Prática, com seus  quatro pilares, articulando a diversidade numa unidade harmoniosa superior, articulando a vida pessoal e social como as quatro estações do ano.
Depois de muito sofrer, de Norte a Sul e de Leste a Oeste, o efeito de inúmeras crises que vão se sucedendo, parece que as pessoas vão caindo na real, percebendo que não há mal que não se acabe. Vão concluindo que o crime e corrupção não compensam; que não dá para todos levarem vantagem em tudo, pois esse princípio só beneficia os manipuladores de sempre, que atiram a pedra e escondem a mão.
Mas fiquemos alerta, pois se sabemos que “não há mal que não se acabe”, precisamos ter presente que também “não há bem que sempre dure...”

Há um desconcerto patente, mas se ajudarmos, tudo poderá melhorar.

 2. Sobretudo vamos aprendendo que não basta resmungar; é preciso tomar decisões, resolver impasses e ir em frente... ir à luta.
Hoje sabemos que a arrogância, a ganância e a ignorância estão na base dos grandes males da sociedade. Este é o combustível que faz o mundo derrapar, as baterias descarregarem e a inquietação se espalhar.
Certas ocorrências de nosso mundo chegam ao cúmulo da insensatez e do farisaísmo. Ultrapassam os limites de todas as tolerâncias que permite a razão. Os crápulas sabem se disfarçar em qualquer ambiente, como o camaleão.
 As pessoas, gestoras de movimentos, que produzem  o bem estar e a prosperidade solidária, não podem  ser menos astutos,  do que os que combatem  do lado oposto, destruindo sonhos, com mentiras, injúrias e calúnias. Apenas não podem usar as mesmas armas do inimigo; caso contrário seriam iguais a eles na insensatez. Não valeria a pena.
Neste caso, é preciso atender à recomendação do Mestre: Entre as serpentes, sede astutos como elas são.

2
As Máscaras e Fantasias

1. Numa sociedade que prega a tolerância,  pratica-se a intolerância, a ganância e o ódio,  em todos os níveis da sociedade, com destaque para certos detentores do poder. Aí se “estrangulam” pessoas, moralmente, outras se “queimam” em fogo lento, outras se desonram e se repelem, sempre com requintes de “urbanidade” que fazem inveja à Inquisição!
A insensatez está por toda a parte, na política, na polícia, na “justiça”, na advocacia, na empresa, e até nas igrejas e no recesso do lar.
Há por aí uma nova e oficiosa escravidão instituída, com máscaras de liberdade, que faz inveja à velha e tradicional escravidão oficial. São os modelos de alta traição e hipocrisia, ainda em vigor, que precisam ser desmantelados.
A lei precisa ser igual para todos, e não manipulada pelos vilões de plantão.

2. A queda do muro de Berlim produziu uma coluna de pó que escondeu outros MUROS ainda piores, que são as muralhas morais, que nos chamam a atenção.
 Nossa sociedade precisa tirar as máscaras que a deformam e sarar suas feridas. É preciso desvendar a verdade, mas vendar a justiça. Eh! O mundo continua desconcertado...
É preciso educar as novas gerações, para um mundo real, mostrando o caminho da justiça e da liberdade, com responsabilidade e seus percalços.
É preciso aceitar a verdade sem retoques; o ideal está sempre à frente do real. Caminha por atalhos difíceis de transitar.
É necessário abrir novas pontes entre os grupos sociais: abrir novos caminhos e atalhos, para a todos chegar a Nova Mensagem.

3
Alma do Pacto

1. Na era do conhecimento, precisamos vencer avalanches de preconceitos sedimentados. Precisamos resgatar e recuperar valores essenciais à espécie humana que os complexos sociais e interesses políticos e/ou econômicos circunstanciais soterraram e tiraram de circulação.
O nosso compromisso essencial é a verdade com responsabilidade, pelo bem-comum. Esta atitude faz parte da alma do Pacto.
Precisamos saber descartar armaduras de outras circunstâncias, há muito sucateadas, e guardá-las em museus, para a memória preservar.  Hoje atrapalham e fecham os caminhos. Touca de criança não serve em adulto...

