domingo, 21 de outubro de 2012

VITASOFIA (LIVRO 02)










PERALTA






V I T A S O F I A

A ARTE DA VIDA



LIVRO 02

GLOSSÁRIO DA VITASOFIA
CONCEITO DAS PALAVRAS-CHAVE










GLOSSÁRIO DA VITASOFIA

CONCEITO DAS PALAVRAS-CHAVE


Índice das Palavras

Alfa.Ômega.............................................................117
Alienação................................................................117
Alteridade................................................................118
Arauto......................................................................118
Austeridade/Temperança.........................................118
Budismo/Zenbudismo..............................................119
Cairosofia.................................................................119
Circunstância............................................................120
Código Cívico Humanista.........................................120
Coletivismo...............................................................121
Confucionismo..........................................................121
Construtivista/Construtivismo..................................121
Convergências e Divergências .................................122
Consciência...............................................................123
Cosmosofia................................................................124
Cosmovisão...............................................................125
Cristianismo ..............................................................125
Cronos e Cairós  ........................................................130
Decálogo Humanista .................................................130
Determinismo ............................................................131
Dicotomia...................................................................132
Divergência................................................................132
Egoísmo......................................................................132
Equação/Equacionar...................................................132
Espiritualidades ..........................................................133
Espiritualismo ............................................................133
Estereótipo..................................................................134
Estudo de Casos .........................................................134
Evangelho ..................................................................135
Evangelho Pleno ........................................................135
Filosofia  ....................................................................135
Forças Centrípetas e Centrífugas................................137
Forças Matriciais........................................................137
Forças Motriciais........................................................137
Formadores de Opinião ..............................................137
Globisofia...................................................................139
Grupo Alfa.Ômega.....................................................139
Hedonismo ...............................................................139
Hinduísmo.................................................................140
Holismo.....................................................................141
Holístico....................................................................141
Honra, Honrar, Honrado, Honradez..........................141
Hominização/Hominizar...........................................142
Humanismo...............................................................142
Humanismo Multidimensional..................................143
Humanismo Global ...................................................143
Humanitário...............................................................144
Ideologia ...................................................................144
Igreja Mística Global.................................................145
Imanência/Imanente/Imanentismo ............................145
Indiferença.................................................................146
Individualismo...........................................................146
Interação/Interatividade.............................................146
Intercomplementaridade............................................147
Islamismo...................................................................147
Judaísmo....................................................................147
Kaizen .......................................................................147
Leviatã.......................................................................148
Livre Arbítrio.............................................................149
Logos .........................................................................149
Macrópolis .................................................................149
Maniqueísmo .............................................................151
Massificação...............................................................151
Niilismo......................................................................152
Normalidade e Patologia............................................152
ORU (Organização das Religiões Unidas).................153
Pacto Humanista Global.............................................154
Paradigma...................................................................154
Paradigma Vitasófico.................................................154
Paradoxo.....................................................................154
Parâmetro....................................................................155
Patrulha Ideológica.....................................................155
Personalismo...............................................................156
Plataforma...................................................................156
Politicamente Correto.................................................156
Ponto Ômega..............................................................157
Quadro de Referências Psicossociais.........................157
             Sabedoria....................................................................158
Sete Religiões do Mundo............................................159
             Sobriedade..................................................................159
             Subconsciente.............................................................160
             Sufismo....................................................................160
             Tangran....................................................................161
Taoísmo...................................................................161
Temperança/Sobriedade..........................................161
Tempo......................................................................162
Tempo como Valor..................................................163
Tensão/Conflito.......................................................164
Tetralogia Analítica.................................................164
Transcendência/Transcendental/Transcendente .....164
Triunfo das Nulidades.............................................165
Urbanidade..............................................................165
Virtudes ..................................................................165
Vitapraxia................................................................167
Vitasofia e Cairosofia..............................................167
Visão do Mundo/Cosmovisão.................................168
Voluntarismo ..........................................................169
Yin e Yang..............................................................170

























GLOSSÁRIO DA VITASOFIA

PALAVRAS-CHAVE

INTRODUÇÃO

      No presente capítulo, abordamos, sumariamente, alguns conceitos básicos, como pontos de partida, para a intelecção da Vitasofia – A Arte da Vida.
         Nos capítulos desta obra utilizamos algumas palavras-chave, cujo sentido específico, no contexto da obra, resumimos em seguida.
      Tomamos o paradigma “cronos - cairós” como ícone; como uma nota de reflexão; como ponto de partida ou como ponte, entre a vida e o mundo, para formatar uma visão de mundo, que convida a pensar. Focamos a vida consciente, para além do tempo cronológico, ou mecânico.
      O tempo Cronos e Cairós são base da vida no mundo.
      O tempo é algo de que todos participamos e descobrimos como nela colocar a nossa consciência liberta.
      Vitasofia tem, como finalidade, despertar a consciência que habita em nós, ainda que distraídos. Despertar a consciência das forças centrípetas e centrífugas da pessoa: a consciência de si mesmo e a consciência da relação com o outro, da alteridade.

       Em sentido terminológico, focamos nossas análises, nas perspectivas do tempo que “comanda”, naturalmente, o ser e a vida. Investimos no modo como as pessoas são capazes de intervir no tempo, como espaço de liberdade, autodeterminação, trabalho e fruição. Esta é uma prerrogativa dos humanos.  Não basta viver; é preciso saber viver. Para além do saber, precisamos cultivar a sabedoria.
      Abordamos outros grandes temas tais como Humanismo Multidimensional e Humanismo Global
      Mais do que um ramo da filosofia, Vitasofia é uma ideologia, por se propor como um movimento adequado à criação de uma sociedade melhor: uma sociedade em processo de melhorias contínuas e graduais.
      Como não nos dirigimos a filósofos, mas a pessoas cultas, resumimos o sentido de alguns termos que adotamos. Damos, aqui o conceito sumário de alguma das palavras-chave da Vitasofia.
     Alguns termos foram privilegiados com um estudo mais aprofundado.
A Vitasofia tem, como força matricial, o Humanismo Multidimensional, focado no homem integral. O Humanismo Multidimensional levamos ao Humanismo Global.
GLOSSÁRIO DA VITASOFIA

TERMOS ESTUDADOS

      ALFA.ÔMEGA

       Alfa é a primeira letra do alfabeto grego; significa: princípio, começo, (α, A);
       Ômega é a 24ª e última letra do alfabeto grego. (Ѡ, Ω). Significa: Ponto em que se interrompe um fenômeno; fim, término.
     Alfa.Ômega significa: princípio e fim: a vida plena; a vida real, com seus paradoxos; ou ainda a sabedoria do viver.

       ALIENAÇÃO

      1. Alienação é a atitude da pessoa incapaz de pensar, agir, reagir ou decidir por si mesma.
        É aceitar as ideias e opiniões de outros, sem pensar e sem verificar a credibilidade de quem fala.
       É não se interessar pelo que se passa no mundo, à sua volta, fazendo de conta que nada lhe diz respeito.
       É não ser capaz de ver toda a degradação e toda a corrupção que algumas pessoas ou governos ou políticos escondem, com discursos sagazes e nelas acreditar.

     2. Alienação é não ter opinião própria; é seguir, sem crítica aceitável o que dizem os meios de comunicação de massa e os marqueteiros, na televisão no rádio e na imprensa escrita.
        Alienação é a pessoa deixar-se manipular pelos meios de comunicação, controlada pelos “donos do poder”, que amplificam o que é bom e escodem o que e mau.
        A alienação e a massificação são a principal razão do atraso das nações, devido à falta de visão crítica, deixando espaço aberto a corrupção e à insensatez, com ataque aos bens políticos, com total falta de ética e de dignidade.

       3. Alienação é a Indiferença aos problemas sociais e políticos e ao abuso do poder.
       É a desorientação quanto às atitudes e convicções pessoais.
       Alienada é a pessoa que vive sem conhecer e sem compreender os fatores sociais, políticos, psicológicos e culturais que condicionam seus impulsos íntimos, e que a levam a agir e reagir de modo que agem e reagem as pessoas ao seu redor, sem que ela mesma saiba por quê e para quê.
      Alienação é agir sem consciência humana e sem exercitar o seu livre arbítrio.
      É viver e morrer sem razões.
      A alienação mata a criatividades social.


       ALTERIDADE

       Alteridade é um conceito básico das relações humanas, que supõem uma relação binária: Eu  Outro, em sentido mútuo.
       Na interação humana, o eu é a pessoa que faz algo para alguém (outro). No diálogo, o eu e o outro vão trocando de papéis. Não há um que só fala e outro que só escuta; caso contrário, seria monólogo, egocêntrico: o “diálogo” das ostras, onde uma desconhece a outra que está ao seu lado.
       Quem fala também escuta e quem escuta também fala, alternadamente.
       A alteridade é um posicionamento que nos leva a superar o egoísmo e o egocentrismo. Dá-nos a consciência de que compartilhamos, com os outros, o mesmo mundo e as mesmas ideias. Nos complementamos mutuamente. A alteridade é estabelecida através das relações de contraste, distinção e diferença, presumindo a vontade de compartilhar.


     ARAUTO

     Aquele que conduz mensagens importantes; aquele que defende uma ideia, ou uma causa; aquele que anuncia algo importante; pregoeiro.


     AUSTERIDADE/TEMPERANÇA

     austeridade e a temperança são duas virtudes humanas, que devem se articular com outras, todas as outras, para formar a pessoa sensata, sadia, lúcida, equilibrada e sábia.
     Num mundo volúvel e de muito desperdício e esbanjamento, a austeridade e a temperança não são virtudes facilmente valorizadas, em certos meios do capitalismo selvagem e de um liberalismo tosco e míope.
     Sem austeridade e temperança não há equilíbrio e sensatez nas pessoas.

     Austeridade.
     A austeridade, no âmbito da Vitasofia, é pensada como a virtude que faz a pessoa sóbria e que não gasta além do necessário; que evita desperdícios de qualquer espécie: na economia, na cultura, na publicidade, na política, na alimentação, etc.
     A austeridade evita gastos perdulários, evita a corrupção e dá a segurança necessária à sociedade, podendo fornecer-lhe os equipamentos sociais de que precisa, incluindo saúde e educação.
     Austeridade supõe autocontrole e autodomínio: a pessoa que não se deixa levar pelas aparências e pelos apelos consumistas. Supõe comedimento e compostura, discrição, equilíbrio, despojamento, modéstia, parcimônia e prudência; pressupõe, ainda, rigor, sensatez, bom-senso e serenidade. Não com a pusilanimidade.
     austeridade opõe-se ao desperdício, à afetação, à frouxidão, à volubilidade.
     Ver o verbete “Temperança”.


     BUDISMO/ZENBUDISMO

     O Budismo é um sistema filosófico e religioso, fundado na Índia, por Sidarta Gautama, o Buda (563-483 a.C.).
     Buda parte da verificação do sofrimento do mundo, como parte fundamental da condição humana e de toda a existência. Afirma então a possibilidade de superá-lo através de um estado de bem-aventurança, o Nirvana.
     O Budismo é uma religião que não se refere à existência de qualquer Deus (darma).
     Há diversos ramos de Budismo:
     - O Budismo Hinaiana, um ramo ortodoxo do Budismo que se difundiu no sul da Ásia.
     - O Budismo Maaiana é um ramo do Budismo que se propagou no norte da Ásia.
     (Hinaiana opõe-se a Maaiana = pequeno veículo X grande veículo).
     - O Budismo Zen ou Zenbudismo: um ramo do Budismo, surgido na China, (séc. VI d.C.). Foi levado ao Japão no séc. XII onde adquiriu grande destaque, até nossos dias. Caracteriza-se pela busca de um estado de iluminação pessoal, o satori. Leva ao rompimento deliberado com o pensamento lógico, a que se chega pela prática da meditação sobre o vazio e sobre enigmas insolúveis.
     Zenbudismo é uma modalidade de meditação religiosa.


       CAIROSOFIA

       Cairosofia, etimologicamente, significa: sabedoria (sofia) do tempo psicológico.
       Focaliza a vida, na distribuição do tempo, harmonizando e distribuindo o tempo cronológico e o tempo psicológico; o tempo da produtividade e o tempo da fruição. Admite que “o tempo é dinheiro” (cronos), mas que “nem só do pão vive o homem”(cairós).
       Cuida de ver a vida com qualidade. Considera os conceitos gregos de Kronos (tempo cronológico) e Kairós (tempo psicológico), como complementares e não antagônicos, na vida das pessoas.
       O espírito capitalista privilegia o cronos, tempo de produção.
       Cairosofia, no espírito da vitasofia, harmoniza o Kronos e o Kairós, fazendo-os realidades intercomplementares, sem se confundirem, ocupam dimensões próprias.
       A dicotomia tem solução plena, na medida em que sempre haverá uma manifesta tensão entre Kronos e Kairós.


      CIRCUNSTÂNCIA

       Conjuntura, momento, ocasião, situação especial; condição de tempo, lugar ou modo que acompanha ou cerca um fato ou uma situação e que lhe é essencial à natureza. Fato acessório ou outro pormenor que se prende a um acontecimento ou a uma situação. Conjunto de fatores materiais ou não que acompanham ou circundam alguém ou alguma coisa, sendo importante à sua interpretação.


       CÓDIGO CÍVICO HUMANISTA

       Propormos elementos para um Código Humanista, à maneira de sugestões, para formação de caráter do cidadão, nas questões em que ele é cobrado, na sociedade civil, pelo Código Civil ou julgado pelo Código Penal.
      As pessoas são hoje cobradas por posicionamentos, valores e atitudes, nas instituições civis, e nas empresas, sem que a sociedade cuide de lhes dar tal formação.
     Não as prepara para vida real complexa.
      Numa Sociedade frouxa como a nossa, onde se diz que é proibido proibir, que tudo é permitido, é difícil conviver. Em todas as sociedades, desde as mais primitivas, há sempre atitudes permitidas e atitudes proibidas. A liberdade de um é limitada pelo direito do outro, que todos precisamos saber respeitar.
       Na vida real, isto não funciona.
       A sociedade precisa formatar seu Código Cívico/Humanista, à margem do Código Civil.
       As pessoas pagam caro por sua falta de formação cívica e humanista.
       Aqui queremos apenas dar alguns elementos para dizer que as pessoas, de todas as idades, precisam ter gravado, no seu Quadro de Referências, um Código Humanista, para formação do caráter que lhes diga quais os valores, anti-valores e atitudes são mais recomendáveis ou desaconselháveis, numa situação de vida normal.


    COLETIVISMO

     É o sistema político-social onde os bens de produção e de consumo são distribuídos, igualmente, a todos os membros da coletividade, sem levar em conta os méritos da pessoa. No Coletivismo, a pessoa é desvalorizada e despersonalizada, em favor da coletividade.
     No Coletivismo, a consciência individual é descartada, em favor da consciência coletiva.
     O Coletivismo despoja a pessoa da própria dignidade humana, rebaixada à categoria de mero objeto.
     O Coletivismo opõe-se ao Individualismo e ao Personalismo.
     O Coletivismo adota sempre um valor supremo que personifica a coletividade. O Marxismo adota o valor econômico; Hitler, a raça; Mussolini, a romanidade.


