XX
PEDOFILIA, ESCÂNDALO E FARISAÍSMO
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O nosso mundo, voltado para o lucro e a produtividade, como força motriz do desenvolvimento, deixa de lado os valores humanos da pessoa coisificada. Vai se implantando um desenvolvimento coxo e zarolho.
A pedofilia é uma praga do mundo moderno. Mas muitos apontam o dedo só para a Igreja. E ninguém repetiu, com desassombro: “Quem estiver sem pecado atire a primeira pedra”!
A igreja assume os pecados dos outros e condena os seus inocentes á vergonha?! Incômodo e injusto, não?!
Quem acusa é melhor, ou apenas cultiva o farisaísmo?
Por que não aprenderam a lição do Mestre, com a adultera, acusada e condenada por seus algozes?
Por que os novos mestres não desafiam:
“Atire a primeira pedra quem estiver sem pecado”?!
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E que dizer do Documento do Papa, à Igreja da Irlanda? Considero-o apenas lastimável... E silencio...
Tal documento expôs a Igreja da Irlanda ao escárnio universal. Não é justo e nem é evangélico.
Bandeira negra nos céus do Vaticano... Um espaço amado e respeitado por toda a humanidade... Não merece este constrangimento.
Mas pergunto, preocupado: Quais as atribuições dos Bispos? Estas questões não são de nível paroquial?! Por que o Papa entrou em campo?! Para aumentar o opróbrio e humilhar e desestabilizar os bons, num país pequeno, humilhado, mas honrado?!
Conseguiu, certamente não intencionalmente, aprumar-se ao lado dos discriminadores da secular instituição.
Lembro que questões como a pedofilia foram popularizadas pela grande imprensa. Há poucos anos atrás, socialmente, tal comportamento não existia como hipótese comportamental, embora, na vida real, certamente existia, mas confinada. A imprensa levou a questão, como hipótese, por toda a parte, aberta a todos.
Em Portugal, este comportamento torpe foi tornado popular pelo imenso e escandaloso eco que teve, na imprensa, a questão vergonhosa da Casa Pia, de Lisboa, alguns anos atrás. A Imprensa faturou e popularizou a questão entre adultos, adolescentes e crianças (?!), alto e bom som.
Penso que, depois deste documento... A Igreja jamais será a mesma, na consciência dos povos.
Há aqui uma certa sombra de decadência. Faltou foco.
O Papa também não será mais o mesmo. Talvez ganhe em humildade e firmeza e deixará certas marcas de arrogância que não ajudam a ninguém e muito atrapalham.
Os bajuladores da Igreja precisam acordar, e mudar-se...
Temos bajuladores demais. Faltam-nos Paulos, na hora de dizer: não é por aí! Esse não é o caminho!
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Ser Papa é marca de santidade. É autoridade a serviço. É marca de humildade e responsabilidade.
O Papa é humano como os humanos. Reconheçâmo-lo sem mistificação. A verdade liberta. Caiam as máscaras.
Esta é a hora dos fortes...A hora da verdade com responsabilidade.
Atenção:
A paróquia é a célula mater da Igreja. É na Paróquia que está a Igreja viva, não em Roma. Roma é o grande símbolo de grandeza e de dignidade e de unidade. Mas se Roma perde o rumo, o rebanho fica inseguro.
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