2. As circunstâncias mudam. No mundo, de uma forma ou de outra, tudo muda inexoravelmente, como o tempo. Tudo é cíclico, como as estações do ano.
Hoje, aprendemos que tudo que é natural tem limites, que exigem moderação. Até o remédio pode matar se tomado além dos limites. Então não é mais remédio.
 É preciso descartar o que for entulho do passado e servirmo-nos de tudo o que é bom e útil que herdamos de nossos antepassados. A questão é saber separar o ouro, do entulho: é saber estabelecer os critérios de decisão.

4
A Missão de Cada Um

Cada pessoa que nasce tem uma missão a desempenhar, da qual não tem informação. Com o tempo seus passos o guiarão.

É preciso saber implantar uma fraternidade sem fronteiras, físicas, econômicas, morais ou intelectuais, reunindo pessoas de boa vontade, sem medo nem temor, mas com lucidez e consciência cidadã.

Quem é consciente, criativo e dedicado, nas circunstâncias mais difíceis, sempre encontra uma saída. Todo o artista preparado sabe que, dos cacos, pode fazer o mais belo mosaico.

5
Nova Equação de Princípios

1. Parece que chegou a hora de se propor um grande e responsável PACTO SOCIAL, nas dimensões dos pequenos, médios e grandes grupos humanos, até à sociedade global.
Tal Pacto tem como objetivo estabelecer os princípios, diretrizes e Dinâmicas que darão suporte á construção de uma sociedade melhor para todos, em benefício mútuo, sem discriminação.

2. Sendo as religiões teístas, da estirpe de Abraão, o grupo mais denso, propomos o início do movimento à partir destas. Mas este seria um movimento sem fronteiras.  O pensamento teísta  da estirpe de Abraão tem mais destacada a dimensão da alteridade.
O gérmen matricial deste pacto já está em todas as religiões e em todas as pessoas de boa vontade, mas é preciso reativá-lo, na dimensão universal, estabelecendo Alianças.

3. Sob as cinzas de muitos holocaustos, que levaram a dor e a morte ao seio das três religiões, e no seu rasto, ainda há um braseiro que podemos assoprar, para acender uma nova luz que nos ilumine, nas trevas das ganâncias e arrogâncias, das ignorâncias e da insensatez, em que se envolveram algumas das lideranças dessas religiões, contaminando o povo com preconceitos, hoje descartáveis.
Ao lembrar as perseguições selvagens e bárbaras que sofreram os cristãos, os judeus e os árabes, não podemos esquecer os bárbaros sofrimentos e perseguições injustas, nas múltiplas “inquisições”, através dos tempos.

4. Não respondemos nem condenamos ou absolvemos o que no passado se fez; nem discutimos as razões e as circunstâncias dos atos praticados. São fatos sempre abomináveis.
Não temos que julgar o passado, nem esquecê-lo. Apenas devemos acautelar-nos para não cairmos em idênticas atitudes. Precisamos aprender a lição e fazer a lição de casa.
Nós respondemos, hoje, por nossas atitudes ou omissões. Então vamos agir. Deus segurou a mão de Abraão para que não sacrificasse o filho, em holocausto. E hoje? Quem segurará a mão dos governos, que sacrificam milhares de filhos em holocaustos de guerras fratricidas; e na vida cotidiana? Quantos holocaustos testemunhamos?

6
Labirinto tem Saída?

As pessoas, desconcertadas, metem os pés pelas mãos e vão perdendo o rumo. A sociedade vai construindo um labirinto de que não tem saída. E a inquietação se espalha.
Todos sabem que os parasitas e os falsários não cabem mais numa sociedade consciente, livre e responsável. Cada um deve fazer a sua parte.