     CONFUCIONISMO

     Conjunto de doutrinas e sistema filosófico, político e religioso elaborado por Confúcio (Kung-Fu-Tseu) (551 a 779 a.C.). Foi uma doutrina política, religiosa e Código de Ética oficial Chinês (136 a.C. até 1912).
     É caracterizado como um conjunto de crenças, conhecimentos e valores, ética social e filosófica, com origem na China.
     Essência de sua doutrina:
     Culto aos antepassados e à natureza; amor, justiça, a reverência, a sinceridade e o amor filial. Estes são as principais virtudes do Confucionismo.


    CONSTRUTIVISTA/CONSTRUTIVISMO

     Esta palavra tem muitos sentidos. Na Vitasofia empregamo-la com o seguinte sentido: o que tem índole construtiva e destrutiva. Que se propõe a construir, a renovar, a corrigir, a aperfeiçoar. Que serve para construir. Que é eficiente; que quer melhorar; que quer solucionar problemas ou dificuldades; bem intencionado. Atitude positiva. Oposto: destrutivista, negativista, demolidor, deletério. 


    CONVERGÊNCIA E DIVERGÊNCIAS
     1. A busca da convergência de valores e de culturas parece-me ser outra grande marca do humanismo. Convergência de valores dispersos, que levam ao enriquecimento da cultura e da arte, das vivências pessoais e sociais, superando as naturais divergências. Do choque da diversidade vem a criatividade. A vida das pessoas não tem uma única opção.
      Entre uma arte de pensar e viver, com foco no passado ou no futuro, prefere-se um pensar e um viver, com foco na vida, aqui e agora, respeitando os ensinamentos, as conquistas e as experiências do passado, e as perspectivas de futuro, para onde caminham os seres e a vida, sempre em transformação, de um estado para outro, como as quatro estações do ano, ou como as fases do dia.
       2. No entanto diríamos que é no presente que vivemos e isto não podemos esquecer. Até porque o passado já passou e do futuro ainda não chegou.
       O presente é o momento multiplicado, cujo elos sequenciais nos ligam irremediavelmente ao passado já fixado, e ao futuro em construção, cujo rumo é  direcionado, por vetores presentes, no subconsciente pessoal e  comunitário. O futuro vai sendo construído num presente contínuo.
      No futuro pomos nossas esperança de dias melhores, para nós e para nossos.
      Não há presente, nem futuro, sem passado.
      Quem esquece as lições do passado, perde a própria identidade e está previamente derrotado. Perdeu as raízes. Árvore sem raízes tomba, no primeiro vendaval.
     Quem não se espelha no passado, deixa de usufruir o aprendizado que temos por herança de grandeza e trabalho dos que nos precederam e ainda somos condenados a repetir os erros da pequenez que existe nos seres humanos, por não sabermos aprender a evitar os erros e as fraquezas próprias da condição humana.
       3. Amanhã amanhecerá um dia melhor.
       Sem a esperança no futuro, ninguém faria sementeiras, nem se plantaria árvores, para as futuras gerações.
       Sim, porque o futuro é algo real e irreversível, e não uma mera quimera, como pensam os desenraizados urbanos. O hoje “converge para o amanhã”. Ainda que distantes, mas está lá...  Quem não pensa no futuro não tem presente. Mira-se no hoje sem o amanhã e sem o ontem.
         O depois confirma o agora... Esta é a força dinâmica da vida.          
        4. Deus é o eterno presente; o princípio unificador do universo.
        Ele está no nosso futuro que agora antevemos.
        Os humanos conscientes, seguem em frente, com os pés firmes no presente e olhar à frente, no presente para o futuro, sempre atento ao passado, que se vê pelo retrovisor.
       O presente, sem passado nem futuro, é mera quimera. É um nada que já passou.
       As convergências que procuramos, nascem de ampla conjuntura.
       5. A partir da nossa visão de mundo, vamos definindo o nosso quadro de referência, formado pelos valores, forças e experiências que vamos selecionando e articulando, no subconsciente. 
       humanismo abriu mais amplos perspectivas e expectativas às pessoas e às coletividades. Deu novo rumo à vida e à história. Sem o humanismo, avivado pelo cristianismo, a vida seria tediosa.
       A historia do amanhã já a vivenciamos hoje, por isso lutamos, no dia-a-dia. Só vivendo plenamente o hoje, todos os hoje, estaremos construindo o futuro que será o hoje do amanhã, formando o nosso presente contínuo e existencial.
       Efetivamente, pensar, filosofar e vivenciar não é privilégio, nem monopólio de um país ou de uma religião, ou de uma pessoa. É atributo de todas as pessoas de todos os tempos e lugares.
       6. A partir desta formulação, o humanismo foi buscar ensinamentos e lições, onde quer que se encontrassem, buscando a convergência dos valores humanos, pelo mundo espalhado, pelos quais pudesse contribuir para levar a todos uma vida melhor, com mais liberdade mais justiça e mais bem-estar, com mais vivacidade.
       Se, no humanismo, tudo se relaciona, como na vida, os paradoxos, as convergências e as divergências integram a dinâmica da existência. Sem certa correlação de forças, a vida fica um tanto quanto tediosa.
       Os paradoxos não deixam as pessoas se fecharem, como as ostras.
        7. As forças dinâmicas da Convergência e da Divergência são as forças matrizes da vida. Consolidam nossa ação permanente e decidida, pela construção de um mundo melhor. Os paradoxos fazem porta da vida: são parte constituinte da condição humana: “viver é lutar”.

      CONSCIÊNCIA
       Consciência e a competência que permite, ao ser humano:  a) conhecer a si mesmo, com seus talentos e atributos, psíquicos,  espirituais e físicos; b) conhecer suas limitações e sua capacidade de apreciar a vida e o mundo; c) conhecer, sua competência para agir, interagir e se relacionar, no seu mundo;  d)   capacidade do ser humano, para usar suas competências e se relacionar consigo e com o mundo exterior.
        Consciência e a percepção, própria dos seres humanos, para discernir o que é moralmente certo e bom, ou errado, mau e prejudicial, exercendo o juízo de valor, em si e em seu redor.
       Por este juízo de valor, que parte da consciência, produz-se o sentimento de satisfação e alegria, ou de preocupação, culpa e tristeza: atitudes específicas para a ação correta ou para o mal feito.
       Consciência é o conjunto de ideias, atitudes ou crenças que os indivíduos ou grupos sociais têm, em comum, sobre a vida ou sobre o mundo.
        É a competência, por meio da qual, a pessoa humana se apercebe do que se passa no seu interior ou a seu redor.
     Consciência significa também:
      Regras de convivência, de probidade, de honestidade, de lealdade, de verdade e de bens; enfim todos os valores humanísticos.

     Consciência Coletiva:

      Conjunto de conhecimentos, experiências e valores que detêm todos ou a maioria dos membros de um grupo; conjunto de representações, aspirações, crenças, criações e manifestações coletivas, comuns a um grupo social.
      Oposto à Consciência:
      O suborno, a corrupção, a mentira, a maledicência, a maldade, a inveja, a indiferença; enfim todos os contravalores do Código Humanista.

       COSMOSOFIA

        Foi um dos nomes que utilizamos, inicialmente, para designar a nossa linha de pensamento, a que finalmente chamamos Vitasofia.
        A Cosmosofia inclui os conceitos de Cosmos + Sofia (Palavras gregas).
        Cosmos (oposto ao caos), traz o conceito de ordem universal e harmonia Universal. Daí nos vem o conceito de Cosmovisão.
        Cosmosofia seria filosofia da ordem universal, com os seus paradoxos.



         COSMOVISÃO

        Visão de mundo, filosofia de vida; concepção que alguém faz da vida e do mundo; Vitasofia.


        CRISTIANISMO
       1. Cristianismo é, essencialmente um modo típico de pensar de ser, de agir e de se relacionar, seguindo os princípios da mensagem de Cristo.
        É Religião baseada no Evangelho de Jesus Cristo e no Novo Testamento, que o complementa (Atos dos Apóstolos, Epístolas, Apocalipse). A essência do Antigo Testamento também faz parte da essência da mensagem do Evangelho; Também, é Evangelho. Cristo confirmou, embora tenha vindo aperfeiçoa-lo.
        Mandamento Novo de Cristo, proclamado na última Ceia, após o Lava-pés, antes de ser traído, e já sabendo que ia ser traído é:
              “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
        Jesus é chamado O Cristo = Ungido, já em Mt. 1.16.
        Os discípulos de Jesus Cristo são chamados Cristãos pela primeira vez, em Antioquia, na Ásia Menor, onde pregavam Paulo e Barnabé (a. 43+-).
        Cristão significa o Ungido pelo Espírito Santo. O Evangelho é chamado doutrina cristã. “Evangelho da Paz”, Mensagem.
       A base do cristianismo é o “amor mútuo”.
       Jesus se caracterizou como “Caminho, Verdade e Vida”. Disse que seus discípulos são enviados como “sal da terra e luz do mundo”.
        2. A igreja de Cristo foi designada, primitivamente, (At 9,2), como Caminho.
        Alguns dos maiores símbolos do Cristianismo são: a Cruz, com quatro braços; o Cordeiro Pascal; o Presépio; o Natal; o Menino; Sagrada Família; os Reis Magos; a Última Ceia, no cenáculo; a pomba = Espírito Santo; o peixe (acróstico = ictis); Maria; Maria com o Menino; o trigo; a rosa, o lírio, a palavra e ao espinhos; o Círio Pascal; a Bíblia e o Evangelho; João Batista com o cordeiro, Pedro e Paulo; O Peregrino; os Cavaleiros templários; Jerusalém (que compartilhamos com o judaísmo e os islâmicos). Há milhares de outros símbolos do cristianismo, através da história. A iconografia cristã é muito rica, e variada e sugestiva.
        3. Os grandes símbolos do cristianismo no Brasil, destacam-se: O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; a Catedral de Brasília; os Padres Nóbrega e Anchieta, Apóstolos do Brasil, no sec. XVI; o P. Antônio Vieira, no séc. XVII; Apóstolo do Nordeste e da Amazônia, a Basílica de Aparecida do Norte; e a Procissão de N. Sa. Nazaré, de Belém do Pará, etc.

        Hoje há cristãos católicos, protestantes, pentecostais, etc. O mais importante de todas essas designações é ser ou não ser cristão de verdade; viver os valores dos Evangelhos, ou não os viver. Esta é a essência do Cristianismo.

       Chamamos Cristianismo sem Igreja, o posicionamento de alguém que procura por em prática os grandes princípios e valores propostos por Cristo, mas não frequenta a Igreja regularmente. Pensamos que vale mais cumprir e respeitar os valores do Evangelho, sem frequentar assiduamente a igreja, do que frequentar assiduamente a igreja e não seguir os valores cristãos.

ESSÊNCIA DO CRISTIANISMO
      1. Sumariamente apresentamos, a seguir alguns tópicos do que poderíamos considerar a “essência do cristianismo”, em seu fulcro e em seu alicerce.
      Um dia exato, antes de ser pregado na cruz, e expirado, entre malfeitores, Cristo transmitiu aos seus apóstolos e discípulos a grande síntese de todos os seus ensinamento, de todo o Evangelho: a sua grande Mensagem.
      Sublinho que a palavra Evangelho, em língua portuguesa, é o mesmo que Mensagem. Mensagem vem de uma língua latina, da palavra missus, (part. pas. de Mittere) mais o sufixo-age que é a mesma origem de Missa. Então significa levar/divulgar/viver/enviar/a Mensagem; o Evangelho. Este é o sentido da palavra na primitiva igreja cristã.
        A essência do cristianismo é a vivência da Mensagem do Evangelho de Cristo Isaías já fala na “mensagem da paz”.
       Paulo insiste, em 1.Co9,14, que é preciso “Viver o Evangelho”.
       2. A grande síntese do Evangelho de Cristo, como disse atrás, foi proclamada 24 horas antes de sua morte na cruz.
      Após a última ceia, com os Apóstolos, Cristo lhes lavou aos pés. Foi um ato simbólico, uma alegoria figurada do modo de agir, recomendamos aos seus discípulos , os cristãos:  que colaborem e amem-se uns aos outros, com espírito de simplicidade, humildade e caridade.
      Em seguida proclamou solenemente o seu Novo Mandamento:
    Dou-vos um Novo Mandamentoamais-vos uns aos outros. Assim como eu vos amei,  que também vós vos ameis uns aos outros”.
      “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”. (Jo. 13.34,35).
      3. Certo dia, estando Jesus a pregar, aproximou-se dele um homem que lhe perguntou: Mestre, o que devo fazer para alcançar a vida eterna? Jesus respondeu: Cumpre os mandamentos: não matarás, não cometerás adultérios, não levantarás falsos testemunhos, não furtarás, honra teu pai e tua mãe...
      Ele respondeu: Isto eu já faço, Mestre; que mais hei de fazer? Cristo respondeu se compreendes os Mandamentos, então ajuda os necessitados: dá de comer a quem tem fome; dá de beber a quem tem sede; veste a nus; visita os doentes e os encarcerados; acolhe os peregrinos; sê justo... Faz isto e terás um tesouro no reino dos Céus. (Mt. 19,16-22).
      Enfim, isto se resume no Novo Mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos ameis”.
    Cristo disse, ainda neste contexto:
“Vós sabeis todas estas coisas; bem-aventurados sois se as praticardes” (Jo 13,17).
       4. Numa minúscula síntese, esta é a essência do Evangelho, da Mensagem de Cristo:
       Mandamento Novo, os 10 Mandamentos e as obras de Misericórdia.
       Outra grande síntese do Evangelho é o Sermão da Montanha, com suas nove (9) Bem-aventuranças.
     Sem dúvida que para chegarmos a entender e a saber  praticar esta síntese há uma grande caminho a percorrer. Viver á algo muito simples, mas de uma complexidade imensa.
     Para entendermos a simplicidade de um gesto, de um olhar, de uma atitude ou de uma palavra temos muito a aprender.
     As dificuldades surgem na prática:
     Como vivenciar esses princípios no dia-a-dia na multiplicidade imensa de circunstâncias? Como vivenciar esses princípios, na vida pessoal e familiar na educação  dos filhos, no relacionamento do casal? Na vida social e profissional:  na educação social, nos meios de comunicação nos negócios, na política, nas atividades profissionais, na relação com a igrejas.
     As circunstância condicionam o sentido e o valor das ideias, atitudes e ações. A pensar, agir e tomar atitudes e deliberações precisamos levar em conta as bases de toda a ação:
    Quem, o quê, com quem, para quem, para quê, por quê, como, quando, onde.
    Devemos saber: as condições, o contexto, as circunstâncias.
    Precisamos conhecer e definir os valores envolvidos em termos morais e éticos, em termos antropológicos, psicológicos, sociológicos, políticos, econômicos, filosóficos e até religiosos.
     Precisamos saber definir as estratégias a seguir e a lógica da ação. Neste contexto é importante que não haja interferência de interesses partidários pelo potencial de discórdia que tal interferência provocaria.


CRISTÃO/O CRISTIANISMO

I- O CRISTÃO
     
       Ser cristão é essencialmente, um modo de pensar, ser, agir e se relacionar, seguindo os princípios éticos, morais, filosóficos, interacionais e operacionais ensinados por Jesus Cristo.
Envolve uso e costumes das pessoas.
Paulo em 1Co 13,1-13, dá-nos com precisão, a grande marca do Cristianismo: se tiver todas as virtude e bons costumes, mas não tiver caridade para com o próximo, nada sou.
       Etimologicamente, Cristo é aquele que é ungido/iluminado pelo Espírito Santo.
       A unção do Espírito, dá-se pelas águas do batismo. Mas penso que a unção do Espirito também se dá pela Palavra, tal qual aconteceu com Dimas companheiro de Cristo, no calvário, ao qual Cristo disse: “hoje mesmo estarás comigo no paraíso”, sem que ele tivesse sido batizado na água.
     Aconteceu também com Judeus e Gentios após o discurso de Pedro, no dia de Pentecostes: três mil foram batizados recebendo o Espirito Santo.

