sexta-feira, 26 de junho de 2009

Reflexão Preliminar

O GLOBIPACTO PROPÕE NOVOS RUMOS
Um Novo Paradigma  de Civilização
- Reflexão Preliminar - 

J. Jorge Peralta

1. Apresentamos à sociedade um projeto audacioso. Propomos “Novos Rumos para o Nosso Mundo”.
Se tantos propõem, sem receio, modelos deletérios, por que deixaríamos de propor um modelo construtivo que estimula a ação positiva das pessoas conscientes?! Precisamos ser prudentes e sábios para não demonizar ninguém.
Considero que as nações e as pessoas devam saber tomar, nas próprias mãos, o destino dos povos  e da humanidade.
Os governos, bem como os organismos internacionais, pouco conseguirão, se o povo não estiver motivado e não souber ir na frente. Tudo deve partir dos anseios do subconsciente coletivo das pessoas, sem  manipulação criminosa, como muitas vezes ocorre.
Impor uma autoridade despótica, sem levar em consideração os argumentos dos outros, é atitude arcaica,  deletéria.
Em cada caso, precisamos detectar as convergências e as divergências que envolve dada questão, para podermos ser razoáveis, respeitosos, generosos, firmes e eficientes.

2.  As ideias são a força motriz da humanidade. Para bem ou para o mal, esta é a realidade.
O diálogo não é, para mim, um museu onde se expõem ideias antigas, até porque  as ideias, se válidas, não têm idade; São válidas enquanto são  atuais. Por isso os  exemplos ilustrativos  precisam ter  sempre sabor atual.
A ciência e as ideias transformadoras, são sempre desafiantes. Não teme provocar reações paradoxais e até heterodoxas. O “debate” ainda que seja simulado, é sempre um momento rico de semeadura. Não pode descambar no trivial.
Os mais acalorados debates são os que se travam dentro de nós, a sós. Às vezes franzindo a testa e puxando os cabelos, num esforço interior para compreender melhor o mundo e a vida.
 Há diversos caminhos para atingir um objetivo. Só os proselitistas querem fazer crer o contrário.
Mas precisamos saber manter, no diálogo, um espaço criativo, motivante e inovador. Sem tapa-olhos.
Isto exige do Mestre muita atenção e muita agilidade, muita leitura e muito compromisso.
Precisamos mostrar que o conhecimento que transmitimos é relevante, no nosso mundo e na vida da sociedade.
Se for irrelevante, provoca desinteresse e compromete a credibilidade. Se os argumentos não forem convincentes, não adianta ter razões.
Por isso se diz: “o pior inimigo de uma causa justa é um mau advogado”.

3.  Neste trabalho, aponto, como sugestão, os rumos  a trilhar, para construir  uma nova Civilização, prefigurada no paradigma de Macrópolis. Esta propõe um novo modelo na Megalópolis, em que vai se transformando  o nosso mundo. O mundo não é mais uma aldeia Global, de Mcluhan, mas uma mega cidade, uma megalópolis, de crescimento desordenado, desumanizada e,  em alguns aspectos, selvagem.
A construção da Macrópolis, no modelo que propomos, é a humanização da cidade global: humanização da Megalópolis.
Macrópolis é a cidade ideal, que criamos dentro de nós, e que podemos e queremos exteriorizar: É um paradigma, uma cidade de paz, justiça, liberdade responsável, de bem estar, onde as pessoas compartilham e desenvolvem bens materiais e espirituais: uma sociedade de pessoas livres, sem o aguilhão monetarista  que desconhece e destrói tudo o que não é dinheiro.
A Macrópolis  é a cidade que queremos e que ainda não existe. Mas queremos fazer com que exista. Sabemos o que não queremos, na Megalópolis, mas nem sempre sabemos o que queremos. O modelo Macrópolis nos ajuda a pensar alternativas possíveis.
Macrópolis é uma sociedade de educação excelente e criativa onde a qualidade de vida humana e a espiritualidade  se completam.
Na modernidade, presos às sensações, vamos perdendo a capacidade de sonhar. Sem sonhos e sem utopias, nunca superamos o trivial.
A Macrópolis é o protótipo de uma nova cidade humanizada e próspera.