VII
COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO VITAL

1
Que Patrimônio Queremos Legar?

1. Como Diretriz, precisamos estabelecer algumas normas de convivência sadia  e eficaz:

1) Todos devem cuidar da sua saúde e da educação dos filhos. Devem cuidar que não seja apenas uma educação livresca, mas uma educação holística, comprometida com a vida do mundo, das pessoas e das sociedades. Uma educação de olhares positivos que não discrimine ninguém..., que crie harmonia e não constrangimentos. Devemos cuidar da saúde física, psíquica e mental de nossos filhos e das novas gerações, ampliada na convivência com  outros.
2) As pessoas sadias devem trabalhar, com dedicação e competência, para ganhar o seu pão, em vez de, sorrateiramente,  tomarem o dos outros ou buscarem esmola a que não fazem jus.
Dar esmola a quem pode trabalhar é humilhar a  pessoa e criar dependência.
              3) A ninguém é permitido o desperdício; é preciso economizar, principalmente os elementos essenciais à vida: a Água e os Alimentos e a sanidade  do meio ambiente
              4) A ninguém é permitido poluir o solo, o ar e as águas; quem poluir está comprometendo a vida sobre a Terra.
              Toda a gente sabe isto. Mas, para muitos, o lucro vale mais que a saúde...

           Mais do que o patrimônio material amealhado, vale o patrimônio moral que queremos legar às futuras gerações. É questão de opção, pela vida ou pelo lucro..., para quem não sabe articular a vida com o lucro possível...

2
Outras Diretrizes e Normas

5) Deve-se buscar sempre uma educação que leve à auto-realização, pessoal e profissional, e conduza ao bem-estar.
6) A educação deve ser baseada em alguns valores gerais básicos, perfeitamente identificáveis  e comprometidos com a Dinâmica do dia-a-dia, que não sejam apenas belas intenções, que ninguém sabe respeitar.
 7) Deve-se educar as pessoas para a auto-consciência, para a liberdade com responsabilidade, para a solidariedade, para o respeito à dignidade humana, própria e dos outros.
Deve-se formalizar o conceito pleno da justiça real e não venal, como algo sagrado para a paz social, sem máscaras.
8) Deve-se educar a pessoa para o mundo real e não para uma sociedade romântica imaginária.
Educar a pessoa, capaz de saber que tudo o que é humano tem limites. Que no mundo nada é absoluto.  Educar para a sociedade real, onde todos precisam cooperar.
O educador não pode enganar.
9) A educação deve funcionar como uma forja de um novo tempo de paz, com prosperidade e bem-estar.
10) Educar as pessoas para a competência, solidariedade e responsabilidade social.
Pessoas que trabalham por uma sociedade onde sejam suprimidas as grandes desigualdades, em todos os níveis, mas sempre respeitando as diferenças. 
11) Deve-se educar o homem multidimensional, com as múltiplas inteligências, constitutivas de sua personalidade.
12) As pessoas devem ser educadas para, sós e em grupo, terem mentalidade empreendedora, que os induza à construção de mundo melhor para todos.
13) As pessoas devem ter uma educação baseada no respeito mútuo de todas as pessoas, de todos os países e de todos os grupos sociais, buscando compartilhar valores e interesses, comuns e universais.
14) Deve-se ver e pensar a escola como instituição formadora de cidadãos conscientes, competentes, responsáveis e atuantes.

3
O Essencial da Educação

15) A educação deve ensinar o educando a entender o mundo, a ler os sinais da civilização e a aprender a aprender sempre.

16) A Educação Integral deve ter em conta as quatro dimensões da Filosofia da Tetralogia Dinâmica: psiquismo, razão, ação e interatividade.

17) Toda a Educação deve ter como base os quatro pilares Básicos e os quatro pilares complementares, numa visão construtiva transformadora, em nível pessoal e sócio-cultural.
O aluno deve ser educado para: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e a aprender a ser; complementarmente precisa aprender a querer, aprender a decidir, aprender a articular e aprender a compartilhar.