     Isto pode se afirmar porque os humanos não têm o monopólio da verdade. “Vós sereis batizados com o Espirito Santo” (At.1.5).
      Os Cristãos, inicialmente chamavam a si mesmos: discípulosirmãossantoseleitos ou fieis o nome “Cristão” não foi inventado pelos judeus, mas pelos magistrados romanos.
O nome Cristão apareceu pela primeira vez em Antioquia por volta do ano 43, em Antioquia. (At. 11,26).

II- O CRISTIANISMO

     1. Podemos afirmar, que Cristianismo é o conjunto de doutrinas e princípios, de fundo espiritualista e humanista que visa a paz na humanidade, a fraternidade de todos os povos, e o bem comum visando restaurar o Reino de Deus, na terra: Preconiza Reino de paz, de Justiça e de prosperidade...
     Considera as pessoas peregrinas na terra, o caminho do Reino do Pai, o Céu. Preconiza uma filosofia humanista e o cultivo de princípios éticos, e espiritualista baseados nos princípios do Evangelho de Cristo.
     Preconiza uma filosofia personalista e a superação do egoísmo e do abuso dos poderosos sobre as pessoas menos favorecidas. Preconiza o cultivos dos valores humanistas, com base de uma sociedade mais humana, e o cultivo dos valores espirituais para o bem-estar da pessoa completa nas dimensões físicas, social, psíquica, e espiritual.
     2. Em todo o Evangelho, nas Epístolas , e nos Atos dos Apóstolos e no Apocalipse há inúmeras mensagens , através de alegorias , gestos e atitudes, e também explicitamente, traçado os princípios e a prática da vida do cristão, para quem entende o que ai se fala, aos homens de todos os tempos.
     3. Um exemplo de forte alegoria é a parábola do bom samaritano observe o que se diz, no texto seguinte, sobre a essência do Cristianismo.
É tão forte e tem tão alto poder de transformar o mundo e de dar esperança, alento e alegria às pessoas, a partir da Mensagem de Cristo, o Evangelho que o Cristianismo é a religião mais divulgada pelo mundo, e que tem mais adeptos um terço das pessoas do mundo vive sob os princípios do Evangelho, ou diz-se Cristã.
      4. No entanto, o Cristianismo manifesta-se sob diversas denominações catolicismo, Evangelismo, Protestantismo, Pentecostalismo, Igrejas Ortodoxas. Todos se subdividem em inúmeros grupos e associações. Cada um vive a sobra e com enfoque em algumas linhas da Mensagem Evangélica.
      No Catolicismo, temos os Franciscanos , os Jesuítas,  os Dominicanos, os Oblatos, a Opus Dei, as Clarissas, as Paulinas etc. etc.
      Destaque mais recentes é Teresa de Calcutá, Dulce de Baía, João Paulo II, etc., etc.
      5. No entanto é preciso distinguir o joio, do trigo. Há muitos falsos profetas falando do Evangelho, apenas para se locupletarem. No entanto às vezes, até da voz de um jumento vem a luz de Deus. Cristo é sempre esperança e alento.
     Ainda há por toda a parte, gente solicitando “Queremos ver o Cristo” (Jo. 12,20-33)
    É muito significativo o nome pelo qual foi conhecido o Cristianismo na igreja primitiva, focado no conjunto dos seus princípios foi chamado “O Caminho”. Isto pode ser verificado em At.9,2; 16,17; 18,25; 19, 9.23; etc.
       O Cristianismo foi também chamado “Eclésia católica” (Igreja) “Reino de Deus”; “Doutrina”.
       Cristianismo é formado pelo conjunto dos princípios fixados do Novo Testamento e complementado pelo testemunho da Patrística.
       Patrística é formada pelos filósofos e teólogos cristãos, que formularam a filosofia cristã e a teologia, baseados em conceitos e argumentos procedentes da filosofia grega. Combateram a descrença e o paganismo, em termos apologéticos, defendendo a Igreja nascente.


      CRONOS E CAIRÓS

       Cronos e Cairós (ou Kronos e Kairós) é uma das dicotomias básicas da Vitasofia.
       São dois modos de usar o tempo, no dia-a-dia:
       Kronos é o tempo cronológico, sequencial e implacável, que se divide basicamente em anos, meses, semanas, dias, horas, minutos e segundos; é o tempo da produtividade, do qual se diz que “tempo é dinheiro”. É o tempo necessário à produção de elementos úteis para a preservação da vida material. É o tempo de o tempo do cronômetro. É o tempo do fazer, o tempo do saber.
       Kronos cuida do progresso material.
       Kairós é o tempo psicológico, o tempo da fruição da vida e da arte, o tempo da contemplação, o tempo da meditação, o tempo de saborear, o tempo da sabedoria.
       Kairós cuida da vivência psíquica e espiritual.
       Kronos e Kairós é um par opositivo, uma dicotomia, em direções opostas.
      A vida só é plena, com a articulação do cronos e do cairós.
      Vitasofia articula Kronos e Kairós, transformando-os em forças intercomplementares, que podem se manifestar separadas ou simultâneas.
      Frase típica da Cairosofia: “nem só do pão vive o homem”.
      Frase típica de cronos: “Tempo e dinheiro”.

     DECÁLOGO HUMANISTA

       1. O Decálogo Humanista Global foi elaborado com a intenção de estabelecer parâmetros sinalizadores, para a construção de um mundo melhor, com pessoas mais conscientes e comprometidas com uma prática construtiva.
       O Decálogo foi se tornando em algo similar ao ideário de uma sineta que convoca os obreiros de nova jornada, ou como um despertador que quer acordar os descuidados, exilados da vida, para não perderem as oportunidades. Para que estejam preparados, quando passar o “cavalo arreado”.
       O Decálogo chama a atenção para alguns valores que, a partir da segunda metade do séc. XX, foram sendo descartados por um mundo consumista tecnicizado e  materializado.
       2. Diante de um mundo marketizado, os valores humanistas foram perdendo os atrativos, por terem sido retirados da pauta de valores básicos da civilização consumistas.
       Pensamos que o Decálogo Humanista deve ser escrito no psiquismo das pessoas conscientes, fazendo parte de seu quadro de referências existenciais e sócios culturais.
       O Decálogo é composto de dez palavras-chave, com seus desdobramentos:
1) Participação/ Alteridade  2)Urbanidade/ Segurança  3)Ética 4)motivação/Entusiasmo  5) Aprimoramento   6) Produtividade  7) Reforço/Avaliação  8) Economia/ Ecologia
9) Espirito de Democracia  10) Qualidade/Humanização.
       3. O Decálogo tem, como alicerce, a consciência, a liberdade, a justiça e a solidariedade, sempre em perspectiva articulada e holística.
       O imperativo do Decálogo está na consciência de cada pessoa. Supõe uma educação sólida, consciente e cidadã.
       O Decálogo Global é a base do Pacto Global, da Macrópolis e da Vitasofia, do Humanismo, do Quadro de Referências. Olha a vida como missão onde cada um é chamado a fazer a sua parte, por um mundo melhor, efetivamente possível.
   
     DETERMINISMO
      Teoricamente, determinismo é o princípio segundo o qual tudo, no universo, inclusive a vontade humana, está submetido a leis necessárias e imutáveis, de forma que o comportamento humano está predeterminado pela natureza.
     Assim sendo, o sentido da liberdade é mera ilusão subjetiva das pessoas.
     Esta, no entanto, é uma questão nevrálgica da filosofia, do humanismo e da ética.
     Desde a antiguidade, esta questão está em pauta. Foi tratada com seriedade por todos os grandes filósofos e escolas filosóficas.
       O determinismo apõe-se ao livre arbítrio. Pensamos que os dois conceitos existem, como fato, em determinada condições e limites a serem detectados, em cada caso.
       Simplificando. Diríamos:
       Atualmente, o determinismo propõem duas posições distintas:
            • A pessoas como ser Condicionante (ação da pessoa humana sobre a terra).
            • A pessoa como ser Condicionado (ação da terra sobre a pessoa).
       A primeira trata das interferências do homem: alimentação, moradia, vestiário, cultivo da terra, etc..
       A segunda aprecia os quatro efeitos primáriosfisiológicos (alterações físicas), os psicológicos (influência da religião, da arte...), os econômicos e sociais (agricultura, indústria, comercio), os migratórios (movimentos Populacionais).
       O determinismo e seus limites ainda é um problema em aberto, dada a má amplitude a sua complexidade.
       Certamente há elementos determinísticos, sobre os quais não podemos interferir, mas a base do humanismo é o livre arbitro das pessoas.


    DICOTOMIA

     Divisão em dois; modalidade de classificação, em que cada uma das divisões contém apenas dois termos na dialética: repartição de um conceito em dois outros, contrários ou complementares, que abarcam toda a extensão do primeiro (ex.: seres humanos: homens e mulheres).   


     DIVERGÊNCIA

     Posição de linhas que se afastam mutuamente; ato ou tendência a divergir; afastamento progressivo; estado de desarmonia; discordância; estar ou tender a desacordo; diferença de opinião; desentendimento; que se afasta; não paralelo; que tem pontos de vista diferentes.
     Oposto: convergência; concordância, confluência.


     EGOÍSMO

     Palavras correlatas: vaidade, orgulho, presunção, pretensão, egocentrismo, exclusivismo. Egoísmo opõe-se a altruísmo e alteridade.
     Egoísmo é o amor exagerado aos próprios valores e interesses, em detrimento dos valores e interesses dos outros e da coletividade.
     Exclusivismo que leva a pessoa a se tornar como referência de tudo. Leva ao egocentrismo.
     Atitude que consiste na submissão do dever aos interesses particulares, em detrimento das normas morais e éticas gerais.
     Atitude ética e social que parte do princípio de que o móvel fundamental do pensamento humano ou ação moral, é a defesa dos interesses pessoais.
     Pensamento da pessoa fechada em si mesma, que se julga o centro de tudo.


    EQUAÇÃO /EQUACIONAR

    Redução de uma questão onde um problema complexo, a pontos simples e claros, para facilitar a intelecção do problema em pauta.
   Dispor os dados de um problema para caminhar e conduzir à solução. Dispor os elementos conhecidos, para encontrar a solução possível.


      ESPIRITUALIDADES

     Espiritualidade é uma característica de quem revela intensa atividade religiosa ou mística. O que é relativo à vida espiritual.
     Qualidade ou característica do que é espiritual ou imaterial.
     Espiritualidade opõe-se à materialidade, à mundialidade, à carnalidade.
     A espiritualidade é característica da pessoa humana. Contrapõe-se à materialidade: ao físico, à matéria, aos bens materiais.
     A pessoa harmônica é aquela que busca incessantemente o equilíbrio matéria e espírito, as forças espirituais. Sem cultivar as forças espirituais, a pessoa se desgoverna, desequilibrada, se desencontra e se perde num labirinto de dúvidas e inquietações, sem saída.
     A espiritualidade consolida-se em Deus, fonte de equilíbrio e de luz. Deus é a luz que nos ilumina a alma e o coração e nos mostra melhor caminho, com menos tropeços.


     ESPIRITUALISMO

     Conceitualmente, o espiritualismo opõe-se ao materialismo. É uma doutrina que defende a realidade do espírito e dos seres espirituais.
     Filosoficamente, espiritualismo é uma doutrina que remonta suas origens à filosofia grega. Consiste na afirmação da realidade substancial do espírito, e de sua autonomia, em relação ao corpo material.
     O espiritualismo distingue, substancialmente, o espírito e a matéria.
     Espírito é a parte intelectual da pessoa humana. É o princípio vital, superior à matéria.

     O espiritualismo afirma a superioridade dos valores morais do espírito, em relação às inclinações e desejos da matéria.
     Exemplos mais destacados do espiritualismo, no séc. XX, encontramo-lo em Bergson, Leonardo Coimbra e Jacques Maritain. Estes consideram que o espírito é de natureza distinta da matéria e autônomo, em relação a esta. A alma não pode ser reduzida a um fenômeno do corpo.
     O espiritualismo ético destaca a diferença essencial, entre os interesses animais, e os valores especificamente espirituais e humanos (ou humano-espirituais).

     No mundo do séc. XXI renova-se o interesse, muito difundido, pelas espiritualidades, tanto cristãs como budista, ioga, zen, sufista/islâmica, judaica, etc.
     A partir das propostas de Bergson/Leonardo Coimbra, as pessoas buscam no espiritualismo algo que lhe permita evitar o esmagamento do ser espiritual pela produção tecnológica que leva ao consumismo compulsivo...

     Nas igrejas cristãs há diversos movimentos autônomos, de origem laica ou da hierarquia, formulando novas espiritualidades. O Franciscanismo começou como um movimento de nova espiritualidade.
     Entre esses movimentos, na igreja católica, citamos a Renovação Carismática, os Focolares, e muito mais.
     Movimento Alfa.Ômega está na linha da renovação sócio espiritual e ecumênica.


    ESTEREÓTIPO

     Algo adequado a um padrão fixo, formado de ideias genéricas, preconcebidas, e alimentado por falta de conhecimentos reais; falsas generalizações; falta de originalidade; banalidade, lugar-comum; padrão básico; formar ideias ou imagens classificatórias preconcebidas, sobre algo ou alguém, resultante de falsas generalizações. Que não é autêntico, original; clichê.


     ESTUDO DE CASOS

     - Entendemos estudo de casos como uma metodologia de análise de ocorrências específicas e bem caracterizadas, que se pressupõe terem algo de único e notável, ao menos em determinados aspectos, procurando descobrir o que aí há de essencial e suas características específicas, de modo a contribuir para a compreensão geral de certos fenômenos de interesse.
     - Pode ser entendido como o estudo de pessoas, coisas, instituições ou acontecimentos, pelos quais o pesquisador procura explicar determinados fenômenos, e os princípios e valores que se tornaram a sua força motricial, atendendo às perguntas: Como? Por quê? Para quê? Consequências?
     Pressupõe uma pesquisa de informações, sem seguir uma linha rígida.
     O método de ensino através do estudo de casos, é uma forma de ensinar, levando o aluno a tirar as suas conclusões de aprendizado dos fatos a serem interpretados.

     É uma forma de transmissão de conhecimentos que leva à descoberta. Aproxima-se da Maiêutica Socrática.

     É uma forma de ensino/aprendizado, pela vivência ou convivência, direta ou indireta e experimental.

     Estudo de caso supõe uma situação real, um contexto real, numa época real.

     Esta metodologia é centrada no aluno, como fonte motora da aprendizagem. A descoberta permite diferentes pontos de vista.



