terça-feira, 30 de dezembro de 2008

NATAL DE LUZ


1. PRESÉPIO: PARADIGMA DA VIDA
Os seres humanos são capazes de ter idéia e ideais grandiosos.
O Natal é um desses momentos de inspiração e criatividade que a todos abre um caminho amplo de sonho e de poesia, que no presépio se corporifica.
O Natal é confraternização e solidariedade.
Sem dúvida, o Natal cristão é um dos acontecimentos mais ricos e belos que a tradição colocou em nosso caminho, em nossa cultura e em nosso coração.
É um cenário em que toda a gente se sente envolvida e participante: um cenário familiar universal: O Pai, a Mãe, o Filhinho, uma estrela brilhante e os anjos cantando.
Os vizinhos vêm se congratular e trazer presentes. Os pastores vêm com suas ovelhas. É paradigma da vida nas comunidades populares.
Acresce ainda um cenário agrário: a vaca, o jumento e uma gruta escavada na rocha: tudo é simplicidade. Cristo quis nascer entre o povo simples do campo...
Está longe a ostentação. É um cenário idílico... Espaço para a meditação...
Esta é a página do Evangelho mais popular que se “lê” num cenário protótipo da vida real.

2. PRESÉPIO: UMA ALEGORIA MATRICIAL

O presépio é a apologia do lado simples, discreto e natural, oposto ao brilho
externo da civilização do consumo e da ostentação vazia, cromada e superficial.
O Natal, na cidade ou no campo, tem sempre um sabor rural, com gente simples que coopera e compartilha; com animais, árvores e aves a esvoaçar.
O presépio da cidade compensa a nossa nostalgia do campo que nos alegra a alma, espelhada na natureza, numa vital e vivificante alegoria.
O Natal está gravado no subconsciente coletivo dos cristãos, como um evento cultural e religioso, que nos faz bem à alma ao coração.
O consumismo tende a interferir no nosso psiquismo, como elemento deletério, fazendo da data um evento apenas comercial, que quer usurpar a cena e reinar sozinho. É preciso resistir para que o presépio continue vivo em nossos lares, nas próximas gerações.
O Natal total é brilhante paradigma de uma vida mais simples e saudável. Tem força matricial numa sociedade mais fraterna e descontraída, onde todos se dedicam e vivenciam a harmonia da diversidade, num mundo mais humanizado.


3. NATAL PARADIGMA DA HARMONIZAÇÃO HUMANA

Todo o fim de ano volta às nossas casas, às igrejas e às empresas, a encenação de uma criança recém-nascida, onde cada um se mira e sonha e se alegra e faz desabrochar em seu espírito um novo amanhecer.
É tempo de construir o presépio. Crianças e adultos cuidam dos arranjos, num afã que traz grande alegria, espírito de cooperação e de reconciliação .
É um rico momento de poesia viva e vital.
Natal é paradigma de um modo de vida sadia e feliz.
Lá está uma criança frágil e bela, que tem todo o poder do céu e da terra. Um poder interior que não se mede pelos bens materiais, sem contudo os menosprezar.
Lá está o mistério da grandeza discreta, da simplicidade e da realeza. Um Deus humano e divino, presente em nossa casa e em nossa vida.
É um momento da manifestação dos valores espirituais e cívicos que harmonizam a vida dos humanos.
Grande, divino e humano espetáculo!...

4. O Natal, com seu presépio doméstico, a todos emociona e faz pensar, independente de ideologia, religião ou condição social.
O presépio a todos irmana.
O Natal é uma epopéia familiar em cada lar, onde cada um é um figurante privilegiado do Presépio, como metáfora.
A Festa é nossa ... brota do nosso coração, de nossa família, do âmago profundo do cristianismo...
A vida dos cristãos é uma peregrinação sobre a terra. Em nossa caminhada, anualmente, passamos por um Natal especial que nunca é o mesmo e sempre nos reabastece de nova energia...
Cada Natal é uma página especial e inédita na história das pessoas, das famílias e das comunidades. O Natal com o presépio doméstico, faz bem à vida e à consciência humana.

5. O Presépio é uma peça que não pode faltar em nenhum lar cristão... As crianças sabem cuidar deste “cerimonial”, com a maestria de sua simplicidade. Bela herança que São Francisco nos legou: o Espírito Franciscano de ver e viver...
Pois então que todas as famílias, pobres ou ricas, celebrem o seu Natal, ainda que acendam apenas uma vela no centro da mesa de jantar.







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