18) As Novas Gerações devem ser educadas para um mundo real, onde convivem a saúde e a doença, a esperança e o desespero, a alegria e a tristeza, o otimismo e o pessimismo, o sucesso e o fracasso. Devem saber que essas são condições pelas quais passam todas as pessoas, em estágios mais ou menos passageiros.
Devemos aprender que a vida não é fácil para ninguém. Que cada um deve aprender a buscar o melhor e superar as fases negativas.

O mérito de cada um está em sua própria dedicação, competência e responsabilidade e interação.  Isto faz a pessoa cidadã.
A pergunta fica no ar: até quando, uma educação medíocre - (a educação do lar, da escola e dos meios de comunicação) - até quando formaremos pessoas medíocres, de que as nações e as empresas são reféns, sem opção e sem saída?
Precisamos cuidar da educação de qualidade em todos os níveis.
Chega! As nações e o mundo não podem continuar reféns da mediocridade, de pessoas sem visão humanizada, que, no poder, agem como aves de rapina, numa verdadeira conspiração contra as pessoas de boa vontade.



VIII
MACRÓPOLIS O PONTO DE REENCONTRO
– FILOSOFIA DO KAIRÓS –

1
Dinâmica Ondular da Vida

            1. Toda a educação deve levar à consciência do mundo, à auto-consciência, à auto-realização e  à transformação social, com justiça e liberdade. Este é o caminho da Paz e do bem-estar.
Esta é a tendência do mundo globalizado, como uma Aldeia Global,  uma Praça Universal e, enfim, uma Megalópolis, cujos pilares estão assentados na Macrópolis e na Filosofia Tetralógica.
Para ser guindado  à condição de cidadão global da Macrópolis, a pessoa precisa ser cidadã consciente e ativa de seu torrão natal e vinculado à sociedade global. O princípio da cidadania não é uma abstração.
Efetivamente, a Macrópolis pode estar em todos os lugares... Só depende da Consciência. A Macrópolis está dentro de nós, na nossa consciência humana.

2. Precisamos saber ver a história, como um movimento ondular e não retilíneo. As idéias se sucedem, ora em alta, ora em baixa, sucessivamente, mas o mar é o mesmo e a água também. O que muda são as circunstâncias.
O barco sobe e desce e pode até naufragar, se não for resistente ou se o piloto se descuidar ou se for incompetente, ou despreparado. A vida é mudança e não estagnação. E a mudança continua, como o dias, os anos e as estações do ano.

2
Crise Global é Colapso de Ética?

1. Hoje, todos, estamos no mesmo barco: todos somos solidários com todos, na alegria e na dor.
É esta realidade. É o que demonstra a crise global que o mundo atravessa, provocada pela irresponsabilidade e pela ganância de alguns. Pensando levar vantagem, acabaram caindo no turbilhão geral que ajudaram a detonar.
A sociedade, desnorteada, está chegando a um colapso ético, político e econômico, por falhas na política de Educação das Novas Gerações.

2. O PACTO HUMANISTA GLOBAL - GLOBIPACTO não se propõe atirar pedras em ninguém; propõe-se apenas como uma atitude construtiva. No entanto, quer ser um movimento de pessoas atentas ao que se passa em seu redor, para poder superar os elementos viciados e deletérios da sociedade real.
            A Macrópolis está viva, ativa e atuante, onde está uma pessoa consciente, atuante, solidária e generosa que se preocupa pela justiça e paz, em seu redor e em todo o planeta, e se sinta vinculada espiritualmente a todos que, declarada ou implicitamente, se vinculam à Macrópolis.
No ponto mais alto da Macrópolis, no coração das pessoas, a bandeira que dardeja, em mastro monumental, é a bandeira branca da PAZ, anunciando Novos Dias...

3. Diríamos que a vida tem duas dimensões conjuminadas: a de Kronós, que vê o tempo como passado, presente e futuro; e a de Kairós que observa a vivência e a fruição da vida.
A Macrópolis é Kairós: é a solidariedade e a fraternidade entre as pessoas de todos os quatro cantos do mundo: é a solidariedade que faz a unidade cívica universal.
A Megalópolis é Kronós: essa realidade sócio-cultural, humana, palpável e visível.