     EVANGELHO

     Entendemos por EVANGELHO toda a Mensagem de Cristo, contida em todo o Novo Testamento: nos quatro Evangelhos, nas Epístolas, nos Atos dos Apóstolos e no Apocalipse. Designamo-lo como Evangelho Pleno.
     Quando falamos em Essência do Evangelho ou Essência do Cristianismo, falamos dos Valores e princípios nucleares contidos nos gestos, atitudes, alegorias, parábolas e nas palavras de Cristo.
     Se não soubermos distinguir o essencial do circunstancial e do acidental, corremos o risco de nos perdermos na dispersão, perdendo o foco.
     Falamos do Evangelho, como o Logos, a grande Mensagem de Cristo à humanidade, de todos os tempos e lugares. Falamos da grande síntese de Valores e princípios da Mensagem de Cristo ao mundo, separando o essencial do circunstancial.
     A essência de Valores e princípios nucleares do Antigo Testamento também são parte do Evangelho, no sentido de que o anunciavam e preparavam.


     EVANGELHO PLENO

     Designamos, como Evangelho Pleno, o conjunto de todos os Livros do Novo Testamento.
     Sendo o Evangelho a narração da História e dos ensinamentos de Jesus Cristo, os demais livros complementam e desenvolvem os ensinamentos de Cristo e a instituição do Cristianismo.


       FILOSOFIA

       1. Etimologicamente, filosofia significa: amigo (filos) da sabedoria (sofia). Implicitamente, esta definição afirma que a sabedoria plena não é atingível, mas que os humanos lutam para alcançá-la.
       Ninguém se arroga o conhecimento da sabedoria plena. Compreender algo sobre si mesmo e sobre o universo é algo que sempre inquieta e desafia os humanos.
       Filosofia é a ciência que busca as causas últimas das coisas; arte de discorrer sobre assuntos subtis; ciência geral dos princípios e causas; sistema de valores, força moral e elevação do espírito com que o homem se coloca acima do pensamento comum e trivial; sistema de princípios e noções sobre o universo das coisas e da vida.
      2. A filosofia representa a tentativa da razão humana de investigar as razões primordiais do ser e do dever da pessoa, no contexto do universo. A busca da compreensão de si mesmo e do universo é o grande desafio do homem, em todos os tempos.
       A filosofia investiga as causas dos seres, em geral. É uma ciência universal, por abarcar a totalidade do ser real, do qual busca descobrir as causas últimas: É a ciência dos por quês. Busca descobrir as forças matriciais do universo.
       Diríamos que filosofia é um conjunto de teorias do conhecimento teórico-prático pelo qual o ser humano busca compreender a si mesmo (gnosce te ipsum) e a realidade circundante. Este conhecimento poderá determinar e realizar o seu caráter prático, voltado para ações concretas. Busca formar os critérios e as condições da verdade.
       3. Os caminhos e os resultados de uma filosofia dependem das premissas ou ideais básicos e valores que adota.
       A filosofia tem, como objeto, a reflexão crítica sobre a índole, os valores, o sentido e as diferenças do conhecimento humano.
       A filosofia propõe-se interpretar o mundo e a vida, por meio da razão humana, do raciocínio. A filosofia opera para além do senso comum.
     A filosofia somente consegue algum resultado, através de um diálogo com outros que, através do tempo, se debruçaram sobre a mesma questão, acumulando conhecimentos. A filosofia é, essencialmente, uma realidade dinâmica, porque a vida é dinâmica.
     Cada época vai focalizando, a seu modo, os enigmas eternos do conhecimento, da vida e do universo, aos quais, cada época, precisa saber dar uma resposta adequada, embora precária, que sirva à solução dos problemas vitais de seu tempo.
       4. Vitasofia não é uma filosofia. Apenas um método e uma força de busca da sabedoria, da busca do conhecimento; a Arte da Vida.
        Vitasofia busca levar nova cosmovisão ao nosso tempo que, na contramão, vai erigindo a economia e o consumo, como valores máximos da vida.
     Para saber mais, consulte:  www.

  
     FORÇAS CENTRÍPETAS E CENTRÍFUGAS

      Vitasofia assume a alteridade como componente integrante e articulador do ser social. Daí deduzimos as forças matriciais da mente das pessoas, nas dimensões centrípetas e centrífugas.
      As forças centrípetas articulam-se para dar equilíbrio à pessoas, em si mesma, como indivíduo pleno e soberano: o físico, o psíquico, o racional e o social.
      As forças centrífugas articulam-se para completar a pessoa, no binômio essencial: Eu <–> Outro. A alteridade produz o altruísmo. É o ponto de referência do próprio Eu. O eu adquire a autoconsciência, em contraste com o outro, em relações mútuas.
      Para Jung, as forças centrífugas são representadas pelo subconsciente coletivo. O homem integral é o resultado das forças motriciais centrípetas e centrífugas, que lhe dão o equilíbrio, em si mesmo, e em sua relação com o mundo exterior, em que se completa.
      As forças centrípetas afirmam o indivíduo; zelam pela dignidade da pessoa, por seu caráter, pela sustentabilidade de seus valores.
       As forças centrífugas moldam a relação com o outro e com o ambiente: o respeito, a cooperação, a solidariedade, a autenticidade.


     FORÇAS MATRICIAIS

     As forças matriciais, que estão na raiz do movimento: as forças matrizes; as forças que marcam o DNA do texto ou do conceito.


     FORÇAS MOTRICIAIS

     As forças renováveis que garantem a energia propulsora do movimento ou do conceito. As que movimentam; que movem.


     FORMADORES DE OPINIÃO

      1. Formadores de opinião é uma forma exagerada e arrogante de dizer, mas está em voga.
       Preferível chamar-lhes influenciadores de opinião. Genericamente falando, são pessoas de algum grau de credibilidade, real ou fabricada, que têm influência na opinião, nas atitudes e decisões das pessoas, em nível cultural, moral social, político, econômico, gastronômico, educacional, esportivo, etc. Não formam as opiniões das pessoas mas as influenciam, mais ou menos.
       A influência dos formadores de opinião chega ao nível de anular o livre arbítrio das pessoas, que passam a agir por condicionamentos psicológicos.
       Uma das formulas mais sérias é a propaganda subliminar.
       2. Tais influências de opinião geralmente são segmentadas: na religião, na política, na torcida esportiva, no vestuário, etc.
       O professor, por exemplo, tem um alto grau de influência, na formação dos alunos e da família, sobre determinados assuntos. O formador de opinião, por sua credibilidade, tem poder de influenciar as pessoas, na compra de determinados produtos ou adoção de determinadas opiniões; e ainda no tipo de grife de calçados ou vestuário.
      O consumidor associa o produto à imagem social da pessoa: artista, esportista, etc.
   São pessoas que têm poder de convencimento das massas.
      3. Via de regras, os formadores de opinião agem de forma discreta e sem autoritarismo, levando a pessoa a pensar que ela tomou tal ou tal decisão de livre vontade.
      Os formadores de opinião funcionam de verdade, para o bem ou para o mal.
      Os padres, os pastores, os professores, os monges budistas e alguns políticos são eficazes formadores (influenciadores) de opinião.
     Interferem na vida psíquica, intelectual, espiritual e até no modo de vida pessoal das pessoas. Chegam a “decidir” o que a pessoa pensa e quer. O comércio e a indústria vão uniformizando e padronizando sentimentos e vontades, em função do consumismo.
       Um bom professor, um bom artista, um bom esportista, um bom líder comunitário, um bom cantor, poderão influir no modo de ser e de agir das pessoas.
        4. O marketing tem influência decisiva, na eleição de políticos, em todos os níveis, através de campanhas maciças.
        No entanto, as pessoas mais conscientes, que já têm opinião própria, não se deixam influenciar mantendo o seu livre arbítrio.
        Efetivamente os formadores de opinião podem prestar bons serviços à sociedade, na educação, na preservação do meio ambiente, na saúde, etc.
Em  síntese :
        Os formadores de opinião são pessoas, com alguma competência que, por carisma ou missão, influenciam as pessoas, na formação e adoção dos valores, de ideias, de conceitos e de crenças, atitudes e decisões, através dos meios de comunicação, como orador, como publicitários, como escritor, como músico, etc. etc.

    GLOBISOFIA

     Globisofia é outro nome pelo qual caracterizamos, por algum tempo, a Vitasofia.
     Em Globisofia sublinhávamos: filosofia de vida dos humanos ou do planeta terra, com suas precariedades materiais e seu potencial de superação. Filosofia global.
     Vitasofia. Optamos, finalmente, por vitasofia, um conceito abstrato e dialético, que parte de pares opositivos, (cronos x cairos) como já ocorria em cosmosofia (ordem x caos).
     Cosmosofia, Globisofia e Cairosofia são nomes que nos dão acesso à vitasofia, o nome cairosofia tem a marca da atitude humana na dicotomia temporal, (cronos e cairós), acrescentando a força dinâmica da articulação entre os dois termos opostos. É um capítulo básico da vitasofia.
      Vitasofia chama a atenção para o tempo e o espaço que marcam a consciência e os valores da pessoa humana.
      A Vitasofia ensina as pessoas a serem senhoras de seu tempo e de seu espaço, superando determinismo que se lhe propõem, como fatalidades incontroláveis, que querem dominá-lo. Leva as pessoas á autodeterminação.


      GRUPO ALFA.ÔMEGA

      Grupo de estudos filosóficos, humanísticos e espiritualistas, sem fronteiras.


     HEDONISMO, Prazer, Ética e Virtude

     1. O Hedonismo, para Epicuro, a doutrina segundo a qual o prazer (hedoné), como satisfação do apetite sensitivo ou espiritual, determina o Valor ético da ação dos seres humanos. Pressupõe-se então que a pessoa, via de regra, age somente por motivo da busca do prazer.
     2. Para o hedonismo, os preceitos éticos são regras empíricas, para defender os humanos, contra os sentimentos negativos do desprazer e lhes dá predisposição para as alegrias da vida.
     Para o hedonismo, o prazer é o bem supremo e o fundamento da vida moral.
     Havendo também diversos conceitos de prazer, há também diversos conceitos de hedonismo.
     Para o hedonismo, o prazer é bom e desejável, e o sofrimento é mau e evitável.
     Na vida real, esta é uma afirmação precária.
     A mãe que morre, para salvar a vida de um filho, não faz um ato prazeroso, mas um ato de amor. Morrer é um ato doloroso.
     3. Alguns consideram os prazeres dos sentidos como fundamento dos prazeres espirituais (?!).
     Entre os prazeres levados em conta pelo hedonismo citamos: os prazeres do corpo e do espírito, o movimento, alimentação e bebida, a família, as honras e riquezas, etc.
     O hedonismo foi combatido por Sócrates, Platão, Aristóteles e outros.
     No entanto, o hedonismo volta sempre, em diversas modalidades.
     Em termos de economia humana, o hedonismo seria: alcançar o máximo de satisfação com o mínimo de esforço.

     4. A virtude está na capacidade de obter maior prazer, com menor esforço.
     Embora seja uma equação simplista referente a algo muito complexo, o hedonismo é defendido por uns e atacado por outros.
     Sem dúvida, dentre todos, os prazeres mais elevados, tranquilos e duradouros são os prazeres do espírito.
     5. No nosso tempo, no alvorecer do séc. XXI, o hedonismo campeia livre. Nunca se viu tanta gente, homens e mulheres, jovens, adultos e idosos, buscarem institutos de beleza ou clínicas de estética para darem a seus corpos mais beleza física.
     A busca da beleza física, a qualquer custo está em grande expansão, em proporção inversa às pessoas que cuidam dos Valores humanísticos e espirituais.


     HINDUÍSMO

     O Hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo.
     É baseada nos “princípios eternos” da doutrina dos Vedas (Sabedoria Divina), (Vaidika dharma) e é também chamada Saratana dharma (religião eterna).
     O Hinduísmo deu bases para muitas correntes filosóficas e religiosas. Passou pelo Hinduísmo védico, bramânico e filosófico, entre os quais se destaca o budismo e o jainismo. (Séc. VI a.C.).
     Alguns consideram o Hinduísmo, na sua forma atual, apenas como uma fase do bramanismo.
     Sem um corpo de doutrinas fixas, o Hinduísmo realiza-se em uma infinidade de organizações autônomas.
     O Hinduísmo modela toda a estrutura da visa social, desde a vida diária, até a literatura e as artes. Tem uma expressão mais social do que religiosa.
     O Hinduísmo teve origem no norte da Índia, (entre 1500 a 2000 a.C.).


      HOLISMO

     Do grego: holos – o todo.
     Teoria que considera o significado de coisas, gestos, atitudes, palavras ou sentenças unicamente compreensíveis, se for considerado no contexto em que se manifesta, frente à totalidade de elementos que cercam, no tempo e no espaço, a partir dos quais adquirem o seu sentido.


     HOLÍSTICO

     Relativo ao holismo. Que busca a compreensão total dos fenômenos, em seu contexto. Observa o conjunto e as partes, no sistema total.


    HOMINIZAÇÃO/HOMINIZAR

     Processo para ascender à categoria de homem, animal racional: Adquirir o uso da razão da emoção, caráter e capacidade de amar, corresponder, criar, e decidir e respeitas os outros.
    Ingressar na espécie humana, com a potencialidade de adquirir as competências, atributos e habilidades, típicas da espécie humana.
    Superar o estágio selvagem ou bárbaro, transformando-se numa pessoa cordial gentil, acolhedora, criativa, solidária, empreendedora e de caráter, como se espera de pessoas humanas, capaz de melhorar, continuamente o seu desempenho, superando o egocentrismo e os instintos predadores, que se acomodam no seu psiquismo.
 Adquirir capacidade e vontade de aderir aos valores típicos do humanismo solidário e gregário.


      HONRA, HONRAR, HONRADO, HONRADEZ

1.     HONRA
     Honra é uma síntese das grandes virtudes e dos valores humanos. É o produto das virtudes, dos talentos, da coragem, das boas ações e das qualidades de alguns. É o sentimento de dignidade, o brio, a dignidade, a retidão e a grandeza moral.
Ex. É um crime ofender a honra de alguém.
    Significa também: honestidade, virtuosidade, marca de distinção; homenagem que se presta a alguém; conjunto de princípios éticos que levam a pessoa a ter uma conduta que lhe permita gozar de bom conceito, junto a sociedade; homenagem; apreço. Boa forma, reputação. (Ex. A pessoa digna admite perder tudo menos a honra).
      Oposto à honra: a infâmia, a discórdia, a indecência, o ardil.

2.     HONRAR
      Honrar é reconhecer o merecimento, a credibilidade; dignificar, exaltar, glorificar, enobrecer, engrandecer; manter-se fiel a seu compromisso; causar ou  sentir-se  orgulhoso de algo ou de alguém. Dar crédito, conferir honras; distinguir com honrarias, dignificar, enobrecer, ilustrar, respeitar, venerar, não desmerecer. (Ex. Honrar os antepassados; "honrar pai e mãe"- 10 mandamentos).

3.     HONRADO
      Pessoa que vive de acordo com os princípios da honradez. Pessoa que vive de acordo com o código humanista. Pessoa que cumpre seus compromissos; Pessoa respeitada e reverenciada que, por suas qualidades, se destaca dos demais; pessoa de bom conceito social, venerada, que tem credibilidade. Em que há honra, dignidade, honradez, lealdade, sinceridade. (Ex. Homem honrado, antes morto do que injuriado.

4.     HONRADEZ
      Observância dos princípios, pelos quais se pautam os deveres da moral e da justiça, da probidade, da honestidade e da dignidade humana; brio, decoro.