4. A Macrópolis é impulsionada pelas ideias matriciais do Pacto Humanista Global, o GlobiPacto, sob o espírito da Filosofia  Tetralógica.
No “Novos Rumos para Nosso Mundo”, propomos reflexões para mostrar a razão de ser e o modus operandi, para conseguirmos cooperar na construção de um mundo melhor para todos.
Neste texto dirigimo-nos aos seres humanos, dos quatro cantos do  mundo. Difundimos ideias. Esperamos resposta de cooperação e alianças.
Pensamos no mundo globalizado, reunido numa ainda precária e frágil solidariedade mundial.
No nosso mundo, para o bem ou para o mal, vivemos na mesma “canoa”, sujeitos aos mesmos riscos e aos mesmos benefícios. Compartilhamos benefícios e malefícios.
Por tudo isto, o que queremos propor ou preparar é o caminho de uma civilização cósmica que vai se delineando, talvez ainda em denso nevoeiro.
Precisamos saber quebrar os elos do círculo vicioso que nos travam o raciocínio e o crescimento...

5. No presente texto, apontamos a possibilidade de abrir novos  caminhos e atalhos, e de superar os paradoxos e os impasses, em que se debate a sociedade, em escala mundial.
Queremos ajudar a construir uma civilização, teoricamente, sem fronteiras: Uma civilização acolhedora, hospitaleira, sem discriminações e sem preconceitos, com real igualdade de direitos  essenciais, mas respeitando a diferença específicas das pessoas, dos povos  e das nações.
Queremos ajudar a traçar os rumos de uma civilização planetária solidária, que saiba respeitar a diferença, a individualidade e a unidade de espírito, para a busca  do bem-comum.
Uma civilização planetária, onde seja respeitada a cultura de cada povo, e que preserve a justiça e a liberdade de cada um.
Uma civilização que desista da ideia fascista e escravizadora de destruir culturas e individualidades, impondo a todas as nações o mesmo molde, o mesmo padrão... O mesmo diapasão.
Uma civilização onde cada um terá condição de, por próprio mérito, garantir  o bem estar próprio e dos seus, sem depender da esmola de ninguém.
Uma civilização sem parasitas, onde a solidariedade é responsável e não opressora. Uma sociedade que dá o anzol para a pessoa pescar o próprio peixe,  sem se humilhar a depender de esmola.
O GlobiPacto é uma cartilha indicativa que propõe os parâmetros da grande tarefa.
(Ver o poema: Dar é Humilhar)

6. Numa sociedade ainda eivada de preconceitos, injustiças,  discriminações e perseguições, o Pacto quer difundir e cultivar a Reconciliação e o Espírito de Restauração, a mútua cooperação, o espírito de inovação criativa, com respeito às diferenças e especificidades  de cada comunidade, deste mundo agigantado.
Abrimos espaço para pessoas de boa vontade de todas as correntes  de pensamentos. Postamo-nos na perspectiva do homem universal, que sonha  com um mundo melhor, para si e para os seus, e para todo o Globo, preservando a dignidade humana e a harmonia com a natureza.
O Pacto é um movimento multiforme e plural, com denominador comum no essencial. Há pontos que nos unem e pontos que nos distinguem, criando a individualidade própria, a diferença criativa.

7. O GlobiPacto é um movimento polifônico, democrático, aberto, multidisciplinar, tolerante e solidário,  mas firme, responsável e coerente, entre os princípios e a ação. Acredita que a sociedade  precisa mais de firmeza e respeito do que de complacência ou de tutores que impõem viseiras.
O Pacto é um movimento de esperança que acredita no potencial e no sonho das pessoas. Acredita  que as pessoas  são capazes  de mudar de rumo, e abrir novos caminhos. Juntos e solidários, seremos capazes de  contribuir, efetivamente, para a construção de um  mundo melhor para todos.
A Macrópolis precisa existir, no nosso subconsciente coletivo. Ela vai sendo criada  enquanto andamos.

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