3
Kronós e Kairós
 (O despertar para a Vida Plena)

1. Os gregos e outros povos antigos dividiam o tempo em duas categorias: Kronós e Kairós;
O Kronós é o tempo contínuo e incontrolável e implacável, o tempo do cronômetro, do relógio, do calendário.
O Kairós é o tempo que nós controlamos; o tempo certo e adequado; ou o tempo psicológico: o tempo de Deus, o tempo do espírito, o tempo psicológico, o tempo que não percebemos que passa, o tempo da liberdade, o tempo da fé, o tempo do ágape.
Kronós é o tempo linear, sintagmático, diacrônico; o tempo da vida.
Kairós é o tempo do paradigma, sincrônico; o tempo da vivência...
Kronós foca a quantidade; Kairós foca a qualidade.
Kairós é viver intensamente o seu tempo.

A vida plena está na conjuminação do Kronós com o  Kairós.

Em Kronós, o tempo é tripartido: passado, presente e futuro.
Em Kairós, o tempo é unitário: é um presente contínuo, para o qual converge o passado e o futuro.

2. Em Kairós, o passado está presente como, memória, e o futuro, como esperança. O presente é a síntese dialética do que foi e do que será.
Num tempo em que todos repetem o dogma implacável: "tempo é dinheiro", falar em Kairós - o tempo psicológico, atemporal - pode dar incômoda sensação de heresia, de alienação, ao se pensar em alienação, ao se pensar em produtividade.

No entanto, nossa posição kairológica não nega a condição cronológica. Apenas realçamos nossa condição real de seres racionais, materiais e espirituais complexos. O espírito vive no Kairós,  a matéria vive no Kronós. Os dois se integram e complementam. A falta de um deles produz desequilíbrio existencial.

3. Afirmamos que precisamos viver cronologicamente, sem nos esquecermos de viver cairologicamente, saboreando cada momento: vivendo intensamente. É preciso valorizar uma dimensão sem esquecer a outra.
A vida dos humanos conscientes transcorre na dialética do Kronós e do Kairós, como duas faces inseparáveis da mesma medalha: o verso e o reverso da vida: a dimensão do físico e do espírito.
O Kronós não é a negação do Kairós.
A temporalidade é um elemento constitutivo de todos os seres, vivos ou não.
Nós somos filhos do tempo, mas não escravos do tempo (Kronós).
Os humanos somente são vítimas do Kronós, se não souberem descobrir a dimensão do Kairós: o sentido da vida, o sentido de cada momento.
Precisamos aprender a viver, em plenitude, cada momento de nossa vida.
Kairós é a libertação dos seres humanos, em relação a sequência implacável do tempo.

4. Adolescente, jovem, adulto ou já na idade provecta, na perspectiva do Kairós, o que vale é a qualidade de vida e o sentido que se lhe dá. Precisamos viver a vida, com tudo de bom que ela nos proporciona.
Não nos compete muitas vezes escolher a vida que levamos, mas cabe a nós optar entre viver mais intensamente, sob a perspectiva de Kronós ou de Kairós.
Mais importante do que termos mais anos de vida, é termos mais vida nos anos que vivemos: É viver intensamente.

5. Se dermos mais vida, mais vigor, mais intensidade à nossa vida, certamente estaremos, como consequência, prolongando os anos de nossa vida. O inverso, geralmente, não ocorre.
A vida em Kronós é o tempo do trabalho, da produtividade.
A vida em Kairós é a emoção que pomos no trabalho; é a qualidade; é a fruição, o prazer de fazer. Kairós é o "Carpe Diem".

Na Macrópolis destaca-se a vida kairológica, na experiência cronológica...
A Megalópolis destaca Kronós. Na vida da pessoa consciente, Kronós e Kairós estão sempre articuladas, como a alma e o corpo.
Na Tetralogia Dinâmica, Kronós é mais razão e Kairós é mais sentimento. No entanto, tanto o Kronós como Kairós podem ter parte nos quatro pilares da tetralogia.