      HOMINIZAÇÃO   
       Processo de ascensão à categoria de homem, animal racional.  Adquirir o uso da razão, da reflexão, da emoção, e do caráter; da capacidade de amar, corresponder, criar, decidir e respeitar os outros.
     Processo de ingressar na espécie humana, com a potencialidade de adquirir as competências, atributos, e habilidades típicas da espécie humana. O desenvolvimento das inteligências e das competências Múltiplas.
     Processo de Superação do estágio selvagem...


     HUMANISMO

      Humanismo é uma doutrina, ou conjunto de doutrinas, focadas e centradas nas faculdades, potencialidades, competências, habilidades e interesses da pessoa humana, em perspectiva antropocêntrica. Destaca sua capacidade de criação e transformação da realidade natural e social. Destaca ainda seu livre arbítrio, frente a eventuais condicionamentos psicológicos, naturais, culturais e históricos, dentro da normalidade pessoal.
      Chama-se também humanismo à formação cultural que abrange o estudo e o conhecimento das obras clássicas, do mundo greco-latino, na época renascentista.


       HUMANISMO MULTIDIMENSIONAL

      O Humanismo Multidimensional parte do princípio de que o Humanismo abarca uma complexa escala de pontos de observação, em relação à pessoa humana,  no seu mundo interior e exterior, em suas múltiplas relações, múltiplas inteligências e múltiplas competências.
      O Humanismo Multidimensional apresenta-se, mais como um extenso polo de conhecimentos, do que como um campo de pesquisas.
     O Humanismo Multidimensional apresenta-se como uma trincheira capaz de cultivar e estudar a dificuldade da pessoa humana, em função da transformação da sociedade, buscando construir um mundo melhor para todos. Uma trincheira para defender o humanismo das hostilidades de alguns que não perceberam que o mundo mudou e o humanismo também.
     Humanismo Multidimensional é sim, uma doutrina voltada para uma práxis transformadora da sociedade, rumo ao bem- estar interior e exterior das pessoas, sem ser, necessariamente, oposto ao cristianismo ou ao teísmo...
       O Humanismo Multidimensional dá as bases do Humanismo Global.


      HUMANISMO GLOBAL

       Humanismo Global parte do ideário do Humanismo Multidimensional e do  Humanismo Integral,( este nome cunhado por Jacques Maritain), e situa-se um passe adiante, ampliando os horizontes.
       Humanismo Global procura reunir os valores humanos trabalhados nas diversas filosofias, nas diversas religiões e nas diversas políticas, em escala mundial, do presente e do passado, buscando as intersecções de princípios, entre todos os pontos que a todos reúnem. Formam o Humanismo Global. Diríamos que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU (1948), além de outros documentos universais da ONU e da UNESCO, podem ser caracterizados como parte do Humanismo Global. Ao menos estão no espírito deste conceito.
       Há muitos textos oficiais da Igreja católica que também podem ser caracterizados e classificados no Humanismo Global. Um exemplo claro é a Declaração Pastoral “Gaudium et Spes”.

    HUMANITÁRIO      

    Relativo ao bem-estar da humanidade ou das pessoas. Que visa eliminar o sofrimento humano. Filantropia.
   Pessoa bondosa que cuida dos carentes e da promoção humana das pessoas.
   Oposto: Indiferença.

       IDEOLOGIA
       A Ideologia é sempre um projeto futuro, a verificar-se no porvir. Tratamos as ideologias na medida de nossos valores e de nossos interesses.
       A ideologia é sempre algo que não pode ser comprovado cientificamente.
       A necessidade de ação sobre o futuro leva à criação da ideologia. A ideologia dá-nos certo conhecimento de um futuro, presumido e esperado.
       A ideologia é constituída como uma síntese, a partir de dados científicos, filósofos ou místicos. [Exemplos: o mito da raça ariana, no nazismo; O mito da missão do proletariado, no Marxismo].
       A ideologia é uma aposta em algo que virá no futuro, não verificável, pela ciência nem pela filosofia. A verificação é postergada. Apresenta-se como uma “ profecia”  ideológica.
       Ideologia não se confunde com o mito, pelo fato de, num futuro imprevisível, poder ser verificado se a profecia é real ou não. Então poderá ser comprovada ou respeitada ou rejeitada [ex. o comunismo, no marxismo].
      A ideologia é um enunciado que fica no meio do caminho, entre o mito, de um lado, e a ciência e a filosofia, do outro lado.
      A filosofia e a ciência têm, em comum, a realidade presente, por não haver conhecimento científico ou filosófico no futuro.
      Nossos “valores” podem nos dar algum conhecimento de futuro, sempre com alguma margem de incerteza. Não há ciência ou filosofia do futuro.
      Neste sentido, também o Humanismo é uma ideologia, porque não é cientificamente comprovada a dignidade humana, no contexto do universo.
      Filosoficamente também não há como dar ao homem um lugar de destaque no universo.
      No entanto, fique claro que nem só a ciência e a filosofia são critérios de verdade universal.
      Pelo fato de o Humanismo não ser uma ciência, isto não muda, em nada a força dos conceitos e propostas transformadoras que a sustentam. Pensamos o humanismo mais como uma ideologia.


    IGREJA MÍSTICA GLOBAL (VIRTUAL)

     Ideia teórica visando organizar a solidariedade e a convivência entre as Igrejas, visando o cultivo dos Valores espirituais. Pertenceriam virtualmente à Igreja Global, as Igrejas que concordassem e se propusessem a cumprir uma carta de princípios e valores morais e espirituais comuns.
     Seria estudada, onde conviesse, com aceitação pacífica, a uso comum de um mesmo prédio, para reuniões, cultos e celebrações em dias e horários pré-estabelecidos, por religiões diferentes, compartilhando espaços e despesas.  


     IMANÊNCIA/IMANENTE/IMANETISMO

a)   Imanência
     Qualidade que pertence à substância ou à essência de algo, na sua interioridade, em contraste com a existência, real ou fictícia, em uma dimensão externa. Em Blondel, a imanência é um caminho para demonstrar a transcendência.

     A imanência de Deus no mundo e do mundo em Deus não exclui a transcendência divina; antes a inclui necessariamente. Deus está intimamente presente na sua criação, em virtude de sua plena infinitude.

     Por outro lado, quando definimos a vida como atividade imanente, queremos afirmar que a referida atividade permanece no próprio agente. 


b)   Imanente


     Que produz algum efeito no interior de si mesmo, na alma.

     Diz-se do sentimento de Deus que resulta mais da vivência espiritual do que do conhecimento doutrinal.

 

c)    Imanentismo

 

     - Em Maurice Blondel, imanentismo é a teoria que afirma que a busca da realidade transcendente de Deus é imanente à condição humana.

     - É qualquer sistema de pensamento, onde a concepção de imanência ocupa uma dimensão fundamental.



     INDIFERENÇA
     Indiferença, como a Alienação, estão entre as grandes mazelas ou enfermidades da humanidade, no nosso tempo.
     A indiferença é definida, por Aurélio, como: desdém, desprezo, insensibilidade moral, apatia, negligência, inconsciência doentia, desinteresse, em relação a ideias, pessoas, instituições, religiões, política etc.
     Indiferença, conforme o contexto e as circunstâncias, pode ser associada a outras patologias, tais como: a inveja, o ódio, a injúria, descaso, raiva, frieza, menosprezo, insensibilidade.
     A palavra indiferença, no sentido negativo, em que a utilizamos aqui, marcada como contraponto da solidariedade, é descrita, por Houaiss, também como falta de interesse, de atenção, de cuidado, com relação a um ser ou às pessoas em geral.

    INDIVIDUALISMO

     Individualismo, numa de suas acepções, corresponde ao Personalismo, na medida em que defende que a liberdade individual deve prevalecer sobre o autoritarismo estatal.
     O Individualismo é uma doutrina moral, econômica e política que valoriza a autonomia individual, em detrimento da hegemonia da coletividade despersonalizada, na busca da liberdade e na satisfação das inclinações naturais.
     O Individualismo exacerbado leva ao egoísmo.
     Individualismo é a super-acentuação do indivíduo ou de grupos particulares, com desprezo da vinculação à comunidade.
     O Individualismo é uma concepção filosófica que exalta o indivíduo, reduzindo a sociedade à soma de deveres individuais, despejando-a do caráter de totalidade e unidade. Tal filosofia levou ao “liberalismo”, onde os mais fortes destroem os mais fracos: faz surgir os déspotas.

     
     INTERAÇÃO/INTERATIVIDADE

     - Influência mútua de órgãos ou organismos inter-relacionados (ex.: coração e pulmões).
     - Ação recíproca de dois ou mais corpos.
     - Atividade ou trabalho compartilhado, em que existem trocas e influências recíprocas.
     - Conjunto de ações e relações entre os membros de um grupo ou entre grupos
     - Exercer ação mútua, com algo, afetando ou influenciando o desenvolvimento ou a condição de um sobre o outro.
     - Compartilhar determinadas atividades de trabalho com alguém.

    
      INTERCOMPLEMENTARIDADE

       - Complementaridade recíproca, de um para o outro.
       - Complementaridade entre duas ou mais pessoas ou sistemas.
     ISLAMISMO

     O Islamismo foi fundado por Maomé (570 ou 580-632 d.C.). Maomé sistematizou sua doutrina no Alcorão, o livro sagrado do Islamismo.
     O Islamismo é uma religião monoteísta que tem como pai, Abraão. O mesmo que o Judaísmo e o Cristianismo.
     O dogma fundamental do Islamismo é a existência de um Deus único: Alá, criador do universo, onipotente e misericordioso.
     O Islamismo tem raízes bem notórias no Judaísmo e no Cristianismo, que têm presença marcante no Alcorão.


     JUDAÍSMO

     Judaísmo é a religião monoteísta dos judeus. Considera, como pai, Abraão. O Livro Sagrado do Judaísmo é a Bíblia, Antigo Testamento. A TORÁ é a lei judaica, correspondendo aos livros do Pentateuco Bíblico.
     Cabala é o sistema filosófico-religioso do judaísmo, originado na Idade Média (séc. XII-XIII).
     O Cristianismo nasceu no Judaísmo. Jesus Cristo, Maria e os Apóstolos foram de origem judaica.
     O Cristianismo compartilha o Antigo Testamento, que inclui o Pentateuco, com o Judaísmo.


     KAIZEN
     Kaizen, é uma metodologia operacional que significa: busca de melhorias contínuas e graduais, na vida em geral (pessoas, família, âmbito social, no entretenimento, no estudo, etc.). A palavra é de origem japonesa.
     O sentido da metodologia prática do Kaizen busca o aumento da produtividade e dos bons resultados, nas empresas, na vida social e da sociedade, com redução de custos e a eliminação ou redução das dificuldades. Mas vai muito além deste sentido: é basicamente, um processo de humanização das relações do trabalho, na família e na sociedade.

     Visa ainda aprender a eliminar desperdícios de forças e financeiros: a ter mais resultados com menos gastos e menor esforço. Pela humanização do trabalho busca aumento da produção.

     A eventual austeridade não é um valor em si mesma, é um meio para levar a uma sociedade com mais bem-estar e mais produtividade.

     O lema: “Hoje melhor do que ontem, e amanhã melhor do que hoje”, diz-nos que sempre é possível melhorar. Que não devemos cessar de buscar melhorias contínuas, sem acomodação. Os bons resultados são patentes, tanto na quantidade como na qualidade dos serviços, em qualquer setor da sociedade.



     LEVIATÃ
      1. Leviatã é, na Bíblia, um monstro marinho. Causador de tragédias. Assim é também na mitologia fenícia.
      Na mitologia bíblica, o Leviatã talvez seja um crocodilo gigante, ou um dragão, ou um polvo gigante uma serpente.
      É considerado um monstro terrível maligno, predador, pouco importando o animal a que é associado.
     Assim ele é desenhado na arte cristã
     O Leviatã encara o mal que os humanos sofrem no mundo, quando resistem ao poder de Deus, ou quando cometeu atos antissociais.
     O Leviatã é uma forte alegoria do maligno.
     2.   Vejamos como a Bíblia descreve o Leviatã:
      - O Salmo (74.13 e 14) diz:
   “Tu dividiste o mar com o teu poder, quebraste a cabeça do monstro do mar.
     Tu esmagaste as cabeças de Leviatã, dando-o como alimento às feras do mar”.
      - O Livro de Jó  desafia:
     Por acaso você é capaz de pescar o Leviatã com anzol? (...).
Veja! Diante dele toda a segurança é apenas ilusão, pois basta alguém vê-lo para ficar apavorado.
       Ninguém é tão corajoso para provocá-lo (...) Seus espirros lançam faíscas e seus olhos, são como brilho ofuscante da aurora.
    
       De sua boca irrompem tochas acesas e saltam centelhas de fogo. De suas narinas jorra fumaça, como de caldeira acesa e fervente. Seu bafo queima como brasa e sua boca lança chamas. (...)
      Na terra ninguém se iguala a ele, pois foi criado para não ter medo.
      Ele se confronta com os seres mais altivos. É o rei das feras soberbas”( Jó 42.25-35 e 41.1-26).
      3.  Leviatã na Literatura Ocidental:
      O mito do Leviatã foi adotado pelo filosofo inglês, Thomas Hobbes (1588-1679).
      Hobbes considera natural a guerra entre as pessoas, motivadas pela competição pela sobrevivência, pela desconfiança e luta por segurança, e pela vaidade que torna os humanos inimigos entre si, para diante  disso se destacarem.
      Hobbes vê a necessidade de um pacto, transferindo os direitos próprios do Estado, cujo direito absoluto tudo decida, na religião, na moral, na política, na economia... Este pacto cria o Estado monstro, todo poderoso.
      O Leviatã: o Estado totalitário, todo poderoso.
      Leviatã é a principal obra de Hobbes, onde expõe a sua doutrina.

      LIVRE ARBÍTRIO

      Competência das pessoas para tomar decisões, dependentes apenas da vontade própria, (sem interferência de terceiros).
      Aptidão para tomar decisões, livremente, sem constrangimento ou coação exterior.

      
       LOGOS - (do grego) = Palavra, Verbo(palavra dinâmica), discurso;

       - Inteligência viva, transformadora da realidade; princípio ativo, intermediário entre a divindade e o universo material. (No neoplatonismo).
       - O Deus criador e seu filho, Jesus Cristo, entendido como a encarnação, no mundo, do poder e do saber divino: (No evangelho de S. João).
      - Conjunto harmônico de forças que comandam o universo, formando uma inteligência cósmica onipresente, que se plenifica, no pensamento humano. (Em Heráclito).


       MACRÓPOLIS

        1Macrópolis é um conceito básico da Vitasofia- A Arte da Vida.
       Criamos o conceito de Macrópolis, como a cidade, o espaço da convivência humana, em núcleos organizados, com as condições ideais de sobrevivência, com qualidade de vida, trabalho, educação, saúde cultura, civismo, dignidade, lazer e bem-estar.
        No espírito da Vitasofia, Macrópolis é uma utopia que queremos ver realizada, e pela qual, as pessoas conscientes devem lutar, permanentemente e sem reservas.
       Macrópolis  vê os aglomerados humanos lutando por melhorias contínuas, na dinâmica da existência.
       Macrópolis é a cidade onde todos são responsáveis pelo bem-estar de todos. Onde cada um faz sua a sua parte.   É uma cidade de gente consciente, competente, dedicada, hospitaleira, solidária e cordial.
       Macrópolis é a cidade que queremos. Opõe-se a Megalópolis, a cidade que temos, com todos os seus problemas e angústias.
       Macrópolis e Megalópolis são um para antagônico. A Megalópolis quer ser Macropólis.      
       Macrópolis, buscando, sem cessar, a vida com qualidade e autossustentabilidade.
       Macrópolis pensa em qualidade de vida. Megalópolis pensa em quantidade de     pessoas, de ações e de produtos.
       Queremos sobrepor a Macrópolis, no espaço de Megalópolis, com uma intervenção humanística firme e competente.

        2. Queremos que sejam disponibilizadas as melhores condições de vida possíveis a todos, onde cada um tenha condições de viver condignamente, do próprio trabalho sem parasitas. Onde cada um conquista dignamente o próprio bem-estar e o dos seus.
        A Macrópolis não é paternalista. Da oportunidades para que cada um seja capaz de conquistar a sua sustentabilidade. Na Macrópolis, cada um pode ganhar o próprio pãocom o suor do próprio rosto, sem paternalismos.
        A Macrópolis exige condições ambientais condignas, com espaços arborizados, trabalho, emprego para todos, com saúde e educação de qualidade, além de acesso à moradia, ao lazer e à cultura ... etc., numa convivência solidária e responsável.
        Macrópolis não dá o peixe, mas ensina a pescar. Bem sabe que dar o peixe é subjugar, ensinar a pescar é libertar.
         Na Macrópolis as pessoas não se contestam. Apenas  apresentam sua visão diferente da questão em pauta.

         3.  No sistema Macrópolis são sugeridos alguns pré-requisitos preventivos no seu Plano Diretor das novas cidades ou complexos urbanos com mais de dois milhões de m2, tais como: As vias articuladoras devem ser duplas, com canteiro central de no mínimo dois metros de largura. Os passeios não podem ter menos de dois metros cada. As suas secundárias não podem ter menos de doze metros.
        Todos os loteamentos ou conjuntos de loteamento com 2.000.000m2 devem ter plano de arborização. No centro urbano deve haver praça ampla de no mínimo 20.000 m2. (proposta a reavaliar)
       Novas cidades devem ter no Plano Diretor básico um grande  centro de cultura, laser e saúde, com perfil a, no máximo dois km do centro, ligado a este por grande avenida. Previsão de minianel viário a cinco km do centro. Aproximadamente cada conjunto com previsão de até 50.000 habitantes, deve existir uma área de laser e preservação ambiental, bem arborizada de o mínimo 25.000 m2.
      Nas áreas de preservação e nos parques deve haver plantio, árvores frutíferas da Mata Atlântica (em área determinada) para estimular o convívio dos passarinhos (pitangueiras, araçás, jabuticabeiras, etc.).          
(As propostas ainda devem ser reavaliadas).


      MANIQUEÍSMO
      Doutrina filosófica que concebe o bem e o mal como entidades absolutas e irredutíveis. Crê que o mundo vive num dualismo absoluto, em termos religiosos e filosóficas. Crê na existência do conflito cósmico, entre o reino da luz (o Bem) e o reino das sombras (o Mal), onde o reino das sombras é a matéria, o corpo humano, e o reino do Bem e da Luz se alcança pelas práticas ascéticas da meditação e da mortificação…
      Crê que a matéria é sempre  intrinsecamente má.
      No maniqueísmo, a visão de mundo divide a humanidade, em dois poderes opostos e incompatíveis: Os bons são sempre bons e os maus são sempre maus.
       O maniqueísmo dualista religioso originou-se da Pérsia e difundiu-se pelo Império Romano (séc. III e IV d. C).
       Estes conceitos do maniqueísmo não se coadunam, não combinam com os ensinamentos do Evangelho.


       MASSIFICAÇÃO

       Massificação é o processo pelo qual, pelos meios de comunicação de massa, são influenciados os indivíduos, no sentido de transformar-lhes ou estereotipar-lhes os costumes, as reações e a conduta, com prejuízo de sua identidade pessoal e de seu livre arbítrio.
       Processo pelo qual os valores ou os produtos se tornam consumíveis por toda a sociedade.
       É a tendência da sociedade de consumo para padronizar gostos, valores, hábitos, atitudes e costumes das pessoas, produtos e modo de pensar, por meio de simplificações, que acabam redundando em empobrecimento cultural.

       Massificação é a tentativa de unificação e a homogeneização do comportamento, das atitudes, das ideias e do consumo das pessoas.

       A massificação marca o declínio da razão, onde a pessoa vai perdendo a individualidade, ao adotar padrões pré-estabelecidos pela massificação.
       É a inversão dos valores, onde quem decide é a propaganda, atendendo aos interesses e à lógica mercadológica, em vez de respeitar opções pessoais.
       Em vez de as pessoas procurarem se diferenciar umas das outras, a massificação induze-as a usar os mesmos produtos, as mesmas roupas, os mesmos calçados.
       É a condição a que se chama “Maria vai com as outras”.

       O avanço das tecnologia é inversamente proporcional à consciência  crítica das pessoas.
      Atrelam-se as opiniões pessoais aos interesses do consumo.
      A massificação marca a incapacidade de imaginar uma sociedade diferente e melhor para todos.
      Pela massificação operada pela propaganda, tendemos a aderir ao reino das banalidades, em vez de atender as reais necessidades, resvalando para a perda do “livre arbítrio”.  Passamos a agir e reagir por impulso...
Isto leva a banalização da vida, alienando as pessoas, e produzindo desajustes sociais e psicológicos e a consequente frustação e desilusão.

    NIILISMO

   Aniquilamento, descrença quanto aos valores e convicções propostas e que portanto, a vida não tem sentido; auto destruição; rejeição total às leis e às instituições formais; sentimento de frustação produzido pela decadência moderna.


        NORMALIDADE E PATOLOGIA
[O homem normal X Homem patológico]

        1. Descrições do ser humano doente existem muitas. As patologias têm mais visibilidade.
        Quanto ao homem normal, sadio, poucos se dedicam à análise deste aspecto, por ser mais complexo.
        Para a medicina, como para a psiquiatria, o homem sadio caracteriza-se pela ausência de patologias. No entanto fala em ausência de patologias é dizer muito pouco.
        As características do homem normal, sadio, são ocultadas, por sempre serem incompletas, dependentes de critérios prévios. O homem normal sempre depende de uma cultura e de uma sociedade, que também tem patologias.
        A partir das coordenadas da Vitasofia/Cosmosofia, poderíamos tentar elencar algumas características para um esboço da pessoa humana normal e sadia.
        2.  Alguns Traços do Homem Sadio
        Nos parâmetros da Vitasofia, veríamos, no homem sadio, as seguintes características, entre outras:
• O respeito à vida,  aos outros e à natureza;
• O altruísmo, a solidariedade, a fraternidade e a alteridade;
• A capacidade de amar e de compartilhar;
• O prazer de existir e de criar;
• A busca da autorrealização, em todas as pessoas, e em si mesmo,
• Cuidar da saúde física e psíquica, dele e dos outros.
• A capacidade de se alegrar e de se congratular com o Bem e de evitar o Mal;
• A capacidade de desenvolver a misericórdia e a compaixão pelos injustiçados e pelos sofredores;
• A busca da equidade, pela dissolução da inveja, da mentira, do rancor, do ódio, da vaidade, da ostentação, da leviandade e da injustiça.
• O esforço permanente para ser paciente, generoso, dedicado, prestativo, cordato, cordial, gentil e sociável.

        3. Outros Traços do Homem Sadio
• O homem sadio/normal vive em harmonia com a natureza, consigo próprio e com outros, e come o “pão com o suor do próprio rosto”.
• O homem sadio busca a harmonia e a unidade cósmica, com a vida e com o universo.
• O homem sadio retribui às pessoas, tendo como base o esforço e os méritos de cada um; não é paternalista, nem protetor de parasitas. Antes procura ser justo, generoso e equânime.
• Este poderá ser tomado como um retrato, ainda que precário e incompleto, da pessoa humana normal e sadia.
        Certamente, neste breve elenco, faltam ainda muitos valores, que são os traços essenciais da pessoa normal. Estes, no entanto, como amostragem de um esboço, são suficientes.
        Este retrato pode ser ampliado com o “Decálogo Humanista” no Código Cívico/Humanista.


    ORU (ORGANIZAÇÃO DAS RELIGIÕES UNIDAS)

    Proposta de uma organização Regional e Internacional de Religiões e Filosofias de Vida, visando a cooperação e apoio mútuo e a organização de estudos e encontros inter-religiosos, na perspectiva de uma convivência e cooperação ecumênica. É uma proposta inspirada na organização da ONU. 


         PACTO HUMANISTA GLOBAL

         VitasofiaArte da Vida, levou à formatação e proposta do, ou Pacto Humanista Global. O Pacto Global é um movimento voltado para ações transformadoras interiores e exteriores das pessoas, para que possam contribuir para a melhoria das condições de vida dos humanos, em seu mundo, com o cultivo e a preservação da natureza. Enfim, propõe ações autossustentáveis.
         A Vitasofia tem, como força matricial, o humanismo multidimensional e o Quadro de Referências. Foca suas propostas no Decálogo Humanista, na Macrópolis e nas demais bandeiras do Pacto.
        O Pacto-Humanista é numa proposta para que as pessoas se comprometam, na vida diária, com alguns princípios que as engrandeçam e ajudem a levar algumas melhorias à sociedade, na busca de um padrão de dignidade e bem-estar. É um Pacto sem fiscais, de consciência. O Pacto é um convite às pessoas de boa vontade.


     PARADIGMA

      Paradigma é algo que funciona como padrão, como modelo, como exemplo.
      Fala-se em mudança de paradigma, quando mudam as condições, as circunstâncias e o contexto.


     PARADIGMA VITASÓFICO

     Atitude de alguém que procura assumir, na vida real, a vivência plena do Kronos e do Kairós e consegue vivenciar o Pacto Humanista Global, e o Decálogo Humanista, no que lhe compete, naturalmente, e sem objetação. Alguém que é capaz de fazer do trabalho, ainda que árduo, um hino ao criador.


    PARADOXO (do grego: para [contra] + dóksa [opinião]).

     Opinião ou proposição contrária ao senso comum. Opinião estranha, bizarra, fora do ordinário; aparente falta de nexo ou de lógica; contradição; Pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano, ou desafia a opinião comum, ou a crença ordinária.
     Raciocínio aparentemente bem fundamentado e coerente mas  que pode esconder contradições não aceitáveis. Argumento absurdo e inusitado ...
       - Pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano, ou desafia a opinião concebida, a crença ordinária e compartilhada pela maioria;
       - Proposição de opinião contrária ao senso comum;
       - Aparente falta de nexo ou de lógica;
       - Contradição.
      O paradoxo pode ser uma forma mais eficaz de dizer algo “indizível”, pelo impacto que provoca.


       PARÂMETRO

      - Norma, medida ou valor padrão, (ex.: parâmetro de beleza).
      - Variável para o qual se fixa ou à qual se atribui um valor, e por seu intermédio, se definem outros valores ou funções, num dado sistema ou caso.
      - Elemento de apreciação necessário para julgar determinados fatos, cujas variações são acompanhadas de alterações correspondentes na série de fatos estudados e de que depende a particular solução de um problema. (Ex.: a interpretação de uma mensagem depende de diversos parâmetros: emissor, receptor, data, local, meio...). (Houaiss).


    PATRULHAS IDEOLÓGICAS

     Patrulha Ideológica é um agrupamento ou organização política, religiosa ou cultural, organizado ou informal, que se propõe controlar, ideologicamente as pessoas ou grupos que não seguem seus Códigos, em termos de ideias e de atuação.
     Propõem-se impor, a qualquer preço, suas ideias a outros grupos de pessoas, por meio de ações, discursos, protestos, reivindicações e até perseguições e atos violentos e manipulações burocráticas, formais ou até sub-reptícias e fraudulentas. Agem à margem do direito das pessoas.

         Tais atividades e atitudes caracterizam-se por uma vigília permanente, nos espaços em que tais grupos atuam.

         A estratégia das Patrulhas Ideológicas é criar um clima de insegurança e de medo que convença as pessoas a seguir suas normas e critérios.

         O patrulhamento pode assumir práticas de conflito ou de motim que provoque comoção social para impor suas regras pelo medo. Assim torna-se psicologicamente conflitante e agressivo, visando criar um clima intimidatório para mais facilmente se impor, embora contrariamente às normas legais e aos direitos fundamentais das pessoas.

        A militância política, em muitos casos, pode transformar-se em “patrulha ideológica”, para intimidação e conquista do poder, pela pressão organizada.

 


     PERSONALISMO

     Filosoficamente, é uma doutrina que considera a pessoa humana como o valor máximo, no campo da ética, e a realidade primordial, no âmbito da metafísica.
     Segundo Emmanuel Mounier (1905-1950), personalismo é uma doutrina que focaliza o absoluto valor ético e social da pessoa humana, em oposição ao predomínio do coletivismo, e à dissolução da solidariedade, no individualismo egoísta.
     “O personalismo tem, por fim último, pôr cada pessoa em condições de atingir um máximo de iniciativa, de responsabilidade e de vida espiritual” (Mounier – Manifesto ao serviço do personalismo).
     No personalismo, “a pessoa é um absoluto, em comparação com qualquer outra realidade material ou social, e com qualquer outra pessoa humana” (Idem – Ibidem, página 85).
     Personalismo opõe-se, parcialmente, ao Individualismo e, mais especificamente, ao Egoísmo e ao Coletivismo.


      PLATAFORMA

      Superfície plana e horizontal, de nível mais alto do que a área circundante; terraço; programa institucional que divulga as linhas gerais de filosofia e atuação de um movimento ou associação.


       POLITICAMENTE CORRETO

        Este é um movimento de cunho fundamentalista, sustentado e guardado por imensas patrulhas ideológicas, espalhadas por todos os países, cidades e vilas, dispostas a liquidar quem ofende a tal postura politicamente correta!!.
         É um movimento ofensivo e humilhante para todas as pessoas humanas conscientes e responsáveis. É um movimento indigno e ofensivo às pessoas e à humanidade.

     “Politicamente correto” é uma marca de julgamento arcaico que pré-condena, antes de julgar, sem circunstâncias, sem razão e sem contraditório, fundamentado apenas em aforisma do “Chefe Tribal”. Parece justiça do tempo das cavernas.
      A ideologia politicamente correta promove:
      As condenações prévias, sem julgamento, pré-fabricadas e autoaplicáveis. Só se aplica aos inimigos do “rei”.
      Esta é uma ideologia sórdida, de cunho fascista e antidemocrática e exige que as pessoas estejam previamente de acordo, independente das circunstâncias. Vence pela intimidação, pelo terror. Serve aos conspiradores.
      É  uma “lei” medíocre. Mas “convincente” pelos métodos, que adota.

       A ideologia “Politicamente Correto” é marcada pela insensatez de uma civilização que vai perdendo o rumo, a dignidade e o bom-senso.
       A ideologia do Politicamente Correto está gravado no subconsciente das pessoas, no seu quadro de referência, e pode agir à revelia delas. São atitudes impostas, por uma propaganda maciça dos obreiros da opinião.