4
OS MUNDOS DE KAIRÓS
           
1. O Kairós é o mundo da arte, da beleza, do encantamento, do êxtase.
Nos museus vemos, uma vez ou outra, pessoas absortas, admirando um quadro ou uma escultura. Em Kronós, o quadro ou estátua é algo que se descreve, no tempo e no espaço. Mas o objeto de observação, fruição está em Kairós : a beleza, o encanto, a admiração que é algo imponderável.
Como exemplos clássicos de objetos de arte que  despertam, no apreciador a dimensão de Kairós, poderíamos citar: Lá Pietá, e Moisés de Michelângelo.

2. Grandes textos poéticos , em prosa ou poesia sempre atraem o apreciador para a dimensão de Kairós. Uma só frase pode nos prender a atenção por horas, dias e até anos.
Na arte há, claramente o presente contínuo, de Kairós.  Kronós dá  conta do texto formal. Kairós leva-nos a vivenciar outras dimensões subjacentes ao texto que, enfim, é sempre uma obra aberta.
Uma paisagem, um campo de flores, um nascer e um pôr-do-sol, podem ficar gravados em  nosso psiquismo, muito para além da ocorrência. Somos capazes de desvendar as vivências que da imagem desabrocham, uma relação biunívoca.

3. O êxtase que alguns  místicos experimentam “diante” de Deus, é um fato de Kairós.
O carinho entre duas pessoas que se querem bem, mutuamente, pode levar  também à vivência do Kairós, quando tudo é presente contínuo, desligando-se as pessoas do tempo cronológico, através de novas vivências.
Kairós é o tempo imponderável da fruição da arte, da poesia e até da espiritualidade.

EXERCÍCIOS:
O leitor pode pensar e relatar alguns momentos sociais, ou de  fruição da arte ou da poesia, onde se sentiu imergido no Kairós.
Faça uma análise sumária do Poema “Os Sinos da minha Aldeia”, de F. Pessoa, na perspectiva de Kronós e Kairós.


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Onze Bandeiras da Macrópolis

O Movimento PACTO HUMANISTA GLOBAL - GLOBIPACTO - a
Macrópolis hasteia onze (11) bandeiras que são os grandes eixos de seu ideário: outras estão sendo formatadas:

1) desenvolver na teoria, e na Dinâmica , um humanismo integral, multidimensional e universal.

2) Desenvolver os conceitos do desenvolvimento sustentável, levando as pessoas a preservar a natureza (solo, água, ar e subsolo e cuidando de uma indústria e agricultura saudáveis).
3) Desenvolver a liberdade, com responsabilidade e com solidariedade.
4) Desenvolvimento Solidário, com prosperidade solidária e cooperação mútua.
5) A cultura de uma espiritualidade dinâmica, inter-religiosa, que una todos os teístas de boa vontade, com destaque para as três grandes religiões, do ramo de Abraão (cristianismo, islamismo e judaísmo).
Buscar o denominador comum onde todos possam cooperar, enquanto cada um zela pela própria identidade; o denominador comum seria a luta pela justiça com o bem-estar social.
6) Divulgar princípios e Dinâmicas de uma educação séria, sólida, competente e responsável.
7) Levar às escolas uma cultura universal consistente e atualizada, cultivando, simultaneamente os valores éticos e morais e a cultura de raiz.
8) Desenvolver os valores espirituais, como fazendo parte  da educação do homem integral.
Estimular atividades de meditação, como integradoras da pessoa humana consigo mesmo, com Deus e com o Universo.
9) Desenvolver e defender princípios que ajudem a consolidar uma sociedade mais livre, justa e solidária, onde todos cooperem de modo competente e responsável para o bem-estar de todos.
10) Cultivar a auto-consciência das pessoas e o desenvolvimento dos talentos de cada um, preservando e cultivando a dignidade da pessoa, respeitando a diversidade natural de cada um que lealmente busca a verdade.
11) Observar o mundo holisticamente, em todas as perspectivas e cultivar o espírito de reconciliação e ações positivas e de auto-estima.