       Denunciar a ideologia do “Politicamente Correto” não significa compactar com ofensas ás pessoas com qualquer deficiência física ou psicológica ou de pessoas mais fracas. Não significa compactar com a discriminação de pessoas pela cor de pele, pelo sexo ou pela condição social por pertence a minoria social. Significa não reagir como autômatos. Ser consciente e respeitador sem desonrar neguem.
       Toda a descriminação é crime, seja qual for o motivo e deve ser punida nos termos da lei, sem abusos e sem mais preconceitos insensatos e ameaçadores para todos, sem razão que é o resultado de dar crédito à ideologia, o “politicamente correto”. Justiça não se coaduna com essa monstruoso e pseudo - “lei”. Isso seria autorizar as pessoas a fazer justiça pelas próprias mãos, ameaçando inocentes.


    PONTO ÔMEGA

     Para Teilhard de Chardin, “o Ponto Ômega é o cume de convergência de toda a evolução”. O “ponto cósmico Ômega, é a síntese total, pela qual o mundo funciona”.

    
     QUADRO DE REFERÊNCIAS
PSICOSSOCIAIS

     O nosso quadro de referências psicossociais é formado por nossas opções conceituais, valores éticos e socioculturais que adotamos, consciente ou inconscientemente, na formação de nosso caráter, de nossa personalidade e de nossas crenças. Estes interferem em nossa visão de mundo e da vida e em nossas ações decisões, reações e atitudes no dia-a-dia. 


QUADRO DE REFERÊNCIA

      As opções conceituais e valores éticos e socioculturais, que adotamos, no subconsciente para a formação de nosso caráter, de nossa personalidade e de nossas crenças, formam o nosso Quadro de Referências. Este condiciona nossa visão de mundo e da vida, e nossas ações, reações e atitudes, no dia-a-dia.
      Nosso quadro de referências psicossociais vai sendo formado, dinamicamente, através da vida. Desde a infância.
      É obrigação de cada um zelar pelas fontes em que se alimenta e forma seu quadro de referências e o de seus dependentes. Não podemos ser ingênuos, nem descuidados, na formação de nosso caráter, e de nosso quadro de referência, que será o responsável por muitas de nossas reações e de nossas atitudes durante a vida. Por alguns acertos e por alguns erros. No quadro de referência deve estar prevista a flexibilidade que é exigida pelas circunstâncias de contexto, tempo e lugar .
        Para saber mais leia: www ..........


      SABEDORIA

      Sabedoria e saber, no contexto que adotamos essas palavras, de certa forma se opõem e se completam. Outras vezes se confundem.
      Como conceitos opostos, dizemos que SABER destacam-se os seguintes significados: conhecer, estar informado, ter conhecimento, ter habilidade, etc.
      Sabedoria é a qualidade do sábio. Significa o acúmulo de muitos conhecimentos, com a capacidade de fazer ilações e de tirar corolários.
      Significa: prudência, temperança, reflexão. E ainda: discernimento, inspirado nas coisas sobrenaturais ou humanas (o dom da sabedoria). A moral expressa nos provérbios (sabedoria popular). No cristianismo aparece em termos como: Verbo, Logos, Sofia...
      Sabedoria não é algo que se aprende, é antes algo que nasce da consciência, como um corolário que desabrocha naturalmente. Sabedoria é a consequência do saber e de algo bem mais profundo, que sai da alma.
      Em termos tradicionais, sabedoria é a resultante de conhecimentos e de cultura acumulada, através de gerações, que exprime um sistema de valores éticos e estéticos e que se manifesta na maneira sadia e harmoniosa de viver consigo mesmo e com os outros.
      Vejamos uma pequena amostra de frases da Bíblia, sobre a sabedoria:
      A sabedoria vale mais do que as armas de guerra (Ec. 9.18).
      A sabedoria só se adquire à custa de muito trabalho (Ec. 10.10).
      Não se pode alcançar a sabedoria se Deus não a dá (Sb. 8.20).

     SETE RELIGIÕES DO MUNDO
     As sete grandes religiões do mundo são: O Hinduísmo, o Budismo, o Confucionismo, o Taoísmo, o Islamismo, o Judaísmo e o Cristianismo.
     A religião com mais seguidores é o Cristianismo: de cada três habitantes do mundo, um é cristão.
     Existem ainda muitas religiões tribais, de menor destaque global. 
     Ao falar das diversas religiões, não entramos nos méritos de cada uma; apenas nos interessa o que elas têm de comum, onde podem se articular, aceitando a diversidade.

 

ESTATÍSTICA DAS GRANDES RELIGIÕES:

 

     Cristianismo                                                      2.106.962.000

     Islamismo                                                          1.283.424.000

     Hinduísmo                                                            851.291.000

     Religiões Chinesas                                               402.065.000

     Budismo                                                               375.440.000

     Judaísmo                                                                14.999.000

     Confucionismo                                                        6.447.000


     SOBRIEDADE
    Sobriedade é também uma das virtudes pouco cultivadas em nossos tempos de esbanjamento e de falta de limites, em favor de um consumismo desenfreado e irracional, que visa apenas atender aos interesses econômicos, prejudicando a saúde e a razão.
     Sobriedade significa equilíbrio, moderação, seriedade e temperança. Significa atitudes serenas, discretas e recatadas, inclusive no uso adequado das palavras e no modo de falar.
     Significa moderação no comer e no beber.
     Significa ainda prudência nos gastos de recursos financeiros.
     Significa despojamento e evitar ornamentos extravagantes ou exagerados.
     Sobriedade relaciona-se com sabedoria, prudência, discrição e parcimônia e relaciona-se com austeridade.

     O contrário de sobriedade é: exuberância, vistoso, desregramento, exagero, gula e intemperança.



    SUBCONSCIENTE

     O nosso subconsciente é uma caixa de surpresas de grande potencial, que ainda conhecemos pouco. O nosso subconsciente mantém-se em permanente aliança, com a esperança, a confiança e a fé.
     O subconsciente é uma força que existe na mente, mas à qual o Consciente não tem acesso direto.
    O subconsciente situa-se entre a consciência e a inconsciência. É um conjunto de fatos, de vivências ou de potências que estão fora do limiar da consciência ou às quais esta não pode ter acesso direto.
     A fé, a esperança e a oração podem dar acesso rápido ao poder do subconsciente.
     A oração tem um poder extraordinário para energizar a vida.
     O subconsciente nos diz que precisamos saber orar e orar com confiança, com positividade e convicção.
     É preciso cada um descobrir a força extraordinária de seu subconsciente. 
     Nossa civilização, de caráter fortemente positivista, tem dificuldades, quase intransponíveis, de aceitar o que não pode medir nem contabilizar. Tem dificuldade em lidar com as forças do subconsciente. Entretanto, estas são forças imprescindíveis ao nosso bem-estar.


     SUFISMO

     O Sufismo surgiu como uma das reações dos muçulmanos contra a racionalização externa do Islam.
     O ideal ético-religioso, estimulado pelo misticismo cristão e pelo gnosticismo, quer superar as leis impostas de fora e exige convicção íntima, levando a uma experiência espiritual profunda e real.
     O Sufismo propôs-se realizar a síntese da racionalidade externa, com a intuição interna.
     O Sufismo conseguiu elevar a um alto nível os padrões da vida religiosa do Islam. Levou sua influência ao pensamento filosófico, onde se destaca Al-Gazali, Ibn Arabi e Ibn Taimia, dentre outros.


      TANGRAM

     Tangram é uma espécie de quebra-cabeça, de origem chinesa, composto de um quadrado, dividido em sete peças, remontáveis, em figuras diversas. Das sete peças do jogo tem: cinco triângulos, um quadrado e um romboide.

       TAOÍSMO

       O Taoísmo é uma doutrina mística e filosófica criada no século VI a.C., por Lao Tse, que enfatiza a integração do ser humano à realidade cósmica primordial, o Tao.
       No taoísmo, o Tao é a fonte e o princípio universal, infalível e inalterável que abrange toda a realidade, e pelo qual todas as coisas buscam harmonizar-se, em prol do equilíbrio vital.
      O Taoísmo articula e explica as forças da vida através do modelo: Yin e Yang.
      A filosofia do Taoísmo envolve a concepção metafísica do mundo, de tendência mística.
      Não tem um corpo de doutrinas fixo. Baseia-se numa cosmovisão individual, buscada no Tao, que é o primeiro princípio do universo (não racional) através do êxtase.
      Seus mestres prescindem de regras formais. Focam apenas a transmissão de conhecimentos úteis na busca do absoluto.
      As obras do Taoísmo compõem-se de aforismas ou epigramas, conforme o Tao-te-ching, o Livro do primeiro princípio e da virtude.
      Tao-te-ching teria sido escrito por Lao Tse, seu fundador, (entre 570-490 a.C.).
      No ConfucionismoTao é o caminho que leva à vida virtuosa. Tao é a razão primordial, a palavra, o logos.


    TEMPERANÇA/SOBRIEDADE

    Em tempos em que alguns oportunistas querem abolir todos os limites, em termos éticos e morais, na sensatez e insensatez, no desperdício, onde o consumo desenfreado e o lucro valem mais do que uma vida sadia, também a temperança é uma virtude de parca credibilidade. Entretanto, é uma virtude essencial para uma vida sadia e sensata.
     temperança exige equilíbrio, equidade e moderação.
     A temperança propõe sobriedade em todas as atividades humanas: no consumo de alimentos, na bebida e nos gastos com vestuário, etc.
     Temperança leva ao hábito de poupar, de economizar, de não desperdiçar.
     A temperança leva à austeridade, à castidade e à continência. Continência significa saber conter-se nos limites da sensatez, da razão e do respeito ao outro. A pessoa incontinente é uma pessoa fraca, arrastada por seus apetites e instintos biológicos.
     A temperança/sobriedade, opõe-se ao consumismo desenfreado, aos esbanjamentos, ao descontrole sexual, à estroinice, à bestialidade, à intemperança e à gula.
     Na intemperança entramos no mundo do vício.
     Diz Aristóteles (Ética a Nicômaco):
     “A pessoa continente e a pessoa intemperante são do tipo de nada fazerem que entre em conflito com a razão”.
     Para Aristóteles, a pessoa incontinente não pode ser uma pessoa inteligente, porque a pessoa inteligente deve ser, ao mesmo tempo, uma pessoa excelente no caráter e capaz de bem deliberar e de bem decidir. A pessoa inteligente sabe fazer uso da prudência e da razão.
     Enfim a pessoa prudente sabe equilibrar a razão e a emoção, nos limites do bem e da sensatez.
     Para Aristóteles, a temperança é uma virtude relacionada aos próprios prazeres do corpo.
     Os prazeres da alma não têm nada a ver com a temperança.


    TEMPO

    Aqui distinguimos o tempo cronológico e o tempo psicológico.
  • Tempo cronológico (do grego: Kronos) é o tempo sequencial contínuo e irreversível, registrado pelo relógio. É marcado, basicamente, em anos, meses, dias, horas, minutos e segundos, séculos, milênios, etc. Divide-se em passado presente e futuro. E o tempo do trabalho e da produtividade. O tempo dos humanos. O tempo cronológico é universalmente controlado, com o horário marcado,  convencionalmente, a partir do meridiano de Greenwich.
       O ano divide-se em quatro estações sequenciais: primavera, verão, outono, e inverno.
       Conforme o movimento do sol, temos, no Hemisfério sul, o Solstício de inverno,  em 21  de junho; e o Solstício de verão, em 21 de dezembro. Temos ainda o Equinócio da primavera, no dia 23 de setembro e o Equinócio de outono no dia 21 de março.
Solstício= ponto da órbita terrestre em que se registra a maior diferença na duração do dia e da noite
            • Solstício de inverno: dia em que o sol, ao meio dia, atinge o ponto mais   baixo; dia mais curto do ano e noite mais longa.
            • Solstício de verão: dia em que o sol, ao meio dia, atinge o ponto mais alto no céu; o dia mais longo do ano e a noite mais curta.
Equinócio = ponto da órbita terrestre em que se registra a igual duração do dia e da noite.
            • Tempo psicológico: é, em grego, o kairós. Não leva em conta o relógio. É o tempo da fruição, de meditação, da oração, da espiritualidade. O tempo de Deus.


     TEMPO COMO VALOR

      O tempo (Kronos) é o período contínuo e indeferido, no qual os eventos se sucedem. Este é o tempo cronológico. Divide-se em presente, passado e futuro, tendo, como referência, o  momento e o local da enunciação, ou da ação.
      O tempo é uma categoria universal que condiciona toda a vida dos terráqueos, vegetais e animais (racionais e irracionais). Corre, indefinidamente, sem pausa.
      O tempo tem como ponto de referência o local onde ocorre o evento referido. Os fatos e as pessoas têm, como ponto de referência universal, o ponto no espaço, o ano, mês, dia e hora.
      O tempo, contínuo, é uma categoria universal para todos os viventes.
      Os anos também se contam, tendo algum evento histórico, como ponto de partida.

      Todas as pessoas normais, “civilizadas” têm a categoria do tempo cronológico bem marcada em seu subconsciente. Daí partem as considerações de como vivemos o nosso tempo. A consciência que dá as dimensões à nossa vida.
      Vem a pergunta: Como é vivido o tempo que passa, contínuo e sem retorno? Daí vem a consciência de que poderemos viver para além do irreversível Cronos. Podemos viver, no tempo psicológico, (Kairós) que, de alguma forma, nos liberta da marcha implacável do tempo.
       Diz a Bíblia
     “Tudo tem seu tempo determinado e há tempo para todos os propósitos, debaixo do céu”.
     Há tempo para plantar e tempo para colher;
     Tempo para chorar e tempo para rir;
     Tempo para prantear e tempo para pular de alegria;
     Tempo para amar e tempo para se aborrecer;
     Tempo de guerra e tempo de paz”. (Ec 3,1-8)
      Aqui já está o par opositivo: o tempo cronológico e o tempo cairológico. O tempo do trabalho e o tempo da fruição e da contemplação.





    TENSÃO/CONFLITO

     Tensão nervosa: estado que abrange vários estudos psicológicos provocando ansiedade, angústia, irritabilidade; estado do que ameaça romper-se.
       A tensão é provocada por pensamentos, sentimentos, situações ou decisões conflitantes.


     TETRALOGIA ANALÍTICA
      A metodologia de observação da vida e do mundo, na Vitasofia, é tetralógica: adota quatro pilares fundamentais, como pontos de sustentação do raciocínio lógico e da ação transformadora: a razão, o sentimento, a ação e a alteridade ou o pensar, o apreciar, o agir e o interagir/compartilhar.
      O que tem de inovação nesse modelo é a alteridade, a interação, a reciprocidade, na medida em que os humanos somos sociais e devemos pensar e agir socialmente, como resultante de nossa consciência individual e de nossa responsabilidade social.
      Imaginamos que uma das causas dos maiores males do mundo, (a corrupção, a ganância, a falta de ética, e a violência) é a visão individualista e egoísta da vida e do mundo.
      Para superar o egocentrismo surgiram os quatro elementos básicos da Tetralogia, onde se inclui a alteridade.


TRANSCENDÊNCIA/TRANSCENDENTAL/TRANSCENDENTE

a)   Transcendência


     Na filosofia Neoplatônica e Escolástica, transcendência é o caráter, inerente a um princípio ou ser divino que ultrapassa a realidade sensível e com a qual, os humanos mantêm relação de soberania, em virtude de sua perfeição e superioridade absolutas.

     Para os Teístas: qualidade de Deus, em relação ao mundo e aos seres que ele criou. Significa também: sublimidade, majestade, superioridade, supereminência.

     Etimologicamente podemos dizer que transcendente é o que transcende/supera nossa capacidade de apreensão, por superar nossa capacidade cognitiva, por ser suprassensível: tem caráter supra mundial, como é o caso de Deus, embora presente/imanente no mundo.


b)   Transcendental


    Na filosofia Escolástica, diz-se de cada um dos conceitos de unidadeverdadebondade e beleza (unum, verum, bonum et pulchrum), com propriedades capazes de identificar qualquer ser ou realidade.


c)    Transcendente

 

     Que excede os limites normais; superior; sublime; que transcende a natureza física das coisas; que revela agudeza, sagacidade, perspicácia; que está acima dos conhecimentos e ideias comuns.

    Na filosofia: diz-se do ser ou princípio divino que, em sua perfeição, está além da realidade sensível; está além da experiência sensível.

     Transcendente opõe-se a: imanente, elementar.



     TRIUNFO DAS NULIDADES

      Refere-se ao triunfo da mediocridade, da idiotice, da malvadeza, dos mau-caráter, dos pigmeus da ética, dos corruptos.
     O nome “Triunfo das Nulidades” vem de um texto de um discurso que o, então   Senador, Rui Barbosa pronunciou na Câmara do Senado, em 1916.
Leia o referido texto:
       De tanto ver triunfar as nulidades, 
       de  tanto ver prosperar a desonra,  
       de tanto ver crescer a injustiça,    
       de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
       o homem chega a desanimar-se da virtude,
       a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.” 

  
      URBANIDADE

      Modo de proceder que demonstra boas maneiras, respeito entre as pessoas, civilidade, cortesia, afabilidade, polidez; que tem hábitos dignos e saudáveis e relacionamento respeitoso, cordial, gentil, afável e civilizado. Que mantém os limites adequados às circunstâncias.
      Oposto: grosseria, brutalidade, indelicadeza, descortesia, rude.


  VIRTUDES
    1. A palavra “VIRTUDE” vem do latim: Virtus, utis.
Virtus significa: força física; bravura, coragem, valor, força da alma, energia, mérito, boas qualidades morais.
Etimo.: vir, vri →  homem.
   Oposto: vício, defeito.
   Em grego, diz-se arete. Significado: virtude, aptidão, capacidade, habilidade.
    2. Significado de virtude:
    Conformidade com o bem, com a excelência moral, boa conduta, dignidade; hábito adquirido na prática de boas ações; capacidade de atingir os objetivos ou finalidades, com bom rendimento, mérito e eficácia; característica própria de determinada pessoa, cuja realização consuma a sua excelência e a perfeição (Platonismo e Aristotelismo). Hábitos e atitudes da pessoa que caracterizam sua busca do equilíbrio e justa medida de suas experiências, em oposição às paixões descontroladas (Aristotelismo).   Disposição para o amor, como essência e finalidade suprema do espírito humano (Cristianismo /S. Agostinho).
        3. VIRTUDES CORDIAIS – (Também chamadas v. fundamentaisv. principais ou v. capitais), por serem pressupostas necessárias a toda as outras virtudes, e por serem as demais virtudes consideradas acessórias ou subordinadas.
     As v. cordiais, desde a antiguidade, são quatroprudênciajustiçafortaleza e temperança.
    1) PRUDÊNCIA: virtude intelectual que não realiza, ela mesma, ações morais; é v. moral porque exige retidão de desejar, querer e operar.
A prudência orienta a vontade; depende desta no que tange à sua existência. A vontade deve esta voltada para o bem moral.
Temos a prudência que se dirige a si mesmo e prudência para dirigir aos outros.
     2) JUSTIÇA, como virtude é a firme vontade de dar a cada um o que lhe cabe por direito. Assim são a religiosidade (vontade de honrar a Deus no culto e na vida prática); piedade (vontade de honrar os pais); respeito e obediência (vontade de respeitar os superiores no que for justo); gratidão (vontade de reconhecer de bom grado, os benefícios recebidos, e corresponder com o bem, na medida do possível).
      
      3FORTALEZA: consiste, em atenção aos bens mais elevados, enfrentar perigos e suportar rudes males sem retroceder. Fortaleza é vencer o medo, que nos leva a recuar ante o perigo iminente. Leva à perseverança.
    V. auxiliares da fortaleza:
Paciência, ante a adversidade; generosidade.
 Virtudes afins da Fortaleza: confiança, magnanimidade, tenacidade, e constância.
       4TEMPERANÇA (disciplina, moderação): Mantém o desejo do prazer sensitivo, dentro dos parâmetros da razão.
     Espécies de Temperança:
      Moderação no comer; sobriedade no beber; racionalidade no prazer sexual.
      Virtudes auxiliares da prudência: decoro e sentimento de honra. E ainda domínio de si mesmo; humildade, na tendência a se sobressair; mansidão, para dominar a ira; Clemência ao castigar; modéstia, não querendo sobressair.
     4. As quatro virtudes cardiais da filosofia antiga foram incorporadas à doutrina cristã e prescritas, nos preceitos morais do cristianismo. Devem ser manifestadas na prática cotidiana, nas competências e atitudes das pessoas cristãs.
       Para saber mais ver: Dicionário da Filosofia, W Brugger, Herder, São Paulo.


      VITAPRAXIA E CAIROPRAXIA

       Damos este nome (Vita (Vida) + prazia/prática) à aplicação prática dos princípios da vitasofia: a vivência do Kronos, articulado com o Kairós e do Humanismo, no dia-a-dia e na nossa filosofia de vida, em perspectiva holística.
        A Vitapraxia leva à sociedade os princípios teórico-práticos da vitasofia. Sem a vitapraxia, a vitasofia seria apenas uma bela utopia oca e sem consequências na vida cotidiana das pessoas.



      VITASOFIA

     1. Vitasofia, A Arte da Vida pode ser considerada como um ramo da filosofia, que procura focar as razões da vida e do universo, num novo parâmetro: articulando o homo faber e o homo sapiens, centrado em quatro pilares de sustentação da ação do homem, no mundo. A vida é o foco, porque é a alma da consciência e do humanismo.
      A Vitasofia focaliza os seres viventes racionais
       São quatro pilares, como são quatro os pontos cardiais e como são quatro as estações do ano.
       Os quatro pilares são: a razão, o sentimento, a ação e a alteridade. Os quatro pilares são caracterizados como Tetralogia Analítica.
      2. Vitasofia busca a consciência humana, o “conhece-te a ti mesmo” (“gnosce te ipsum”) de Sócrates. Este ainda é o maior enigma e o maior desafio da humanidade porque é um desafio ao individuo e à espécie humana. É um desafio pessoal, como a vida é pessoal.
       A Vitasofia tem como foco a alteridade, a interação, o compartilhar.
       A Vitasofia trabalha sempre em perspectiva holística e semiótica; vê a unidade na diversidade. Não admite separar o que está unido. Procura o todo.  Quer reunir o que o homem separou.
     Penso que, grande parte dos pensadores atuais das três grandes religiões monoteístas, incluindo Dalai Lama, no budismo, e R. Tagore, no bramanismo, se enquadram no modelo de pensamento que aqui formulo.
       3. A Vitasofia tem como base a Alteridade, o Humanismo Multidimensional, a Cairosofia, o Quadro de Referências, o Decálogo Humanista, o Pacto Humanista, a Macrópolis, entre outras forças vitais e transformadoras.
        Humanismo Multidimensional localiza a pessoa humana integral, composta de matéria e espírito, pela própria natureza, enquanto vida e enquanto humana, dotada da competência da reflexão e da consciência.  Cairosofia, articula o tempo em suas duas modalidades: cronos, o tempo útil,  controlado pelo cronometro; e o cairós, o tempo da fruição, do espírito, o tempo psicológico, não controlado pelo cronometro, mas pela vossa consciência: é o espaço da sabedoria.


     VISÃO DE MUNDO/COSMOVISÃO

     Maneira pessoal ou institucional de ver, interpretar e entender o mundo e tudo quer nos cerca, especialmente os papéis de cada pessoa, na sociedade, ou na vida.
      Conceitos dos valores humanos e espirituais. Respostas a questões filosóficas básicas em relação à vida, à existência e às finalidades: a finalidade da existência humana e as finalidades da vida na terra e após a morte/escatologia.
     Os conceitos dos valores humanos e espirituais são a base da visão de mundo.
     Esta é a base do quadro de referências pessoal.
       O cristianismo assumiu, como base de sua cosmovisão, ou da ética cristã, algumas estruturas do pensamento grego, também manifesta na cultura romana clássica.
       O objetivo principal a atingir foi o Belo, o Bem e a Verdade. Este é o objetivo que unifica a vida. Para o cristianismo, Deus é o supremo ser, a suprema verdade e o supremo bem.
       Em síntese no cristianismo, Deus é Amor
       O amor leva ao Ser, ao Belo e ao Bem.
       Os humanos devem agir mais por amor do que por temor; mais pelo positivo do que pelo negativo.
       O carinho de Deus é positivo, mas o mal, a insensatez e a morte, o crime, também são reais. Não vivemos nas nuvens.
       A cosmovisão lúcida, observa o Bem, o Belo e a Verdade (brune, pulebrune, verune) para serem procurado e o mal, a insensatez, a mentira e o crime, para serem evitados e punidos. O ser e o não ser travam perene confronto, pelo fato de, na dimensão terrena da vida, não existir o bem absoluto, nem o mal absoluto.


     VOLUNTARISMO

    1. Filosoficamente é uma doutrina que sobrepõe a ética, psicologia ou metafísica da vontade, em relação aos conceitos intelectuais humanos. Professa o predomínio da vontade afetiva em detrimento das faculdades intelectuais ou racionais. Afirma a prevalência da vontade emocional e afetiva, sobre os poderes do intelecto e da razão. Afirma o predomínio da escolha da vontade, na opção dos valores éticos, sobre o conhecimento humano.
     2. Do ponto de vista psicológico, é a doutrina que professa a subordinação das funções intelectivas, às funções objetivas e volitivas do espírito. Estabelece o primado da vontade, tanto na ordem humana como na ordem divina.
     O mundo foi criado pelo querer, pela vontade e pelo amor de Deus, e não pela razão.
     3. A Vitasofia acredita que, em Deus, vontade, querer e amar, intelecto e racionalidade são atributos que estão integrados no seu ato: “faça-se”. A divisão filosófica é própria da precariedade humana.
     Acreditamos que, em Deus, em essência, a razão teórica e a razão poética, o intelecto, o afeto e a vontade, na prática, estão integradas no ato de querer. Deus é ato puro.
    4. Distinguimo-las para melhor entendermos o processo.
     Entre os humanos, com ou sem concordâncias teóricas, é importante realçar a presença do intelecto (teoria) com a vontade (prática), ou do querer teórico, afetivo, com o querer prático efetivo. Não são atos concomitantes.
     Pensamos que a decisão intelectual e o querer afetivo, se complementam e concretizam, na prática, com o querer e a vontade efetivo. São os dois lados de uma mesma medalha, que nem sempre se integram na ação.
     5. Podemos ter decisões intelectuais, pensadas nos mínimos pormenores, de causas e efeitos, que nunca cheguem à prática. Como muitas vezes temos o querer e a vontade de fazer algo, sem pensar nos efeitos, oportunidades e consequências.
     O querer e a vontade intelectual teórica, nem sempre chega à vontade prática, de efetivação.
     Agir sem pensar e pensar sem agir, são ocorrências comuns entre os humanos. Nem sempre querer é poder; nem sempre o poder é sempre querer nos humanos. No entanto, em Deus, o querer e o fazer, a vontade e a realização são atitudes inseparáveis.
     6. Pensamos, efetivamente, que a vontade opera em todas as faculdades da alma. Assim, temos o querer saber, o querer ser, o querer ter, o querer querer, o querer a humildade, o querer o orgulho, o querer amar, querer odiar, querer justiçar, querer estudar, etc., na perspectiva positiva.
     Mas temos também a hipótese negativa: não querer.
     7. Na verdade, em termos de modalização semiótica dos discursos, poderemos ter modalização da vontadequerer; da competênciasaber; da habilidadepoder; da responsabilidadeprecisar.
     Exemplos: querer ler, saber ler, poder ler, precisar ler.
     8. Mas há ainda as modalizações complexas: querer saber ler; saber querer ler; precisar saber ler; precisar querer saber ler, etc.
     O discurso modalizado adapta-se às circunstâncias subjetivas do falante.
     Muitas vezes sabemos e podemos e não queremos; outras vezes podemosqueremos mas não sabemos.

      
       YIN YANG    
      
     1. Na filosofia chinesa do TaoísmoYin e Yang são dois princípios cósmicos primários do universo. São as energias vitais do universo.  
                                                                                             Yang
    
     Yin (Lua) é o princípio passivo, feminino;                
     Yang (Sol) é o princípio ativo, masculino.                        Yin
     Yin significa também: Terra, noite, frio, escuro.
     Yang: Céu, dia, calor, luz…
     Este é o conceito polar e binário universal.
     Yin e yang não são princípios absolutos. Nada é completamente Yin ou Yang. Cada  um tem, em si, os gene do outro, do oposto.
     O dia não existe sem a noite, nem a noite sem o dia;
     O escuro não vive sem o claro; o feminino não existe sem o masculino;
     O frio não existe sem o calor; a luz não existe sem o escuro.
     Só existe interatividade com o finito.
      2. Yin e Yang são formas apenas diferentes de energia, sem conotação de boa ou má, de melhor ou de pior. Para que exista a montanha, precisa existir o vale, e vice e versa.
        No planeta terra, temos diversos movimentos, entre eles a rotação e a translação. Um não anula o outro. Como o Yin e o Yang não se anulam, Yin e Yang não podem se confundir com o bem e o mal, porque estes, no conceito ocidental, se anulam.
       As energias Yin e Yang convivem harmonicamente.
       No Yin e no Yang não há qualquer juízo de valor, nem qualquer hierarquia entre os dois princípios energéticos. São apenas energias complementares: Uma não existe sem a outra.
       O diagrama Taiji simboliza o equilíbrio de forças da natureza, da mente e do físico. No diagrama: Yang (Branco) e Yin (Preto) estão integrados num movimento contrário de geração mútua. Representam a interação das duas forças.
       3. Isto significa que a realidade observada é fluída e está em constante mutação. Tudo o que existe tem o princípio Yin e o Yang. O Yin dá origem ao Yang, e o Yang dá origem ao Yin.
     O Yang é associado ao poder criados, ao céu e ao sol.
     O Yin é associado á terra, ao receptivo, á lua.
     Yin é significa repouso e o Yang, o movimento.
     Yin é tranquilidade contemplativa: a sabedoria.
     Yang é a vigorosa ação criativa do empreendedor.
     O par binário antagônico Yin Yang procura a harmonia e o equilíbrio, que no entanto, as forças dinâmicas nunca alcançarão, pois tem de estar sempre em mutação.
     Yin e yang jamais perdeu sua própria identidade. A correlação de forças é-lhes essencial, sempre dinâmicas e nunca estática.
       O Taoísmo é uma filosofia e doutrina mística formulada no séc. VI a.C., por Lao Tsé, e desenvolvido por outros sábios, através dos tempos. O Tao é a base do taoísmo. Significa: caminho, caminhar, logos/palavra.
       O Taoísmo tem como base de seu pensamento, a harmonia do homem com o universo.

          Nota: O diagrama taoísta, para os cristãos, pode lembrar dois peixes.

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